quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sexo no plano de Deus


O livro do Gênesis assegura que ao criar todas as coisas Deus ´viu que tudo era bom´ (Gen 1,25). Portanto, tudo o que Deus fez é belo. 

O mal, muitas vezes, consiste no uso mau das coisas boas. Por exemplo, uma faca é uma coisa boa; sem ela a cozinheira não faz o seu trabalho. Mas, se um criminoso usar a faca para tirar a vida de alguém, nem por isso a faca se torna má. Não. O mal é o uso errado que se fez dela. 

Da mesma forma o sexo é algo criado por Deus e maravilhoso. É por ele que a criança inocente vem ao mundo. 

Como Deus deu ao casal humano, a missão de gerar os filhos, ´crescei e multiplicai´ (Gen 1,28), providenciou o sexo como instrumento de procriação. E mais, para fortalecer a união e o amor do casal, fez do sexo também o meio mais profundo da ´manifestação´ do amor conjugal. Podemos dizer que o ato sexual é a ´celebração do amor´, como que a ´liturgia do amor conjugal´. E é no ápice desta celebração do amor, que o filho é concebido. Isto é, ele não é somente a carne e o sangue do casal, mas principalmente, o fruto do seu amor. É por isso que a vida sexual de um casal que não se ama de verdade, nunca é harmoniosa. 

O sexo é manifestação do amor. Sem este, ele fica vazio, desvirtuado e perigoso como aquela faca na mão do assassino. Faz muitas vítimas... O que é a prostituição, senão o sexo sem amor? É apenas um ato de prazer, comprado, com dinheiro ou outros meios. 

No plano de Deus a vida sexual só tem lugar no casamento. São Paulo há dois mil anos já ensinava aos coríntios: 

´A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa´ (1 Cor 7,4). 

O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado, e nem que o corpo da noiva pertence ao noivo. A união sexual só tem sentido no casamento, porque só ali existe um ´comprometimento´ de vida conjugal, vida a dois, onde cada um assumiu um compromisso de fidelidade com o outro. Cada um é ´responsável pelo outro´ até a morte, em todas as cirscunstâncias fáceis e difíceis da vida. Sem este ´compromisso de vida´ o ato sexual não tem sentido, e se torna perigoso. 

As consequências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: mães e pais solteiros; filhos abandonados, ou criados pelos avós, ou em orfanatos. Muitos desses se tornam os ´trombadinhas´ e deliqüentes que cada vez mais enchem as nossas ruas, buscando nas drogas e no crime a compensação de suas dores. Quantos abortos são cometidos porque busca´se apenas egoísticamente o prazer do sexo, e depois elimina´se o fruto, a criança! Só no Brasil são 4 milhões por ano. Quatro milhões de crianças assassinadas pelos próprios pais! 

As doenças venéreas são outro flagelo do sexo fora do casamento. Ainda hoje convivemos com os horrores da sífilis, blenorragia, cancro, sem falar do flagelo moderno da AIDS. O remédio contra a AIDS é a vivência sexual apenas no casamento; e não, como se propõe, irresponsavelmente, o uso de ´camisinhas´, ao invés de se eliminar o vício pela raiz. 

É urgente que os cristãos, pais, professores e educadores, tenhamos a coragem de ensinar novamente a castidade aos jovens.Um jovem que se mantém casto até o casamento, além de tudo, prepara a sua vontade e exercita seu autodomínio para ser fiel ao seu cônjuge no casamento. É preciso mostrar urgentemente aos jovens os valores da castidade, tanto em pensamentos como em atos. A televisão e os filmes pornográficos de vídeos, as revistas eróticas abundantes e asquerosas, injetam pólvora no sangue de nossos filhos, fazendo´os escravos do sexo. E por causa disso estamos vendo meninas de 13, 14 anos, grávidas, sem o menor preparo e maturidade para serem mães. 

Temos que acordar. Temos que ter a coragem de oferecer aos jovens a opção da pureza que Jesus nos legou: ´Bem´aventurados os puros de coração porque verão a Deus´ (Mt 5,8). Neste assunto Cristo foi exigente e não deixou margens a dúvida: ´Todo aquele que olhar para um mulher com desejo de cobiça, já adulterou com ela em seu coração´ (Mt 5,27).

Prof. Felipe Aquino

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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