quinta-feira, 24 de maio de 2012

Câmara aprova PEC do Trabalho Escravo


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Trabalho_Escravomaiode2012




Dom Genival Saraiva, bispo de Palmares (PE), em artigo publicado no início da discussão sobre a PEC do Trabalho Escravo na Câmara, afirmou: "nenhuma pessoa de bom senso pode admitir o trabalho escravo". Parece que o bom senso prevaleceu: com surpreendentes 360 votos favoráveis, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira, 22 de maio, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 438/01) que permite a expropriação de imóveis rurais e urbanos onde a fiscalização encontrar exploração de trabalho escravo.

Havia uma expectativa geral de que a chamada bancada ruralista criaria dificuldades para a aprovação da PEC, mas a pressão popular e a força da opinião pública manifestadas durante o processo de discussão mudaram o resultado. Segundo a Agência Câmara, a votação da PEC só foi possível depois de um acordo dos líderes partidários. A proposta passou com 360 votos a favor, 29 contra e 25 abstenções.
Segundo o Código Penal (Decreto-Lei), quem explora o trabalho escravo já está sujeito a reclusão de dois a oito anos e multa, além de pena correspondente à violência praticada. A pena é aumentada da metade se o crime for cometido contra criança ou adolescente ou por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.
A proposta é oriunda do Senado e, como foi modificada na Câmara, volta para o exame dos senadores. Um acordo feito no período da discussão prevê mudança na PEC nesta volta ao Senado. Está previsto que os senadores façam uma menção explícita à necessidade de regulamentação futura. Caso seja alterada no Senado, a a proposta precisará ser votada novamente pela Câmara.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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