segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Papa recebe bispos da Ucrânia


“Estou particularmente próximo a vocês com minhas orações pelos mortos e por todos que foram afetados pela violência”, disse o papa Francisco aos bispos ucranianos durante reunião, na Sala Clementina do Palácio Apostólico. Estiveram com o papa os bispos da igreja Greco-católica ucraniana, o bispo de Mukachevo, de rito bizantino e os da Conferência Episcopal da Ucrânia.

A visita ocorre em um momento no qual a Ucrânia enfrenta grave e prolongado conflito. “Conheço os acontecimentos históricos que têm marcado vossa terra e estão todavia presentes na memória coletiva. São questões que têm, em parte, uma base política. Porém, também há tragédias socioculturais e humanas que esperam vossa contribuição direta e positiva. Em tais circunstâncias, o importante é escutar com atenção as vozes procedentes do território, onde vivem as pessoas confiadas ao vosso cuidado pastoral”, pediu Francisco.
O papa expressou esperança ao dizer que a busca da paz é possível. Fez também um apelo a todas as partes interessadas “para que se apliquem iniciativas alcançadas de mútuo acordo, se respeite o princípio do direito internacional e, em particular, se observe a trégua firmada recentemente e todos os demais compromissos que são condições necessárias para evitar a retomadas das hostilidades”.
Francisco recordou aos bispos que, em âmbito local, eles têm entre si acordos específicos e práticos herdeiros de duas tradições espirituais legítimas: oriental e latina, estendidas a outros cristãos presentes em suas comunidades. “Esta atitude é uma honra que merece ser reconhecida”, assinala. O papa reitera que, em âmbito nacional, “são cidadãos de pleno direito de seu país e, portanto, têm direito a expor, também de forma comum, vosso pensamento sobre o seu destino”, de modo a reafirmar os valores que compõem o elemento coagulante da sociedade ucraniana, perseverando na incansável busca da harmonia e do bem comum.
Ao final do discurso, Francisco exortou-os a prestar atenção aos pobres. “São vossa riqueza. E vocês são os pastores de um rebanho; sede cada vez mais conscientes disso, inclusive em vossas instituições internas de autogoverno que devem conceber-se sempre como instrumentos de comunhão e de profecia”, acrescentou.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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