quinta-feira, 4 de março de 2010

A História do povo de Israel

A História do povo de Israel
Enviado por: Eldécio Luiz da Silva
Cursando Teologia no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário
Diocese de Caratinga do regional Leste II Paróquia Divino - MG.

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Para se poder compreender o Antigo Testamento é importante que se conheça a história do povo hebreu, pois sabemos que é através deste povo que Deus se manifestou à humanidade, e preparou-a para receber o seu Filho amado.

1- Época patriarcal (séc. XVIII – XIII) – Israel tem sua origem nas migrações de arameus que, a partir do século XVIII a.c., desceram do norte para se estabelecer na Palestina. O Gênesis nos fala de Abraão, primeiro patriarca, que sai com sua família de Ur. Nesta época não podemos ainda falar de um povo, muito menos de uma nação. Eram grupos seminômades que começaram a povoar a Palestina, mas somente alguns desses grupos se tornaram sedentários, sobretudo os que se estabeleceram ao norte, às margens do lago da Galiléia. Os do centro e do sul tinham uma vida mais móvel e nas épocas de fome, eles baixavam ao Egito.

2- Saída do Egito e travessia do deserto (meados do século XIII) – Os grupos que se estabeleceram no Egito, com o passar do tempo, foram obrigados pelos faraós aos trabalhos forçados. Neste momento de opressão surge um personagem fundamental, Moisés, a quem Deus confia a missão de libertar seu povo.

3- Assentamento na Palestina – final do séc. XIII – Depois da travessia do deserto (onde o acontecimento capital é a aliança do Sinai), chega-se à estepe de Moab, diante da terra prometida. Após a morte de Moisés, Josué assume o comando, cruza o Jordão, conquista Jericó e aos poucos vai-se apoderando da Palestina.

4-A época dos juízes (1200 – 1020) – três características marcam esse período. Primeiro, a falta de coesão política (cada tribo se organiza independentemente). Segundo, uma profunda mudança na forma de vida (o povo se torna mais sedentário). Terceiro, a contínua ameaça dos povos vizinhos, sobretudo dos filisteus.

5- A monarquia unida (1020 – 931) – Alguns pensavam que a monarquia era um atentado a Deus, único rei de Israel, e se opõem decididamente a ela. Apesar da oposições, Saul foi eleito rei e livra o povo da ameaça dos filisteus, pelo menos provisoriamente. No final do seu reinado, porém, foi derrotado pelos filisteus na batalha de Gelboé.

A Saul sucede Davi. Primeiro ele foi escolhido rei do sul. Só depois de sete anos as tribos do norte pedem-lhe que reine também sobre elas. Foi ele quem conquistou e constituiu Jerusalém como capital do seu reino. Também ele terminou de conquistar as cidades cananéias e as anexou ao seu reino. Realizou uma política expansionista, submetendo os povos vizinhos.

A sucessão de Davi é marcada por uma série de intrigas e derramamento de sangue entre seus próprios filhos. Sucede-lhe Salomão que reina quarenta anos (971 – 931). Este reinado é um dos momentos mais gloriosos da história de Israel. Salomão deixou de lado as guerras e realizou grandes construções. Mas, com o passar do tempo, ele obrigou o povo aos trabalhos pesados e colocou muitos impostos sobre o povo. Com isso, houve uma certa insatisfação, sobretudo nas tribos do norte, as quais não aceitam o filho de Salomão (Roboão) como rei. Acontece o fim da monarquia unida.

6- Os dois reinos (931 – 586) – Com o fim da monarquia unida, passam a existir dois reinos: o do norte (Israel) e o do sul (Judá). O do norte desaparece da história em 722, quando Salmanasar V, da Assíria, o conquista. Em seus 209 anos de existência, Israel teve nove dinastias e 19 reis, dos quais sete foram assassinados e um suicidou. Judá, que conseguiu sobreviver até 586, em 345 anos de existência teve somente uma dinastia (a de Davi) e 21 monarcas.

7- O exílio (586 – 538) – Em 597 acontece a primeira deportação para a Babilônia, a qual conquista definitivamente Jerusalém em 586 e deporta numerosos judeus para a Mesopotâmia. Começa, então, o período mais triste, só comparável à opressão do Egito.

8- O período persa (538 – 333) – O pesadelo do desterro termina no ano 538, quando Ciro, rei da Pérsia, conquista a Babilônia e promulga um decreto libertando todos os cativos e permitindo-lhes a volta à Palestina. O povo continua sem liberdade política, dominado pelos novos senhores do mundo antigo, os persas.

9- O período helenista (333 – 63) – Este período vai desde a conquista da Palestina por Alexandre Magno até a conquista de Jerusalém por Pompeu. Depois da morte de Alexandre, seu império foi dividido em quatro partes. As que interessam aos judeus são Egito (governado pelos Lágidas) e Síria (dominada pelos Selêucidas). A Palestina foi dominada pelos Lágidas no século III e pelos Selêucidas no século II. Nessa época aconteceu a revolta dos macabeus.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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