sábado, 18 de agosto de 2012

Missionários refletem sobre a dimensão humano-afetiva da missão


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O Centro Cultural Missionário (CCM) de Brasília deu início no último domingo, 12 de agosto, ao Curso de Extensão para missionários enviados além-fronteiras. Realizado em parceria com o Instituto Superior de Filosofia Berthier (Ifibe) de Passo Fundo (RS) a formação reúne 35 participantes entre leigos, padres e religiosos.
A primeira parte do curso, que trata da dimensão humano-afetiva, é assessorada por irmã Zirlaide Barreto Mendonça. De acordo com a religiosa, da ordem passionista, a temática é indispensável como parte integrante da formação dos missionários porque as reflexões, sobre o ser humano no âmbito da afetividade, é uma base para integração da pessoa. “É a base para a vida, para a felicidade e a eficácia na missão. Nós consideramos trabalhar a integração da pessoa que supõe a integração dos elementos mente, coração, vontade e espiritualidade. Trabalhamos conteúdos, mas também consideramos a vivência, a partilha do grupo e as experiências que eles já trazem de missão”.

A dimensão humano-afetiva foi tema de estudo no curso nos três primeiros dias, com três subtemas distintos. O primeiro foi “Vamos para outros lugares, foi para isso que eu saí (Mc 1, 38)”; o segundo é “Cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele (Mc 1, 41)” e, por último, “Imediatamente deixaram as redes e seguiram Jesus (Mc 1, 18)”.

maristelamissionariaA leiga Maristela de Godoy, do Paraná, será enviada ao continente asiático pela Província dos Irmãos Maristas de Porto Alegre (RS). Ela já teve em missão além-fronteiras por dois anos (1997-1998) em Guiné-Bissau, África, mas ainda não havia feito o curso. “Indo à missão para o continente asiático, que tem uma cultura diversa da nossa, esse curso torna-se indispensável para que eu esteja preparada. O mais importante nesse aqui é a valorização que aprendemos a dar à cultura do outro, respeitando-a. Vir aqui, se disponibilizar a aprender para ir em missão, é sem dúvida a grandeza desse curso”, disse.

freijuracymissionarioTambém será enviado para um país asiático o frade capuchinho Juracy Cipriano da Silva, 49, que acredita que a troca de experiências e o conteúdo serão os pontos fundamentais do curso do CCM. “Minha expectativa é que essa formação me possibilite fundamentação teológica, cristológica, antropológica e, sobretudo, crie uma relação de fraternidade e solidariedade da missão com os colegas que aqui estão”.

A formação segue até o próximo dia 6 de setembro e contará ainda com estudo das dimensões antropológica, bíblica, histórica, teológica, ecumênica e espiritual da missão.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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