quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A conversão de São Paulo


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Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP)
Nesta última sexta-feira do mês de janeiro, dia 25, celebra-se a festa do Apóstolo São Paulo, enquanto a cidade, e o estado, revivem sua história, que permanece ligada ao nome deste grande apóstolo.

Com certeza, não existe no mundo monumento maior, dedicado a São Paulo, do que a cidade que leva o seu nome, e que o estendeu a todo o Estado.
Neste “Ano da Fé”, a figura de São Paulo comparece com força exemplar. A partir da fé em Cristo, sua vida tomou outro rumo, e assumiu uma excepcional importância histórica. Tanto que para muitos historiadores, São Paulo poderia ser considerado fundador do cristianismo. Ele colaborou, em todo o caso, de maneira decisiva, na sistematização e difusão da fé cristã. A partir dele, a nova fé foi tomando organicidade, assumindo o formato que ainda caracteriza a Igreja.
Se há um santo que não necessitaria de data especial, é São Paulo. Ele é lembrado com insistência na liturgia, onde suas cartas comparecem com muita frequência.
Mas a Igreja lhe reserva duas datas. Uma agora em janeiro, para destacar sua conversão. E outra em junho, onde sempre é lembrado na companhia de São Pedro.
Diz a tradição que Paulo era, humanamente, de estatura franzina. Mas se agigantou por sua intrepidez apostólica e pela profundidade dos seus ensinamentos, registrados em suas cartas cheias de solicitude por suas comunidades.
A Igreja faz questão de destacar duas dimensões da vida de Paulo.  Sua integração com a Igreja é apontada pelo fato de ser colocado ao lado de São Pedro, com quem partilhou a missão apostólica, e com quem se assemelhou pelo martírio em Roma.
A outra dimensão é a sua conversão, celebrada especialmente no dia 25 de janeiro.
A conversão de São Paulo continua paradigmática. De um lado, ela nos faz pensar nos desígnios de Deus, que soube suscitar a pessoa certa para assumir a causa do Evangelho, dando-lhe dimensão universal. Com Paulo, a fé cristã ultrapassou os limites estreitos do povo judeu, abrindo caminho para ser acolhida por qualquer cultura humana.
Por outro lado, sua conversão é o exemplo mais acabado da força do Evangelho. Para todo espírito humano, mesmo que comece se intrigando com suas propostas, como aconteceu com Paulo, o Evangelho abre a porta para a adesão da inteligência e para o compromisso da vontade.
A festa da conversão de São Paulo continua nos dizendo que o Cristo se coloca no caminho de toda pessoa humana. Mesmo para os que pensam combatê-lo, ele oferece sua graça.  São Paulo experimentou este “bom combate”.
Neste ano dedicado à fé cristã, ele nos estimula a seguir seu exemplo.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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