terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A urgência de Deus


É impressionante a urgência de Deus na mudança do nosso coração. Nós é que precisamos e é Ele que tem pressa, que se deixa devorar pela urgência de nos poder amar. É a intensidade de amor do esposo que anseia pela necessidade de amor com o seu Povo e com cada um de nós.


A oferta da salvação não é só por causa de nós e para nosso bem; é por causa de Deus, da generosidade do seu amor, do seu propósito de aliança com os homens, da manifestação da sua glória. 

Como é pobre uma perspectiva de salvação vista apenas como busca de solução para a nossa vida! A salvação envolve profundamente Deus no seu desejo de dom, na delicadeza da sua ternura misericordiosa, na fecundidade do seu poder criador.

Deus tem urgência em que lhe abramos o coração, porque decidiu, desde toda a eternidade, ser Deus conosco, ser Deus em nós. É à força de um desígnio, a voragem de uma escolha de amor. É por isso que é muito triste para Deus a nossa recusa ou mesmo a lentidão da nossa resposta de conversão a Ele, acolhendo o seu amor.

Na Páscoa celebramos o momento em que um homem, Jesus Cristo, acolheu totalmente essa voragem de amor de Deus seu Pai. E no coração verdadeiramente novo de Jesus Cristo, está à esperança de uma mais total e profunda resposta dos homens ao amor de Deus. Só essa esperança fez com que Deus nos amasse infinitamente em Jesus Cristo, amor que nos envolveu totalmente no dia do nosso batismo, momento em que nos unimos a Jesus Cristo e aceitamos esta caminhada de renovação contínua do coração.

D. José Policarpo
Cardeal Patriarca de Lisboa
Catequeses Quaresmais /2002

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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