O Instituto de Teologia e Filosofia Santa Teresinha (ITEFIST) da diocese de São José dos Campos (SP), em parceria com a Comissão Diocesana para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso realizou um Ato Acadêmico no dia 21 de maio, abrindo a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos e comemorando desde então os 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II.
O evento que ocorreu no auditório do ITEFIST e foi assessorado pelo assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB, padre Elias Wolff, e contou a presença de 250 pessoas, entre alunos, professores e agentes de pastoral das paróquias da diocese.
O Ato Acadêmico foi aberto por uma celebração ecumênica, presidida pelo bispo diocesano de São José dos Campos, dom Moacir Silva, da qual participou o pastor Marcos Ziemann, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
Em sua exposição, o padre Elias Wolff citou o irmão Roger Taizé que em certa ocasião definiu ecumenismo como “sentir o coração do outro como o próprio coração” e apresentou os pressupostos para essa atitude fundamental em nossos dias, caracterizados pelo pluralismo religioso, que impossibilita o monopólio da verdade. Entre esses pressupostos está a atitude de fé, a conversão, a convicção acerca dos princípios da confissão religiosa própria e de que o ecumenismo é ação do Espírito Santo.
Depois disso discorreu sobre o Decreto Conciliar Unitatis Redintegratio, definindo-o como um passo significativo que muito contribui para a construção da identidade da Igreja, que em sua essência é dialogal. Destacou que os sujeitos do ecumenismo são todos os membros da Igreja, cada qual segundo sua responsabilidade e capacidade. Recordou que além dos princípios devemos empreender gestos concretos de comunhão com os diferentes, criando estruturas ecumênicas.
Segundo o padre Elias, uma grande pergunta que se faz em nossos dias é se a Unitatis Redintegratio já deu frutos?
Citou o papa João XXIII que a respeito da coexistência de diversas confissões religiosas disse: “Aquilo que nos une é mais forte do que o que nos divide”, afirmando que a compreensão disso é o maior fruto. Contudo, muitos outros surgiram nesses últimos anos tais como a fraternidade reencontrada, a solidariedade no serviço à humanidade, a convergência na Palavra de Deus e no culto divino, o apreço mútuo dos bens nas diferentes tradições, o convívio ecumênico vencendo preconceitos e hostilidades, as relações de aproximação entre os dirigentes das Igrejas e muitas conquistas no âmbito teológico, espiritual e pastoral.
Concluiu exposição de esclarecimento da compreensão e incentivo à prática do ecumenismo afirmando que “o diálogo precisa ser, a partir do Concílio Vaticano II, o nosso pão de cada dia”.
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