domingo, 20 de junho de 2010

A Bíblia católica é diferente da protestante?

Se um católico descobre em casa uma Bíblia publicada pelos protestantes, freqüentemente fica meio cismado e pergunta: “Será que posso ler? Será que não é diferente da Bíblia católica?”
Por outro lado, não entende como pode haver duas Bíblias, uma diferente da outra. A Palavra de DEUS não é uma só?
A questão é a seguinte: na Bíblia protestante faltam alguns livros na parte do Antigo Testamento, livros que existem na edição católica: Baruc, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, os dois livros dos Macabeus, pequenos trechos dos livro de Ester (10,4-16,24 e alguns trechos do livro de Daniel. São chamados de livros deuterocanônicos (segunda lista). A Igreja católica os aceitou como sendo inspirados, como sendo Palavra de DEUS, enquanto para os protestantes são chamados apócrifos).
Apócrifos para nós católicos são certos livros antigos, semelhantes a livros bíblicos não inseridos na Bíblia e são considerados apócrifos – palavra grega que significa “escondido” mas neste caso adquiriu o sentido de “falso”. Indicando, portanto, os livros de origem incerta, são eles: Os mais conhecidos o Proto-evangelho de Tiago e o Evangelho secreto da Virgem Maria.
Para entender essa diferença, é preciso conhecer um pouco a história do texto do Antigo Testamento. A Bíblia, inicialmente, só existia em hebraico.
Quando os Judeus se espalharam pelo mundo, sentiram necessidade de traduzi-lo para uma língua mais universal naquela época: o grego.
Acontece que no Antigo Testamento traduzido foram colocados alguns livros que não estavam na Bíblia hebraica e que eram mais recentes. São aqueles que citamos acima.
Os protestantes consideram como Palavra de DEUS só os livros do Antigo Testamento que fazem parte da Bíblia hebraica, enquanto que a Igreja católica considera também alguns que foram acrescentados na tradução grega feita pelos Judeus.
Para organizar a lista dos livros da Bíblia os Fariseus antigos, julgaram que, para serem inspirados por DEUS, os livros deveriam ser:
a) Antigo, isto é, não escritos depois de Esdras e Neemias.
b) Escritos em língua “sagrada” isto é, hebraico e aramaico.
c) Fossem de acordo com a lei de Moisés.
d) Tivessem origem na Palestina e não em terra estrangeira.
Os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiásticos, Baruc, I e II Macabeus, não satisfazem todos esses requisitos e não foram aceitos pelos fariseus na organização e fixação do Cânon, isto é, a lista de livros. Os protestantes adotaram o cânon hebraico, por isso na bíblia deles faltam os 7 livros mencionados acima.
Essa é a diferença entre a Bíblia católica e protestante. O Novo Testamento é igualzinho. Portanto, se você
tem uma Bíblia protestante não precisa rasgá-la ou queimá-la. Basta você estar ciente de que faltam esses
livros, que você poderá ler uma Bíblia católica (explicar o rodapé).
É bom ressaltar também que mesmo entre as bíblias católicas existem algumas diferenças nas traduções.
Por exemplo: Ave Maria é diferente da Bíblia de Jerusalém. Mas por que existe diferença?
As diversas traduções têm o objetivo somente de facilitar a leitura do povo mais simples. Mas esta diferença é apenas no vocabulário usado, o conteúdo é o mesmo.

Pe. Nivaldo Alves dos Anjos Jr – O Pároco
Maria Auxiliadôra
http://www.catequisar.com.br/txt/ad/apostila/ind.htm

Nenhum comentário :

Postar um comentário

recados para orkut


Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

CNBB - Imprensa