terça-feira, 9 de outubro de 2012

1º dia do Sínodo: Nova Evangelização, um desafio


1º dia do Sínodo: Nova Evangelização, um desafio

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Os trabalhos da 13ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização foram abertos na manhã desta segunda, 08, com a oração das Laudes, presidida pelo Papa, na Sala Paulo VI. Bento XVI se dirigiu aos 262 padres sinodais de todo o mundo com as seguintes palavras: “O cristão não deve ser morno; este é o mais grave perigo para o cristianismo de hoje: a tepidez desacredita o cristianismo” – refletiu o Papa.
Logo após, teve início a primeira sessão solene, com a saudação dos presidentes-delegados e a introdução do Secretário-Geral do Sínodo, Dom Nikola Eterovic. Ele destacou que um dos desafios para a Nova Evangelização é o individualismo. “A nossa cultura exalta o indivíduo e minimiza a relação necessária entre as pessoas. Exaltando a liberdade individual e a autonomia, é fácil perder de vista a nossa dependência dos outros e a responsabilidade diante do outro.”

A Nova Evangelização não é um programa, disse Dom Eterovic. Trata-se de um modo de pensar, de ver e de agir. “É como uma lente através da qual vemos as oportunidade de proclamar novamente o Evangelho. É também um sinal de que o Espírito Santo continua a trabalhar ativamente na Igreja.”

Para o Secretário-Geral do Sínodo, no centro da Nova Evangelização está a renovada proposta do encontro com o Senhor Ressuscitado, o seu Evangelho e a sua Igreja àqueles que não acham mais atraente a mensagem da Igreja.

Foi apresentado o "Relatório antes da discussão", apresentado pelo relator-geral da Assembleia sinodal, o arcebispo de Washington, Cardeal Donald Wuerl. Em seguida, o arcebispo de Hong Kong, Cardeal John Tong Hon, dirigiu aos Padres sinodais palavras vibrantes: recordou o temor do regime comunista vivido por parte de tantas famílias da diocese, antes da anexação da cidade à China, 1997.

Depois, o Cardeal Tong Hon recordou três princípios fundamentais da evangelização: a comunhão tanto com Deus quanto como os homens, em particular, com os pobres; o serviço entendido como doação de si e a doutrina, ou seja, aquele encontro pessoal com Cristo que nos leva a ser suas testemunhas:

"Devemos ser testemunhas zelosas da nossa fé" – concluiu o bispo de Hong Kong.

Ao término da primeira sessão dos trabalhos, realizou-se na Sala de Imprensa da Santa Sé, no Vaticano, um encontro do qual participaram o arcebispo de Washington e relator-geral do Sínodo, Cardeal Donald Wuerl, e o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli.

"Anunciar o Evangelho num contexto caracterizado pelas novas tecnologias. Esse é um dos principais desafios da nova evangelização", afirmou Dom Celli ressaltando com precisão um dos temas mais difíceis que os Padres sinodais deverão abordar na definição dos objetivos da nova evangelização.

Por sua vez, o Cardeal Wuerl disse que dentre os principais temas evidenciados pelo Sínodo encontra-se o da recuperação de uma correta identidade católica: tanto entre os jovens adultos, quanto naqueles que se distanciaram da fé.

O purpurado explicou que uma escassa consciência de identidade torna difícil também a relação e o diálogo em âmbito ecumênico. Uma das bases das quais partir novamente no complexo percurso da nova evangelização nos é dada pelo Catecismo da Igreja Católica, do qual estamos para celebrar o 20º aniversário.

Mas como transmitir corretamente a mensagem evangélica, a Palavra de Jesus no atual contexto social, como encontrar o método justo? Dom Celli falou aos jornalistas de uma Igreja que por sua natureza deve anunciar o Evangelho, e se não o faz, trai a sua vocação.

O problema não é tecnológico, mas de método: "É preciso entender como a Igreja pode dialogar com os homens e as mulheres de hoje, entrando em sintonia com eles, partilhando alegrias, esperanças, dificuldades e tensões", explicou o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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