quarta-feira, 24 de julho de 2013

A Jornada Mundial

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Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Esta semana realiza-se no Rio de Janeiro a XXVIII Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que tem como lema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). As JMJs tiveram sua origem nos grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa João Paulo II em Roma, em 1984 e 1985, que foi declarado Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas.

A JMJ caracteriza-se como uma peregrinação: jovens do mundo inteiro estarão acorrendo ao “Santuário Mundial da Juventude” para o encontro com Cristo juntamente com o primeiro peregrino, o sucessor do Apóstolo Pedro, o Papa Francisco, em sua primeira viagem apostólica. Essa é a parte espiritual e moral da JMJ, a mais importante de todas. Ademais, a JMJ, até no aspecto humano é um evento único e altamente promissor, pois busca promover reflexões que visam à construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Como bem explicou Dom Orani, Arcebispo do Rio de Janeiro: “Neste tempo de ‘mudança de época’, em que nossa juventude assume o seu profetismo cristão nas manifestações pacíficas e com objetivos claros de cidadania, todos nós, como peregrinos, somos chamados a ser ‘protagonistas de um mundo novo’. Por isso mesmo, o peregrino discípulo-missionário pauta sua vida pela disponibilidade e fraternidade. Não procura levar vantagem em nada por se colocar a serviço e tampouco desanima com as dificuldades próprias de uma grande concentração. Ele, com isso, ganha a pertença ao Reino, a certeza do amor de Deus e de ser para os outros sinal cândido de misericórdia e de amor. O peregrino leva no seu coração e reparte com os outros a esperança de tempos novos. Nos tempos de hoje, com as violências, guerras, corrupções, maldades, divisões, dependências e frustrações, o peregrino é sinal de que em Cristo Ressuscitado, a esperança tem seu fundamento”
Quanto à parte material, os gastos da JMJ, o Comitê Organizador Local (COL) esclareceu que 70% do custo serão viabilizados por meio de contribuições dos peregrinos. Além disso, há doações espontâneas, patrocínios, parcerias e licenciamento de produtos que geram divisas para o evento. Serão gerados mais de 20 mil empregos diretos com a realização do evento e estima-se um impacto econômico de mais de meio bilhão de reais. Na Espanha, que foi o último país a receber a JMJ em 2011, o impacto econômico foi em torno de R$ 920 milhões. O evento gerou 8 mil empregos, sendo 3 mil somente na capital. E a JMJ trará reflexos positivos para o Rio de Janeiro e o Brasil em termos de imagem, o que beneficiará, sobretudo, o turismo.
Quanto aos investimentos efetuados pelo governo federal e estadual para o evento, a maior parte dos recursos está sendo aplicada em segurança, além dos gastos inerentes à recepção do Papa como chefe de Estado, o que é normal. Os gastos da Prefeitura do Rio se restringem à comunicação, mobilidade, logística, saúde e o bom funcionamento da cidade durante a Jornada e a permanência do papa Francisco. Os católicos, mais de 50% da população, ficam satisfeitos em ter um pouco dos seus impostos assim bem empregados.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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