terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dia do Catequista

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Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena 
Bispo de Guarabira (PB)
Neste dia 25 do mês de agosto, mês vocacional, comemora-se o Dia do(a) Catequista, no Ano da Fé. Em nossa Diocese, o encontrão diocesano é uma maneira de celebrar com os(as) catequistas este dia tão especial. A catequese está desafiando a viver um momento novo, a um novo agir e a uma mudança de métodos. Muita gente participa de nossas comunidades sem a consciência clara da vida cristã e da fé. A preparação ainda é insuficiente ou muito superficial. Ela é assumida e vista como escola ou tarefa exclusiva do catequista. Falta apoio de todos os lados para o exercício comum da catequese e tê-la como serviço essencial da comunidade. Convivemos com uma falta de clareza em nossa catequese. Conteúdos são transmitidos, mas pouco atingem a experiência da fé. É preciso experimentar o sabor.

É necessário acabar com a ruptura entre os sacramentos e o testemunho cristão. Para isso é preciso incluir um esforço para a vivência autêntica da fé. O exemplo de vida cristã, a alegria da fé, seja do Bispo, do Padre, dos pais, do catequista deve contagiar, revolucionar a vida de todos. O ser humano é sensível aos gestos, ao bem, à espontaneidade e à sinceridade.
A iniciação cristã ainda está fragmentada em momentos isolados e pouco relacionados entre si.Tanto assim que a celebração de um sacramento é vista como uma conclusão ou fim de um processo, ao invés de levar a uma participação frutuosa da vida cristã por toda a existência. Temos necessidade de uma iniciação cristã para que a fé faça parte da vida de nosso povo. Cristo é a esperança de todos e que, apesar de todas as dificuldades que surgem na vida, é preciso buscar, proclamar e celebrar o evangelho da esperança, este evangelho que é confiado à Igreja.
Diante do cenário atual, propõe-se o caminho catecumenal para a catequese. Um processo da iniciação cristã. Uma preparação para os sacramentos, promovendo a adesão a Jesus Cristo e à Igreja, incluindo ritos e celebrações que conduzem à experiência do mistério de Deus. Sendo inspiração para toda a catequese, o catecumenato nos apresenta um método marcado por etapas e celebrações. As etapas são como itinerários, um caminho que conduz os catequizandos, a comunidade, as famílias e os ministros ao núcleo da fé. O itinerário da iniciação cristã compreende etapas (ou passos), celebrações e ritos. O pré-catecumenato é o momento do primeiro anúncio, em vista da conversão. O catecumenato é destinado à catequese integral, à pratica da vida cristã, às celebrações e ao testemunho da fé. Há um tempo de purificação e iluminação. Por último, um tempo ao progresso no conhecimento do mistério pascal (mistagogia). São muitas as vantagens de uma catequese inspirada pelo processo catecumenal.
Queridos(as) catequistas, abrace esse caminho. Saber fazer é uma das tarefas do ser catequista. Só podemos catequizar os outros catequizando a si mesmo. Agradeço a todos(as) os(as) catequistas pela dedicação, amor a esta missão de conduzir a Jesus os seus catequizandos. Que a experiência do encontro com Jesus seja a força motivadora capaz de lhe trazer o encantamento pelo caminho do discipulado, cheio de desafios que os(as) fazem crescer e acabam gerando profundas alegrias.
Gostaria de dizer a cada um(a) catequista: Parabéns! E lembro os comovedores ensinamentos do Papa Francisco: “Coloque fé, esperança e amor em sua vida e ela terá um novo sabor, terá uma bússola que indica uma nova direção. Sua existência será como a casa construída sobre a rocha firme. O seu caminho será alegre, porque você encontrará muitos que caminharão com você. Apaixonem-se por Jesus Cristo”. Deus o(a)abençoe, Catequista!

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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