terça-feira, 8 de março de 2011

Campanha da fraternidade 2011


Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO 
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
A Campanha da Fraternidade 2011, “Fraternidade e a vida no planeta”, com o lema “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22), apresenta-nos um assunto de grande importância para toda a humanidade. 

Ela aborda o tema do aquecimento global e das mudanças climáticas. Independentemente de credo ou religião, todos dependem dessa vida no planeta. Desse modo, somos todos responsáveis no cuidado com o nosso ambiente.

Nós, cristãos, somos responsáveis porque os nossos atos cristãos não podem se imitar unicamente ao aspecto da fé, devoções e práticas religiosas, separando-os da vida do dia-a-dia. A vida cristã deve ser plena, inclusive em relação à natureza. 

Nós que professamos que Deus é o Criador do Universo e Senhor da Vida, temos maior responsabilidade perante a criação. Deus nos confiou  a administração da  obra que Ele criou e ao mesmo tempo completá-la.

É necessário que saibamos administrar os recursos naturais e humanos de maneira colaborativa e responsável, para que não venhamos a sucumbir em meio ao caos ambiental que provoca a escassez e o sofrimento. Não precisamos destruir para produzir, degradar para desenvolver ou esgotar para explorar.

A Igreja, em sua missão de promover a vida, convida-nos a pensar numa forma mais fraterna de tratar os seres vivos da nossa e de outras espécies, de quem depende nossa sobrevivência e por quem temos a responsabilidade de zelar.

Que Deus nos ajude a refletir sobre nosso papel neste mundo, que nossa relação com o meio ambiente seja solidária, que saibamos utilizar nossos bens com agradecimento, respeito, justiça e caridade.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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