terça-feira, 22 de novembro de 2011

Semana de Formação Missionária começa discutindo pontos chaves das DGAE


Foi aberta na manhã desta terça-feira, 22, a Semana de Formação Missionária sobre a Missão Continental e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). O encontro acontece no Centro Cultural Missionário (CCM) em Brasília e reúne 60 pessoas de todas as regiões do país.

“A Missão Profética da Igreja no Brasil”. Este é o tema norteador do da Semana realizada pelo CCM em parceria com a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e as Pontifícias Obras Missionárias (POM). Para o secretário executivo do Conselho Missionário Nacional (Comina), padre José Altevir da Silva, pensar a Missão Profética da Igreja no Brasil significa conseguir visualizar a vida em sua totalidade.
“Em nossas atividades missionárias, em nosso processo de evangelização, não deve haver separação entre fé e vida, Bíblia e o sofrimento do povo; para isso, devemos recuperar a visão do encontro pessoal com Jesus Cristo, mas tendo em vista a pessoa do empobrecido”, disse.
Sobre isso falou também o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, ao abrir o evento, após padre Altevir fazer um breve passeio pelas cinco urgências pastorais das DGAE. “Ao construir o documento, as cinco urgências foram sendo discutidas tendo como base o Ver, Julgar e Agir. No processo fomos observando que deveríamos construir a parte do Ver (a realidade) de forma que nos ajudasse a enxergar melhor levando em consideração os três documentos fundamentais que nos ajudaram a desenvolvê-lo: o Documento de Aparecida (DAp), a Verbum Domini, e as DGAE anteriores (2007-2011)”, destacou dom Leonardo.
O secretário ainda falou da importância do documento, de sua aceitação nas bases da Igreja e da realidade interpelada pelas DGAE. “Os leigos estão entendendo o documento. Percebo isso pelos inúmeros e-mails que tenho recebido a respeito e, se os leigos estão entendendo é sinal que o documento está entusiasmando e isso é gratificante”, afirmou. Dom Leonardo deu atenção especial, em sua exposição aos primeiros capítulos das DGAE. De modo especial ao capítulo I e II. “Nós estamos entrando num outro tempo. O fundo do mundo ocidental não poderia se conceber sem Deus e hoje é o que acontece. Não que Deus esteja desaparecido, mas Ele não é mais um elemento agregador que dá todo um sentido para o universo, de pessoas, de sociedade. E aí está o desafio missionário”, afirmou comentando o capítulo II das DGAE, “Marcas de nosso tempo”.
“É um encontro que congrega missionários de congregações, dioceses, regionais. Poder refletir as novas DGAE nessa ótica missionária é muito importante porque é o centro daquilo que nos pede o DAp; mais ainda porque teremos uma boa repercussão nas bases da Igreja após o encontro”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Sérgio Braschi.
Para o secretário executivo do CCM, padre Estêvão Raschietti, o encontro é indispensável porque possibilita a discussão do documento. É o momento oportuno para o enriquecimento do texto das DGAE. “As Diretrizes jamais são um projeto pronto. É um plano sempre a ser definido com novos aportes. O texto não é o fim de tudo, mas o começo de uma nova reflexão”, frisou. “Claro que essa reflexão integra novos pontos e enriquece a caminhada. Ao meu modo de ver, as DGAE são uma provocação contínua para um debate que, de alguma forma, tem que continuar nas linhas que o documento colocou à disposição. Caso contrário, se torna um catecismo. Não é um documento acabado que trata só de ser repassado. Ele deve gerar novas reflexões”, completou.
Nesta tarde o evento continua sendo desenvolvido pela Comissão para a Ação Missionária da CNBB, com o tema “Missão Continental e as DGAE 2011-2015: para uma Igreja em estado permanente de missão”.
Amanhã é a vez do teólogo da missão e assessor do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), padre Paulo Suess, desenvolver o tema “Missão Profética da Igreja ou Igreja missionária e profética? Discernimento a partir das DGAE”. O encontro segue até sexta-feira, 25.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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