terça-feira, 22 de maio de 2012

Padre Antonio Spadaro conversa com jovens comunicadores sobre rede social


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O jesuíta italiano padre Antonio Spadaro fez palestra, na manhã deste sábado, 19 de maio, no Seminário de Jovens Comunicadores sobre o novo ambiente de vida e de comunicação representado pela internet e deu ênfase ao fato de que a rede "mudou nosso modo de existir". O encontro, promovido pela CNBB, prossegue à tarde com nova participação de Spadaro e  com outras conferências ministradas pela prof. Elisabeth Saad e pelo Pe. Gildásio Mendes dos Santos.

O site "jovens conectados" da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude  da CNBB apresentou padre Sapadaro antes de sua chegada à Brasília para falar aos comunicadores: 
Ordenado em 1996, Spadaro tem 45 anos, é jesuíta e dirige a prestigiosa revista Civiltà Cattolica, fundada há mais de 160 anos. É formado em filosofia pela Universidade de Messina e realizou seu doutorado em teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana. Já publicou 15 livros, entre eles,Cyberteologia. É um estudioso das novas tecnologias e da forma como as novas formas de comunicação estão mudando os comportamentos e a vivência da fé. Foi nomeado pelo Papa Bento XVI consultor de dois conselhos pontifícios: de Cultura e de Comunicações Sociais.
Em breve entrevista aos Jovens Conectados, Spadaro lembra que a internet tem um papel cada vez mais importante na construção da identidade religiosa dos jovens, e fala sobre a expectativa de se encontrar com os jovens comunicadores brasileiros.
Veja a seguir:
O que é a Cyberteologia?
Padre Spadaro: A Rede hoje tem um forte impacto sobre nossa vida. Ela toca, de fato, o modo de nos relacionarmos uns com os outros, mas também nosso modo de conhecer a realidade e de pensar. A pergunta, portanto, é: não terá a internet também um impacto no modo de pensar a fé? A cultura do cyberespaço coloca novos desafios à nossa capacidade de pensar a fé, de formular e de escutar uma linguagem simbólica que fale da transcendência na nossa vida. Logo, a cyberteologia é a reflexão sobre o pensar a fé à luz da lógica da rede. Como essa pode modelar a escuta e a leitura da Bíblia, o modo de compreender a Igreja e a comunhão eclesial, a Revelação, a liturgia, os sacramentos: os temas clássicos da teologia.
Como a comunicação pode transformar a vida dos jovens?
Padre Spadaro: Cada vez mais a internet contribui na construção da identidade religiosa dos jovens, pois a rede não é um instrumento, mas um ambiente. Um estudante meu uma vez disse: “amo o meu computador porque dentro dele estão todos os meus amigos”. É um paradoxo, mas contém uma certa verdade. Estamos sempre mais conectados entre nós. O desafio é transformar essa conexão em uma relação forte, em comunhão. Uma coisa contudo é clara: “comunicar” significa sempre menos “transmitir” (broadcasting) e sempre mais “compartilhar” (sharing). E isto muda a vida.
O que espera do encontro com os jovens brasileiros no Seminário Nacional de Jovens Comunicadores?
Padre Spadaro : Primeiro, espero conhecer melhor a realidade dos jovens comunicadores cristãos do Brasil.  Ao contrário de outras culturas mais ligadas ao conceito abstrato e ao desapego, a cultura brasileira, tal como a conheço, é muito ligada às relações e à intensidade. Essa energia é o combustível da comunicação humana, e é também a verdadeira força da melhor cultura da rede. Já vivi, em julho passado, um seminário sobre comunicação com os bispos do Brasil. Foi uma experiência fundamental para mim. Enfim, espero aprender muito.
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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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