domingo, 9 de setembro de 2012

“É indispensável tornar público o rosto desfigurado dos Excluídos”, afirma dom Walmor sobre Grito dos Excluídos.


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Grito2012editado











Paralelo às celebrações oficiais do dia da Independência do Brasil, o 7 de setembro também tem a marca da manifestação da 18ª edição do Grito dos Excluídos. Em diversas cidades do país, a Igreja no Brasil e movimentos sociais realizam diversas atividades em torno do lema “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população!”, e do tema “Vida em primeiro lugar”.
Para o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira Azevedo, em artigo publicado no site da CNBB, a manifestação do Grito dos Excluídos é carregada de simbolismo, pois congrega a sociedade em torno da solidariedade para com os excluídos. “Ninguém, fiel à sua cidadania, e na mais lúcida compreensão, pode permitir-se não fazer coro com a sociedade para fortalecer a exigência de um Estado a serviço da Nação”.

Na avaliação de dom Walmor, a manifestação de hoje atende ao chamado profético e indispensável de “tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome”.

A temática desta edição do Grito dos Excluídos está em sintonia com a proposta da 5ª Semana Social Brasileira, que avalia o Estado que temos hoje no Brasil. Para o bispo de Jales (SP), dom Demétrio Valentini, o Estado brasileiro possui três características: é patrimonialista, clientelista e desenvolvimentista. “Partindo destas breves constatações, nos damos conta como precisamos, sempre de novo, conferir como deveríamos controlar o Estado, para que esteja de fato a serviço de toda a população”, recomenda.

Em Macapá (AP), uma caminhada pela zona sul da capital com destino ao Marco Zero da cidade deve reunir milhares de pessoas. Durante as sete paradas da caminhada, haverá reflexões sobre temas como violência e combate a corrupção eleitoral. A manifestação termina com a palavra do bispo diocesano, dom Pedro José Conti.

Na cidade de Aparecida (SP), o Santuário Nacional da Padroeira do Brasil recebe hoje a 25ª Romaria Nacional dos Trabalhadores e o 18º Grito dos Excluídos. A romaria participa da missa das 10h30, presidida por dom Antonio Celso de Queiroz, bispo emérito de Catanduva (SP).

Na capital federal, logo após o desfile oficial na Esplanada dos Ministérios, a programação do Grito dos Excluídos começa na Torre de TV. Ao mesmo tempo, diante do Museu Nacional, parte a 4ª Marcha Brasil Contra a Corrupção, em direção à Praça dos Três Poderes.  A organização é do Movimento Brasil contra a Corrupção, de Brasília (DF), com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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