domingo, 28 de fevereiro de 2010

Pecado



Pecado

Para que o ato de fé seja humano, "o homem deve responder a Deus, crendo por livre vontade. Por conseguinte, ninguém deve ser forçado contra sua vontade a abraçar a fé. Pois o ato de fé é por natureza voluntário". Deus de fato chama os homens para servi-lo em espírito e verdade. Com isso os homens são obrigados em consciência, mas não são forçados... Foi o que se manifestou em grau máximo em Jesus Cristo. Com efeito Cristo convidou à fé e à conversão, mas de modo algum coagiu. "Deu testemunho da verdade, mas não quis impô-la pela força aos que ela resistiam. Seu reino... se estende graças ao amor com que Cristo, exaltado na cruz, atrai a si os homens. (CIC 160)

Deve inspirá-los a uma justa hierarquia de valores. Onde o pecado perverte (corrompe) o clima social, é preciso apelar à conversão dos corações e à graça de Deus. A caridade impele a justas reformas. Não existe solução da questão social fora do Evangelho.(CIC 1896)

A Assembléia deve se preparar para se encontrar com seu senhor, deve ser "um povo bem-disposto". Essa preparação dos corações é obra comum do Espírito Santo e da assembléia, em particular de seus ministros. A graça do Espírito Santos procura despertar a fé, a conversão do coração e a adesão à vontade do Pai. Essas disposições constituem pressupostos para receber as outras graça oferecidas na própria celebração e para os frutos de vida nova que ela está destinada a produzir posteriormente. (CIC 1098)

Depois de sua Ressurreição, Cristo enviou seus Apóstolos para "anunciar a todas as nações o arrependimento em seu Nome, em vista da remissão (absolvição) dos pecados" (Lc 24,47). Este "ministério da reconciliação"(2Cor 5,18), os Apóstolos e seus sucessores não o exercem somente anunciando aos homens o perdão de Deus merecido para nós por Cristo e chamando-os à conversão e à fé, mas também comunicando-lhes a remissão dos pecados pelo Batismo e reconciliando-os com Deus e com a Igreja ao poder das chaves recebido de Cristo:
A igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a remissão dos pecados pelo sangue de Cristo e pela ação do espírito Santo. É nesta Igreja que alma revive, ela que estava morta pelos pecados, a fim de viver com Cristo, cuja graça nos salvou. (Stº Agostinho) (CIC981)

Jesus convida os pecadores à mesa do Reino "Não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Mc2,17). Convida-os à conversão, sem a qual não se pode entrar no Reino, mas mostrando-lhes, com palavras e atos, a misericórdia sem limites do pai por eles e a imensa "alegria no céu por um único pecador que se arrepende" (Lc15,7). A prova suprema deste amor será o sacrifício de sua própria vida "em remissão dos pecados" (Mt 26,28).(CIC 545)

Não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. "Não existe ninguém , por mau e culpado que seja, que não deva esperar com segurança seu perdão, desde que seu arrependimento seja sincero. Cristo, que morreu por todos os homens, quer que, em sua Igreja, as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que recua do pecado. (Mt 18, 21-22) (CIC982)

A catequese empenhar-se-á em despertar e alimentar nos fiéis a fé na grandeza incomparável do Dom que Cristo ressuscitado concedeu à sua Igreja: a missão e o poder de perdoar verdadeiramente os pecados, pelo ministério dos apóstolos e de seus sucessores: (CIC983)
O senhor quer que seus discípulos tenham um poder imenso: quer que seus pobres servidores realizem em seu nome tudo o que havia feito quando estava na terra. (Stº Ambrósio)
Os presbíteros receberam um poder que Deus não deu nem aos anjos nem aos arcanjos. Deus sanciona lá no alto tudo o que os sacerdotes fazem aqui embaixo. (São João Crisóstomo)
Se na Igreja não existisse a remissão dos pecados, não existiria nenhuma esperança, nenhuma perspectiva de uma vida eterna e de uma libertação eterna. Demos graças a Deus, que deu à sua igreja tal Dom. (S.to Agostinho).

Pela vontade de Cristo, a Igreja possui o poder de perdoar os pecados dos batizados e o exerce por meio dos Bispos e dos presbíteros de maneira habitual no sacramento da Penitência. (CIC986)

Na remissão dos pecados, os presbíteros e os sacramentos são meros instrumentos dos quais nosso Senhor Jesus Cristo, único autor e dispensador de nossa salvação, se apraz em se servir para apagar nossas iniqüidade e dar-nos a graça da justificação. (CIC 987)

A leitura da Sagrada Escritura, a oração da Liturgia das Horas e do Pai-nosso, todo ato sincero de culto ou piedade reviva em nós o espírito de conversão e de penitência e contribui para o perdão dos pecados. (CIC 1437)

Quando brota do amor de Deus, amado acima de tudo, a contrição é "perfeita" (contrição de caridade). Esta contrição perdoa as faltas veniais e obtém também o perdão dos pecados mortais, se incluir a firme decisão de recorrer, quando possível, à confissão sacramental. (CIC 1452)

No Sermão da Montanha, Jesus insiste na conversão do coração: a reconciliação com o irmão antes de apresentar uma oferenda no altar (Mt5,23-24), o amor aos inimigos e a oração pelos perseguidores (Mt5,44-45), a oração ao Pai "em segredo" (Mt6,6), a não multiplicação das palavras (Mt6,7), o perdão do fundo do coração na oração (Mt6,14-15), a pureza do coração e a busca do Reino (Mt 6,21.25.33). Essa conversão é inteiramente orientada para o Pai; é filial. (CIC 2608)

A penitência interior do cristão pode Ter expressões bem variadas. A escritura e os padres insistem principalmente em três formas: o jejum, a oração e a esmola (Tb 112,8;Mt6,1-18), que exprimem a conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros. Ao lado da purificação radical operada pelo batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços empreendidos para reconciliar-se com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo(Tg 5,20), a intercessão dos santos e a prática da caridade, "que cobre uma multidão de pecados" (1Pd 4,8).

Nenhum comentário :

Postar um comentário

recados para orkut


Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

CNBB - Imprensa