terça-feira, 9 de outubro de 2012

Pastoral da Criança e o Ano da Fé


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Na edição de outubro do Jornal Pastoral da Criança, a coordenadora nacional Irmã Vera Lúcia Altoé convida para uma reflexão sobre o sentido do Ano da Fé, que começará no dia 11 de outubro.
"Todos nós, líderes da Pastoral da Criança, somos convidados a participar desse Ano da Fé. Mas qual é o sentido do Ano da Fé? A Fé ainda tem espaço em nossa vida, em nossa família, em nossa comunidade, no mundo?", pergunta irmã Vera Lúcia: "No mundo de hoje, onde vocês caminham, como vocês percebem que o nosso povo vivencia a fé?"
Leia a íntegra da mensagem:

Ano da Fé
Estimados líderes, coordenações, equipes de apoios e parceiros
Estamos iniciando mais um mês. Mês esse carregadinho de tantas coisas lindas. Mês missionário, em que celebramos a festa da Mãe Aparecida, nossa Padroeira do Brasil; Dia da Criança; do Educador; e outras celebrações que acontecem nesse mês. Além disso, esse ano temos um especial motivo sugerido pelo Papa: a abertura do Ano da Fé.
Você sabia que o Papa Bento XVI decidiu proclamar um "Ano da Fé"? Começará no dia 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II e aniversário de vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no dia 24 de novembro de 2013. Nesse mesmo mês, estaremos vivendo mais um Sínodo dos Bispos, cujo tema será sobre a Nova Evangelização.
Todos nós, líderes da Pastoral da Criança, somos convidados a participar desse Ano da Fé. Mas qual é o sentido do Ano da Fé? A fé ainda tem espaço em nossa vida, em nossa família, em nossa comunidade, no mundo? Deus ainda tem lugar significativo em nossa vida? No mundo de hoje, onde vocês caminham, como vocês percebem que o nosso povo vivencia a fé?
Eu, como líder, coordenador, o que eu faço enquanto Pastoral da Criança para que a fé dê sentido à minha missão?
É necessário responder a estas perguntas para que todos possamos viver nossa fé com consciência e maturidade e não apenas como uma herança de nossos pais e avós, às vezes esquecida e guardada em um canto perdido da própria vida e que não possui nenhuma relação concreta no modo de viver, pensar, ser e relacionar-se.
Para nós cristãos, a fé tem um endereço certo e bem preciso: crer em Jesus, o enviado do Pai e que cumprida a sua missão nos comunica o Espírito Santo para continuarmos a mesma missão de Jesus.
Podemos, então, dizer que a fé é uma adesão pessoal a Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo e, ao mesmo tempo, a tudo o que nos revela. Deus se revela como nosso Pai e nos mostra o caminho que devemos trilhar para chegar a Ele: amar a Ele e ao nosso irmão.
Cristo é nosso Senhor e nos convida a contemplar e a agir no mundo com novos olhos. A fé, bem acolhida e cultivada, nos oferece uma lente que permite perceber a realidade com o coração de Deus. Por isto, o cristão não é indiferente aos assuntos do mundo. O sofrimento e a dor que assolam a humanidade devem nos levar à compaixão como Jesus, o Bom Samaritano. É com o amor de Deus que amamos o mundo.
Estimados líderes, vocês estão percebendo que é a nossa fé que dá sentido a nossa missão Pastoral? Nós nos preocupamos muito com as situações que encontramos nas famílias que acompanhamos. Isto nos angustia, porque estas gestantes e crianças são filhas de Deus e estão no coração de Deus.
Nós, líderes da Pastoral da Criança, encontramos o Senhor em cada casa que entramos. Encontramos o Senhor em cada gestante que animamos para que se prepare bem para o parto e para a amamentação. Encontramos o Senhor naquela gestante que não quer ver nascer o seu filho ou que, depois de nascido, quer dá-lo a outros para que o criem. Encontramos o Senhor em cada criança que acompanhamos no seu desenvolvimento para que cresça saudável e feliz.
É na caridade, na alegria, no entusiasmo e na felicidade da vivência de nossa fé que iremos permear o mundo da esperança e do amor cristão. É no respeito, no diálogo aberto, sincero e inteligente que construiremos pontes entre a Fé e o mundo contemporâneo. Já existem muitos muros! Aprendamos a difícil arte de escutar, entender, compreender e defender sem medo nossa fé, com serenidade e respeito.
Estimados líderes, tudo isto nos anima e muito em nossa caminhada pastoral. Seja sempre para as famílias que você acompanha um sinal do amor de Deus por elas. A sua fé, que é esta aceitação do amor de Deus por você, vai sustentá-lo em todos os momentos de sua vida.
Saiba que sua missão é muito importante na Pastoral da Criança. Sua dedicação às famílias acompanhadas agrada muito a Deus, pois Ele ama quem ama os seus filhos. Continue, então, seu trabalho pastoral, sem esmorecer.
Assim, estaremos celebrando este Ano da Fé com muita alegria e dedicação.
Ânimo! Coragem! Deus continua contando com você.
Meu abraço e minha estima,
Irmã Vera Lúcia Altoé
Congregação Imaculada Conceição de Castres

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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