segunda-feira, 21 de maio de 2012

Maria é geralmente comparada à “Estrela do Mar”


                       Maria é geralmente comparada à “Estrela do Mar” que protege os navegantes, mostrando-lhes o melhor abrigo e também o porto da eterna salvação. Esta comparação teve início durante a Idade Média, no tempo das Cruzadas, quando os cristãos atravessaram o Mediterrâneo em demanda da Palestina, a fim de defenderem os lugares santos da profanação dos infiéis. Eles tinham sempre na memória as lembranças das terríveis travessias marítimas que enfrentavam as frágeis embarcações da época, por isso recorriam ao patrocínio de Maria, quando se viam a mercê das ondas.

No tempo das grandes navegações, esta devoção desenvolveu-se ainda mais entre os navegantes portugueses e espanhóis, que se aventuravam no oceano imenso e desconhecido. Antes da partida das caravelas, os viajantes assistiam a Santa Missa e imploravam a proteção da Mãe dos Navegadores nas perigosas jornadas de além-mar.
Inúmeras invocações eram gravadas nas popas dos barcos, os quais sempre traziam uma efígie da Rainha dos Mares no nicho do castelo de proa, iluminada por pequena lâmpada, que o fervor da marujada não deixava apagar.
Como é natural, logo chegou ao Brasil a devoção dos homens do mar, sob os vários títulos conferidos à Padroeira Celestial: Senhora dos Mares, da Boa Viagem, dos Navegantes, esta última invocação era e é a mais usada pelos pescadores, homens modestos que diariamente enfrentavam o furor das ondas à procura do sustento próprio e de suas famílias, a prova disto é que os mais conhecidos Santuários de Nossa Senhora dos Navegantes em nosso país estão situados nas zonas de pescaria, como na Praia de Mucuripe, em Fortaleza- Ceará, em Penedo- Alagoas, Porto Alegre - Rio Grande do Sul, Santos e Cananéia – Litoral Paulista e em Eldorado – Diadema que fica próximo ao braço da Represa Billings.
Em todos esses núcleos de pescadores a festa da Padroeira é celebrada com animadas procissões marítimas, precedidas da embarcação que leva a Virgem Maria, talvez por esse motivo Nossa Senhora dos Navegantes seja geralmente representada de pé, dentro de uma barca, tendo o Menino Jesus nos braços.
A nossa Festa de Nossa Senhora dos Navegantes tem sua tradição deste a criação da Igreja em 1953, na qual recebe o mesmo nome.
Esta festa surgiu com o intuito do povo louvar a Santa e pedir proteção pelas pessoas que navegam e se banhavam na represa, por ocasião da festa o povo mais humilde, mas de uma fé incomparável fazia seus pedidos, acendia velas e colocava na água enquanto a procissão náutica passava, tornando assim uma festa de fé e beleza.
Mas com o passar do tempo a festa deixou de ser religiosa, passando a ser estritamente comercial, na qual algumas pessoas vinham para exibir seus belos barcos. Por esta divisão de classes sociais e a grande poluição e soterramento da Represa Billings tornou-se inviável a realização da mesma.
Após longos anos de ausência, Pe. Odair Angelo Agostin em 1995 resgatou novamente esta festa com o seu verdadeiro sentido religioso e mais do que isso, hoje a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes é um evento turístico e religioso do Município de Diadema e chegou a fazer parte do calendário turístico do Estado.
Geralmente a Festa acontece na primeira semana de fevereiro onde o povo pode ver a Imagem da Santa chegando de barco pela Represa e logo após seguindo em procissão até a Igreja, onde é celebrada uma Missa em ação de graças a Santa Padroeira dos Navegantes, e é claro que a nossa comunidade está sempre em massa participando de todos os eventos, demonstrando o grande ato de fé, esperança e amor que existe nesta Paróquia.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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