quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Conselho Episcopal de Pastoral vai se pronunciar sobre a situação dos índios Guarani Kaiowá


A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) juntamente com os 12 arcebispos e bispos que compõem o Conselho Episcopal de Pastoral (CONSEP), órgão executivo das decisões pastorais da Assembleia Geral e do Conselho Permanente, se reúne nesta terça, 29, e amanhã, 30 de novembro de 2011 na sede da entidade em Brasília. Um dos principais objetivos desse grupo é o de oferecer orientações amplas a respeito da aplicação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil (DGAE).

Amparados pelas informações fornecidas pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), os bispos refletem sobre a situação de violência que atinge grupos indígenas na região de Dourados, Mato Grosso do Sul. O assassinato de uma liderança, o cacique Nísio Gomes, e o seqüestro de duas pessoas ocorridos no último dia 18 de novembro tornaram o quadro de tensão ainda mais grave naquela região. Os povos Guarani Kaiowá são as maiores vítimas desse confronto e ainda que Justiça e o Governo tenham atuado, permanecem graves as ameaças ao diálogo e cresce a necessidade da urgente demarcação das terras indígenas. O Consep se comprometeu, na manhã desta terça-feira, a elaborar e publicar nota sobre a questão.
No encontro, os bispos também apresentam e aprovam o Plano Quadrienal de cada uma das Comissões Episcopais. As 12 Comissões Episcopais, mais a Comissão Especial (Amazônia), tendo em vista as cinco urgências das DGAE, fizeram um amplo estudo sobre as ações concretas para os próximos quatro anos, considerando sempre uma avaliação anual. Nestes planos, ganham destaque especial os projetos que cada campo específico de pastoral irá realizar em resposta às necessidades de formação, animação e aperfeiçoamento da pastoral.
O presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno, e os outros membros da presidência apresentarão os resultados da visita que fizeram aos organismos da Cúria Romana e ao papa Bento XVI no começo deste mês. Durante a reunião, ainda terão espaço para a reflexão dos bispos a atualização do estudo sobre a necessidade de reforma política e as novas questões apresentadas pela apreciação do texto do novo Código Florestal que se encontra no Senado Federal.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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