domingo, 21 de abril de 2013

Marginais deprimidos


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Dom Aloísio Roque Oppermann 
Arcebispo Emérito de Uberaba (MG)
Os atos criminosos, nos dias atuais, se repetem “ad nauseam”. Vou me referir apenas à nossa linda pindorama. Desconheço qualquer época de nossa história, em que a bandidagem estivesse tão sem escrúpulos como no tempo em que vivemos. São os assaltos contínuos aos Postos de combustível, os roubos nas Fazendas, a explosão de Caixas eletrônicos, a matança interminável de pessoas portando Valores, a invasão de residências familiares, a crueldade contra os inadimplentes das Drogas, as vinganças amorosas...
Temos saudade dos tempos dos duelos teatrais, e das surras que desfiguravam o rosto e quebravam os ossos. Hoje para matar, com requintes de crueldade (com armas roubadas ao Exército), basta alguma vítima não ter belos olhos azuis. Movidos a droga e com altas doses alcoólicas, praticam atos abomináveis, que nenhum animal consegue fazer. “A nossa culpa chega até os céus” (Esdras 9, 6).
Gostaria de pedir a sua companhia, para refletir um pouco. A motivação de tais atos desumanos, parece que provém do desejo irrefreável de ficar rico sem trabalhar. Seria o exemplo provindo dos maus políticos? A falta de uma boa educação familiar? A irreligiosidade? Quero mostrar as conseqüências de tais atos delituosos. Antes de tudo, o bandido perde o respeito por si mesmo. Sabe que é um estorvo para a humanidade, e a seus olhos avilta-se, perde a auto-estima.”Eu não presto”. Em segundo lugar, os  semelhantes, mesmo que não tenham provas de seus crimes, sabem que ele deve ser evitado, e não merece confiança. Repete-se a segregação de Caim: “Serás errante e fugitivo sobre a terra” (Gn. 4, 12).  Mas o que é pior, sente que desta forma como vive, não pode ser amado pelo Pai. Toda a pessoa humana tem necessidade de amar e de sentir-se amada. De que forma consegue levantar a cabeça e olhar para os olhos do Criador? Sabe que despreza o semelhante, e que não tem as boas graças de Deus. É péssimo sentir-se pecador sem remissão. Se não resolver mudar de vida, sabe que está vivendo uma vida sem sentido. De que vale viver como nababo com o remorso remoendo a consciência?     A lei do trabalho é dura, mas condiciona a convivência humana. Fora do trabalho não há realização

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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