terça-feira, 9 de julho de 2013

Missionários da Paz. O jubileu da Pacem in Terris

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Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
O Evangelho deste Domingo nos lembra que o seguidor de Cristo é antes que nada um missionário da Paz. Neste ano celebra-se o jubileu da grandiosa Encíclica do Papa  João XXIII a Pacem in Terris. Nesta memorável mensagem a todos os homens e mulheres de boa vontade o Papa apelidado como o Pároco do Mundo, por sua bondade e hospitalidade fraterna, nos recordava que a paz é sempre resultado de uma ordem moral, do respeito integro e pleno aos Direitos Humanos, inerentes a pessoa humana, não meras concessões dos Estados, e por tanto inalienáveis, indivisíveis e imprescritíveis.

A paz se alicerça em quatro colunas : a caridade e a justiça, a verdade e a liberdade, não se pode ter ou celebrar a paz ignorando a uma delas.   Mas também a paz exige uma linguagem, uma pedagogia e uma espiritualidade.   Ghandi costumava dizer " não existe um caminho para a paz, ela é o próprio caminho" e o Bem Aventurado João Paulo II completava : "  Se queres a paz, prepara-te para a paz" superando a adágio enganoso dos romanos : "Si vis pacem para bellum" ( se queres paz prepara a guerra ).     
Isto significa que devemos educar para a paz, para ser e respirar a paz como nossa forma de viver e conviver, alcançando a compreensão da Shalom bíblica que percebe a paz como a somatória de todos os bens e relacionamentos que nos tornam felizes.    Torna-se cada vez mais necessário que as religiões se unam na busca e no serviço à paz, rezando e intercedendo por ela, afastando qualquer fundamentalismo e sectarismo que semeie violência e discriminação entre as pessoas e os povos.  Que anunciemos a Cristo Nossa Paz, através do diálogo, da compaixão, do amor universal,passando da boa vizinhança e tolerância, a amizade e fraternidade entre todos os seres humanos e criaturas do planeta.   Construir uma cultura de paz deve ser considerado o primeiro empenho e prioridade dos governos, dos povos, das famílias e de todas as pessoas, porque só assim poderemos transformar a terra em uma Casa comum habitável, acolhedora e amorosa. Que Nossa Senhora Rainha da Paz e Mãe dos Homens nos abençoe e ilumine nesta missão. Deus seja louvado !

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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