Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Sobre a responsabilidade solidária, o Papa lembra que todos “somos responsáveis pela formação de novas gerações, por ajuda-las a ser hábeis na economia e na política, e firmes nos valores éticos. O futuro exige hoje o trabalho de reabilitar a política... Já no tempo do profeta Amós era muito frequente a advertência de Deus: «Eles vendem o justo por dinheiro, o indigente, por um par de sandálias; esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível» (Am 2, 6-7). Os gritos por justiça continuam ainda hoje”.
Quanto ao necessário diálogo construtivo, o Papa esclarece: “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo no povo, porque todos somos povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade... É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que permaneça fechada na pura lógica ou no mero equilíbrio de representação de interesses constituídos. Considero também fundamental neste diálogo a contribuição das grandes tradições religiosas, que desempenham um papel fecundo de fermento da vida social e de animação da democracia. Favorável à pacífica convivência entre religiões diversas é a laicidade do Estado que, sem assumir como própria qualquer posição confessional, respeita e valoriza a presença da dimensão religiosa na sociedade, favorecendo as suas expressões mais concretas”.
Uma expressão concreta da dimensão religiosa na sociedade foi a Jornada Mundial da Juventude: por isso o Estado a respeitou e valorizou, dentro da laicidade que lhe é própria.
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