segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Encontro dos Presbíteros promove reflexão sobre identidade e espiritualidade


Mais de 500 sacerdotes e bispos participam do 14º Encontro Nacional de Presbíteros (ENP), cuja abertura ocorreu na noite desta quarta-feira, 1º de fevereiro, no auditório Padre Noé Sotillo, no subsolo do Santuário Nacional, em Aparecida (SP) e segue até o dia 7. A oração inicial foi dirigida pelo arcebispo de Palmas (TO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB, dom Pedro Brito Guimaraes.

Em seu discurso, dom Pedro enfatizou que o ENP é uma particularidade da Igreja no Brasil. “É uma mobilização do clero brasileiro que é uma benção, uma dádiva de Deus”. Para o bispo, o encontro é um momento privilegiado de convivência, formação e troca de experiências. Ele destacou a força da assembleia, por sua representatividade. “Estão reunidos representantes das 275 dioceses do Brasil, sendo de grande importância e valor para auto-estima do clero e para o seu crescimento espiritual”, avaliou.
Reflexão
Para o presidente da Comissão Nacional dos Presbíteros, padre Francisco dos Santos, o evento é uma oportunidade de renovação da vocação presbiteral. “Nossa missão é evangelizar, com a Palavra, a vida e o testemunho”. Ele convidou os participantes a ficarem atentos ao tema da reflexão do encontro. “Neste clima pós-moderno, em que a identidade e a espiritualidade perderam consistência, coloca-se o tema da reflexão do nosso encontro. Deparamo-nos com a necessidade de dizer quem somos, e porque aqui estamos. O desafio é a busca de novos caminhos”.
Também a respeito da temática em discussão, dom Pedro lembrou da atualidade da questão que já foi abordada em encontros anteriores. “O diferencial é este tempo de mudança de época que estamos vivendo. É um desafio para a Igreja hoje dar uma resposta para a pergunta sobre o futuro do cristianismo no mundo de hoje”. Na solenidade de abertura, foi justificada a ausência do padre João Batista Libâneo, que colaborou de forma fundamental no texto-base do encontro, mas que está doente. Padre Jésus Benedito dos Santos, que é o outro assessor do encontro, conta agora com a colaboração do padre Manoel José Godoy.
Acolhida
O Santuário Nacional de Aparecida se preparou de uma forma especial para acolher este encontro. “Os padres aqui se reúnem a exemplo dos bispos, que também fazem em Aparecida a sua assembleia anual, e são muito bem vindos”, afirmou o reitor do Santuário, padre Darci José Niciolli. Ele trouxe a saudação do cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis, e enfatizou a importância do povo acompanhar o encontro do clero. “O contato com os romeiros favorece a reflexão e mostra a cara dos presbíteros do Brasil. Espero que o povo sinta que o pastor de sua paróquia, de sua comunidade, está reunido, estudando, está formando também comunidade, aqui na casa da Mãe Aparecida que abençoa os seus filhos queridos, os sacerdotes”.
Na manhã desta quinta-feira, os participantes concelebram a eucaristia, no altar central do Santuário Nacional. Na missa, no espírito da liturgia de hoje, festa da Apresentação do Senhor, dom Pedro refletiu sobre a dimensão da oferta do Cristo. “A vida de Jesus é como uma vela que se consome, se entrega, se doa. Todos nós também poder ser luz onde vivemos”. Com a benção das velas, bispos, padres e demais fiéis participaram da procissão e benção do Santíssimo Sacramento. O encontro segue, no subsolo do Santuário, com o colóquio do padre Manoel e a discussão em grupo

Nenhum comentário :

Postar um comentário

recados para orkut


Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

CNBB - Imprensa