sábado, 9 de abril de 2011

Apostila: Teatro e Dança



  
Apresentação:

Esta apostila foi montada pela Atos2 e Ministério de Comunicação
Social da RCCPE, é destinada a grupos e pessoas que
evangelizam através do Teatro.
Seu conteúdo é uma seleção das melhores peças teatrais
publicadas na internet por vários autores.

Comunicação e arte a serviço da vida!



www.atos2.net









































Apostila: Teatro e Dança
Autor: Diversos



Apresentação:

Esta apostila foi montada pela Atos2 e Ministério de Comunicação
Social da RCCPE, é destinada a grupos e pessoas que
evangelizam através do Teatro.
Seu conteúdo é uma seleção das melhores peças teatrais
publicadas na internet por vários autores.







































PEÇA 1

A ESTRELA HUMILDE

Personagens:
::6 estrelas
::3 pastores
::Maria e José
::Anjos
::Menino Jesus (pode ser uma imagem ou um bebê)
::Narrador
I CENA

4 estrelas estão conversando:
Estrela 1: Que vestido bonito você tem hoje!
Estrela 2: É, também custou uma nota!

Estrela 3: Onde é que você o comprou?

Estrela 2: Numa outra cidade. Tem cada vestido lindo, que vocês precisam ver!

Estrela 4: Ah! Então também vou lá comprar um para mim. Quero um com muito brilho!

Estrela 1 e 2: Ah! Eu também vou!

(Entra em cena a Estrela 5, pobre que fica olhando de longe)
Estrela 1: Olhem lá aquela estrela. Que roupa mais simples. Certamente ela a comprou aqui numa lojinha barata!

Estrela 2: É, ela só tem coisas baratas!

Estrela 3: Ela também nem sabe o que é uma roupa fina, porque nunca vai a festas chiques!

Estrela 4: Por que será? Eu vou lá perguntar?

Estrela 1: Não vai não. É melhor a gente não se meter com esse tipo de gentinha! (Entra a Estrela 6, apressada )

Estrela: Vocês já sabem da novidade?

As outras estrelas: O quê? Fale logo!

Estrela 6: Eu ouvi que vai ter uma festa lá na terra. Vai nascer um Salvador do mundo. Falaram que ele será um Rei e, quem o enxergar, terá um brilho lindo. Disseram também que, quem o enxergar primeiro, terá um brilho especial!

Todas juntas: Oba!

Estrela 1: Então temos que nos apressar e ir até à terra para ver este Salvador! (Estrela 5 se aproxima)

Estrela 5: O que foi que você falou?

Estrela 6: Vai nascer o Salvador lá na terra. E, quem o enxergar vai ter um brilho especial! Nós vamos até a terra, para esperar o Salvador!

Estrela 5: Posso ir com vocês?

Estrela 1: Com esta roupa?

Estrela 2: Ele certamente nascerá num palácio, porque será um rei!

Estrela 3: É, e para entrar num palácio a gente precisa estar bem vestida!

Estrela 1: Eu já sei onde vou esperá-lo. Vou lá no PALÁCIO GRANDEZA, porque ele é o maior de todos.

Estrela 2: É, mas o PALÁCIO MORDOMIA tem mais empregados e por isso vou para lá, porque ele poderá nascer neste palácio!

Estrela 3: Pois eu acho que ele vai nascer no PALÁCIO LUXÚRIA, que é o mais rico de todos!

(A Estrela 4 pega no braço da Estrela 6:)
Estrela 4: Bem, então nós vamos esperar no PALÁCIO PODER, porque é lá que tem o maior número de guardas e deve ser lá que vai nascer o Rei do mundo.

(Estrela 6 fala para a Estrela 5)
Estrela 6: Você pode esperar lá naquela estrebaria. Isto combina melhor com você e lá eles vão deixá-la entrar. (Todos se retiram)

II CENA

(Entram José e Maria e um grupo de anjos carregando a manjedoura. Os anjos cantam)

(Estrela 5 chega cansada)
Estrela 5: Como estou cansada. Andei tanto. Agora vou ver se posso descansar um pouquinho aqui nesta estrebaria.
(Atrás da estrela vem os pastores)

pastor 1: Achamos! O anjo disse que iríamos encontrar a criança deitada numa manjedoura!

Pastor 2: É mesmo! Este é o Salvador do mundo!

Pastor 3: Vamos depressa adorá-lo!
(Vão até a manjedoura)

(Estrela 5 fica parada).
Estrela 5: Então aqui nasceu o Salvador? Num lugar tão humilde nasceu o Rei do mundo? Eu também quero ir com os pastores até lá para adorá-lo.

(Estrela 5 vai e se ajoelha diante do Salvador. Os anjos formam um círculo ao redor da manjedoura, cantando um hino de glória. Quando abrem o círculo, a Estrela 5 aparece com a roupa de brilho especial e os pastores com sorrisos no rosto. Chegam as outras estrelas).

Estrela 6: Olhem! Aqui nesta estrebaria pobre nasceu o Rei do mundo!

Narrador: “Sim, o Salvador do mundo nasceu para todos. Se tivesse nascido num daqueles palácios, só os ricos entrariam para vê-lo, ficando os pobres do lado de fora. Aqui, todos podem vir adorá-lo, todos estão convidados, todos entram, tanto faz ser rico ou pobre, grande ou pequeno. Porque o Salvador veio salvar a todos que o procuram!

(As outras estrelas vão até a manjedoura e recebem, cada uma, uma estrela brilhante na cabeça).

Autor: Desconhecido
PEÇA 2

A FLOR DA HONESTIDADE

Personagens:

::Mãe
::Filha
::Príncipe
::
1ª Moça - Jaqueline
::2ª Moça - Andréia
::
3ª Moça - Géssica
::4ª Moça - Indiamara
 
NARRADOR: Na china antiga, um príncipe estava às véspera de ser coroado pelo imperador mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Ele resolveu fazer uma "disputa"  Entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte o príncipe anunciou que receberia numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
 
MÃE: Maria Cecília
 
FILHA: Estou indo mamãe...
 
MÃE: Sente-se, eu tenho uma notícia filha, que não vai lhe agradar nenhum pouco.
 
FILHA: Diga logo mamãe a senhora está me deixando assustada.
 
MÃE: Pois bem não pretendo deixa-la ansiosa. Vamos direto ao assunto. Eu sei do amor que você sente pelo Príncipe, e hoje eu descobri que você não tem as mínimas possibilidades em realizar seu sonho.
 
FILHA: Mamãe, foi a senhora que me ensinou. Que quando desejamos atingir nosso objetivo, o segredo é não desistir da busca, e eu não vou desistir.
 
MÃE: Maria Cecília, acho que não fiz o complemento quando te disse isso. Há coisas.
 
FILHA: Há coisas Mamãe, que quando Deus reserva pra gente, e ninguém poderá nos tirar. A lição Bíblica da Escola Dominical falava sobre o segredo da persistência, eu aprendi tanto com aquela lição mamãe...
 
MÃE: Maria Cecília, por favor deixa eu falar!!!
 
Filha: Desculpe mamãe, sou toda ouvida (beija a mãe e senta).
 
MÃE: Filha o príncipe lançou um desafio.
 
FILHA: Eu vou vencer este desafio mamãe!!
 
MÃE: Maria Cecília, não se empolgue, não me interrompa, me escute Maria Cecília!
 
FILHA: Desculpe!...
 
MÃE: Filha, o príncipe marcou uma celebração e vai reunir todas as moças e lá estarão presentes todas as belas moças da corte. Filha, entre todas as moças que estarão lá, para mim, você é a moça mais bela, mas lá estarão também as mais ricas. Minha filha o que você fará lá? Tire essa idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
 
FILHA:  Não querida Mamãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos uns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz.
 
MÃE: Você venceu,  eu libero você para ir ao desafio do príncipe
 
FILHA: (abraça-a) Obrigada mãe, eu vou me arrumar.
 
NARRADOR: As jovens estão chegando ao palácio, entre elas está Maria Cecília. Finalmente, o príncipe anunciou o desafio:
 
PRÍNCIPE:  Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses  me trouxer  a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China. (TODAS APLAUDEM)
 
NARRADOR: A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valoriza muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc..., mas que proposta heins! Aquela que em 6 meses, trouxer a mais bela flor, esta será a escolhida para ser a esposa do príncipe e futura Imperatriz da China.
 
-Música ... -
 
NARRADOR: O tempo está passando, e a doce jovem, como não tem muita habilidade na arte da jardinagem, cuida com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse nas mesma proporção do seu amor pelo príncipe, ela não precisava se preocupar com o resultado.
 
FILHA: Mamãe, já fazem três meses e nada surgiu. Estou sentindo cada dia mais distante meu sonho.
 
MÃE: Tenha paciência filha, você está regando-a como deve?
 
FILHA: Mamãe, eu faço isso corretamente, já fiz de tudo que ensinaram e esta semente não nasce.
 
MÃE: Filha, eu tive uma idéia brilhante, vou falar com o Dr. Frederico, ele é meu amigo.
 
FILHA: O Dr. Frederico da Associação dos Agrônomos?
 
MÃE: Claro filha ele mesmo.
 
FILHA: Mamãe!..., foi ele que me deu todas as instruções, para esta semente nascer e até agora nada.
 
MÃE: Vem cá, vamos falar com D. Maricota, ela endente muito de plantação de semente, viu a horta que ela tem...
 
- Música para saída de mãe e filha -
 
NARRADOR: Já passaram seis meses, consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou a sua mãe:
 
FILHA: Mamãe, independente das circunstâncias eu retornarei ao palácio.  Na hora marcada lá estava ela, com seu vaso vazio.
 
MÃE: Maria Cecília, por favor, filha eu admiro você, você é uma moça inteligente, não me faça passar uma vergonha destas, com certeza a semente das demais pretendentes nasceram, elas tem recursos, devem ter entregado direto para quem entende do assunto, sem dúvida nenhuma foram direto a um laboratório de análises...
 
FILHA: Mamãe, eu respeito a sua opinião, mas eu conto mais uma vez, com o consentimento, eu quero ir neste desafio mamãe, a semente não nasceu, meu vaso está vazio, mas esta é a oportunidade que eu tenho em ficar ao menos um pouquinho perto do príncipe mamãe, eu já falei isto.
 
MÃE: Filha querida, eu sinto muito por você, mas está bem, pode ir, e boa sorte, você vai precisar e muito.
 
FILHA: Mamãe, mais uma vez obrigada. Eu estou bem assim?
 
MÃE: Você sempre está bem, é a moça mais linda que eu já vi. (duas riem e saem abraçadas).
 
- Música para saída de ambas e retorno das demais -
 
NARRADOR: O momento tão esperado chegou, é noite, estão chegando todas as outras pretendentes, vejam! Cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Entre elas está uma pretendente com o vaso vazio, que corajosa. O príncipe está analisando uma por uma das flores nascida.
 
- O príncipe admira cada flor Maria Cecília é a última -
 
PRÍNCIPE: Estou, admirado, com tanta beleza, nunca havia presenciado tão bela cena.
 
PRÍNCIPE: Finalmente, encontrei aquela que venceu o desafio, a qual terei a honra de te-la como esposa, esta bela e doce jovem é a escolhida.
 
TODAS: O que!!!
 
1ª MOÇA, Jaqueline: Isto não é justo, a semente que ela plantou, nem chegou a nascer.
 
2ª MOÇA, Andréia: Você tem toda razão, nós tivemos um trabalho imenso no cultivo desta semente, e agora chega alguém com um vaso vazio e é a vencedora.
 
3ª MOÇA, Géssica: Eu concordo plenamente amigas.
 
NARRADOR: As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.
 
4ª MOÇA, Indiamara: Vossa alteza nos deve uma explicação, acha fácil? Nós ficamos 6 meses paparicando nossa semente, investimos nela, consultamos os maiores cultivadores de flores, agora chega uma senhoritazinha, com um vazo vazio, deve ser uma preguiçosa que não teve coragem nem de molhar a terra, é isto mesmo, é porisso que a semente não nasceu. E agora tens de escolher esta senhoritazinha. Desculpe-me a audácia mas a alteza, me deve uma explicação. Pode nos explicar o que levou a Vossa Alteza a tomar esta atitude?
 
PRÍNCIPE: Posso sim Senhorita, esta foi a única moça que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar minha esposa, uma honrada imperatriz da China.
 
Todas: Porque?
 
PRÍNCIPE: Porque esta é a flor da honestidade. (segura o vazo vazio) Pois todas as sementes que entreguei a vocês eram estéreis. Jamais elas iriam nascer. Este foi apenas um teste da honestidade.
 
- O Príncipe sorri e coloca a mão no ombro de Maria Cecília. As pretendentes abaixam a cabeça e saem envergonhadas -
 
MARIA CECÍLIA: Meu príncipe, eu aprendi algo interessante, que: Se para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca. Você será um vencedor.
 
PRÍNCIPE: Você venceu! (estende o braço ela entrelaça ao do príncipe e sai).
PEÇA 3

ANUNCIA-ME

Personagens:

::Jesus
::Carlos
::
Beto
::Carla
::Joel

- Entram os jovens e se sentam distribuídos no palco, depois entra Jesus e caminha no meio deles.-
JESUS: Jovens eu vos amo, porque ouves a minhas voz e continuas acomodados? Tens cruzados os braços e finge que nada esta acontecendo. Ao teu redor há milhares de pessoas que precisam de paz e salvação. Nas ruas desta cidade crianças morrem por falta de pão e abrigo, nas drogas homens e mulheres marginalizados perdem a vida, na prostituição e homossexualismo muitos jovens já perderam o amor pela vida.
Minha messe é realmente grande e poucos são os operários. Preciso que vocês se disponham, espero que digas: Eis-me aqui Senhor, envia-me a mim. Sou o Senhor da ceara e tenho constantemente perguntado a quem enviarei e quem há de ir por nós?

Posso contar com você Carlos?
CARLOS: (se levanta) Senhor, tu sabes que eu te amo e eu gostaria de atender o teu chamado, mas vou me casar ainda este ano e são tantos os preparativos. Também o meu noivo está trabalhando muito e anda um pouco exausto, tenho que lhe dar mais atenção. Prometo que quando me casar terei tempo para o trabalho na tua ceara. Mas agora, Senhor... eu sinto muito, mas não conte comigo. (Sai triste).
JESUS: Preciso enviar você, minha obra está sofrendo, as almas estão morrendo e constantemente choro pois paguei preço de sangue por essa cidade.

Posso contar com você Beto?
BETO: (se levanta) Senhor eu já estou cansado de reuniões, reuniões e reuniões. É tedioso demais. Sou homem de negócios, ando a mil por hora e não me sobra tempo para ir a igreja. Estou cansado e ocupado com reuniões la na  empresas e não tenho tempo. Então não posso atender o teu chamado. Eu sinto muito, mas no momento não dá. (sai triste).
JESUS: Jovens, eu já lhes capacitei. Vocês tens todas as armas para vencer Satanás, então  porque não usam o que coloquei em sua mãos?
E com você Lúcia, posso contar?

LÚCIA: (se levanta) Senhor, sei que estás me chamando, já ouvi a tua voz várias vezes falando que tens uma obra a realizar em minha vida. Mas Senhor, ainda sou jovem demais, tenho vários amigos e não posso deixar todos. Não agora. Tenho que curtir a vida, aproveitar a minha juventude, quem sabe, quando for mais velha eu mude de idéia. Mas agora Senhor, sinto muito, muito mesmo, mas... não posso. (Sai triste). 

JESUS: O tempo está passando, a hora está chegando e nada tens feito. Vocês declaram: Esta cidade é do Senhor Jesus! e o que tens feito em prol da salvação de seus habitantes. Jovens, o que vocês tem em suas mãos para apresentar-me? Qual a desculpa que vocês me dirão?

Será que com você será diferente Carla?

CARLA: (se levanta) Senhor amado, eu te amo, mas ainda estou estudando e preciso ter um diploma. Quero ser alguém na vida e gasto todo o meu tempo com os estudos. Já estou falando vários idiomas, isto é maravilhoso, está valendo a pena os meus esforços. Mas Senhor, eu prometo que quando for diplomado terei tempo para atender o teu chamado, mas agora eu sinto muito, mas não dá. (Sai triste).
JESUS: Jovens, a quem enviarei? Quem irá anunciar o eu evangelho pelas ruas dessa cidade se não posso contar com vocês?
Jovens, eu vos escolhi porque sois fortes e já vencestes o maligno.

Será que posso contar com você Joel?

JOEL: (se levanta) Senhor, Senhor amado. Também sou complicado, não sei muita coisa, meu tempo também é pouco. Mas como posso eu te dizer não, se tenho recebido tanto e quase nada tenho te dado em troca?
Senhor, eis-me aqui, onde quer que me enviares irei. Seja nas prisões, hospitais ou favelas. Quero ver vidas jovens como eu tendo um doce encontro contigo. Encontro essa que muda e transforma os corações. Sim Senhor, eis-me aqui. Contanto que seja tu que ajas em mim, pode contar comigo.
 
JESUS: Aí está o que eu procurava. Muito filho, sei quem és, sei que és tão ocupado quanto os outros. Sei que és jovens e gostas de se divertir, de viver alegremente e isto é bom, sei também das suas limitações. Mas precisava apenas do seu sim, recebe meu Espírito e vai, eu te direi o que fazer, o que falar e te farei feliz.

-Jesus aponta uma direção-

Vai falar por mim anuncia-me!
- e Joel sai alegremente.-
- Canta-se um canto de envio. -











PEÇA 4
A GRUTA
Personagens:

::O jardineiro
::Soldado 1
::Soldado 2
::Maria Madalena
::Maria
::Anjo
::Jesus 

ATO 1

Cenário - Uma gruta fechada, local onde foi sepultado Jesus Cristo.
Construir a gruta em papel pedra e conseguir folhagens para produzir o cenário.

(NARRADOR) (com as cortinas fechadas) - Ouve-se o choro em Israel, os discípulos e seguidores de Jesus Cristo de Nazaré lamentam a morte de seu líder. Dias antes, Jesus havia sido preso pelos judeus, foi julgado e condenado a morte pelo próprio povo.
Na cruz, executado entre dois ladrões, morria o Rei dos reis. Seu corpo sem vida foi colocado em uma gruta, uma caverna feita nas rochas, e muitos acreditavam que seria o fim de Jesus, o fim daquele que havia dito que era a Luz do mundo... o fim do Salvador da Humanidade.
Mas aquela gruta não significaria o fim, MAS SIM O COMEÇO. Aquela gruta seria testemunha do maior fato que ocorreu na história da humanidade. Fato que mudaria o destino de todos que um dia acreditassem que A MORTE NÃO PODERIA DETER A VIDA. A VIDA QUE É JESUS CRISTO. Vamos conhecer esta gruta.

(Abrir as cortinas)

(Dois soldados romanos estão sentados junto a pedra de entrada da gruta, o jardineiro aproxima-se dos soldados demonstrando extrema curiosidade)

(JARDINEIRO) – Porque vocês estão protegendo esta gruta?

Os soldados desprezam a pergunta do jardineiro, e continuam conversando entre si.

(JARDINEIRO) – Porque vocês estão guardando esta gruta?

(SOLDADO 1) -- Porque você quer saber?

(JARDINEIRO) – Sou o jardineiro deste lugar... é apenas curiosidade.

(SOLDADO 2) – Estamos guardando um túmulo. No interior desta gruta existe o corpo de um homem.

(JARDINEIRO) – Porque dois soldados precisam proteger um defunto. Para ele não fugir (Risos)

(SOLDADO 1) – Engraçadinho! No interior desta gruta está o corpo de Jesus de Nazaré. Aquele que foi crucificado após o julgamento de Pilatos.

(JARDINEIRO) – Esse Jesus deveria ser muito perigoso. Foi crucificado e agora soldados guarda o seu corpo... Ele era bandido?

(SOLDADO 2) – Ele não era bandido.

(JARDINEIRO) – Então deveria ser um assassino?

(SOLDADO 1) – Não era assassino!

(JARDINEIRO) – Não era bandido, não era assassino... então porque foi condenado e crucificado?

(SOLDADO 2) – Ele foi condenado por questões religiosas. Ele se dizia ser o messias dos judeus.

(JARDINEIRO) – O messias!? Mas ele era realmente o Salvador dos judeus?

(SOLDADO 1 ) - Acredito que não. Esse tal messias deveria ser alguém poderoso. Não alguém que morreria em uma cruz e acabaria em uma gruta.

(JARDINEIRO) – Mas o que ele fez para se intitular o messias?

(SOLDADO 2) – O povo diz que este tal de Jesus realizava milagres, muitos milagres...

(JARDINEIRO) – Que tipo de milagre?

(SOLDADO 2) – Não sei.

(SOLDADO 1) – Eu ouvi dizer que ele curou o servo de um centurião romano...

(JARDINEIRO) – Curou como?

(SOLDADO 1) – Dizem que o servo de confiança do oficial centurião estava muito doente, passava o dia inteiro aguardando a morte. Daí o centurião foi até Jesus, que nem mesmo precisou visitar o homem para cura-lo, fez o milagre a distância.

(JARDINEIRO) – Incrível?!

(SOLDADO 2) – Mas do que adiantou, ele salvou e curou muita gente mas acabou aí na gruta, morto...

Todos concordam.

(JARDINEIRO) – Mas porque vocês precisam guardar o sepulcro?

(SOLDADO 1 ) – Os judeus temem que os seguidores de Jesus roubem seu corpo. Agora deixe de ser curioso e vá cuidar de seus jardins.

O jardineiro se afasta e se senta na outra extremidade do palco. Como se estivesse pensando, ele fala sozinho:

(JARDINEIRO) – Gostaria de saber mais sobre este Jesus. Como um homem que realizava milagres em nome de Deus poderia ter este tipo de morte. Quem seriam seus seguidores? Eu senti algo esquisito quando me aproximei daquele sepulcro. Algo que me incomodou. Quem foi realmente aquele Jesus?!

ATO 2

Com as cortinas fechadas, fora do palco, o jardineiro trabalha nos galhos de uma árvore quando é interrompido por duas mulheres.

(MARIA MADALENA) – Bom dia!

(JARDINEIRO) – Bom dia!

(MARIA MADALENA) – O senhor trabalha aqui?

(JARDINEIRO) -- Sou o jardineiro do parque.

(MARIA MADALENA) – Onde ficam os sepulcros?
(JARDINEIRO) – Em toda a área sul do parque. As senhoras estão procurando algum sepulcro específico?

(MARIA) – Sim. Queremos encontrar o sepulcro de Jesus Cristo de Nazaré.

(JARDINEIRO) – O sepulcro dos guardas romanos.

(MARIA MADALENA) – Por que guardas?

(JARDINEIRO) – Existem guardas protegendo o sepulcro dos seguidores deste Jesus. Vocês são seguidoras?

(MARIA MADALENA) – Somos. Onde fica o sepulcro?

(JARDINEIRO) – Os guardas não deverão permitir que vocês se aproximem.

(MARIA) – Mesmo assim gostaríamos de tentar. Onde fica o sepulcro?

(JARDINEIRO) – Fica naquela direção... Mas antes que vocês fossem... eu poderia fazer uma pergunta?

(MARIA MADALENA) – Que pergunta?

(JARDINEIRO) – Quem foi este Jesus?

(MARIA) – Ele era o Filho de Deus... nosso Amado e Poderoso Senhor.

(JARDINEIRO) – É verdade que ele realizou muitos milagres?

(MARIA MADALENA) – Sim... Muitos milagres maravilhosos de Deus... Cegos voltaram a enxergar, mudos a falar, leprosos foram limpos, mortos ressuscitados.

(JARDINEIRO) – Mortos voltaram a viver.

(MARIA) – Exatamente! Você nunca ouviu dizer de Lázaro, que depois de três dias morto foi ressuscitado por Jesus, ou do filho único da viúva de Naim e a filha de Jairo que também foram ressuscitados por ele?

(JARDINEIRO) – Nunca ouvi dizer! Isso é incrível!

(MARIA MADALENA) – Jesus realizou muitas maravilhas. Ele era realmente o Filho de Deus.

(JARDINEIRO) – Mas se ele ressuscitou tantas pessoas, significa que tinha poder sobre a morte. Como alguém que tem poder sobre a morte pode estar preso naquele sepulcro?

(MARIA) – Não sabemos responder essa pergunta. Mas me recordo de algumas palavras de Jesus: Ele disse: Eu sou a ressurreição e a vida, aquele que crê em mim, ainda que esteja morto viverá, e aquele que acredita em mim, nunca morrerá.

As mulheres saem de cena.


(JARDINEIRO) – Como alguém pode ter autoridade sobre a morte? Apenas verdadeiramente o Filho de Deus teria poder sobre a morte.

(JARDINEIRO) – Eu gostaria de conhecer o Filho de Deus. Gostaria de conhecer aquele que pudesse me dar paz verdadeira e alegria duradoura. Meus únicos amigos são a natureza, as plantas, as flores do jardim. Eu gostaria de ter conhecido este Jesus, conversado com ele. Mas agora ele está morto...


ATO 3

Abrem-se novamente as cortinas e surgem os dois guardas sentados na porta da gruta.
Subitamente o chão começa tremer como se ocorresse um terremoto.
Um anjo do Senhor começa a mover a pedra colocada como porta na gruta.

(SOLDADO 1) – O que esta acontecendo?

(SOLDADO 2) -- É um terremoto.

(SOLDADO 2) -- Não!! Olhe! Aquele ser, com aspecto de anjo está abrindo a porta.

(SOLDADO 1) -- Vamos fugir daqui, antes que algo nos aconteça.

Os soldados correm desesperados.
O anjo abre totalmente a gruta, e uma forte luz brilha de seu interior.

Maria Madalena e Maria chegam ao local da gruta e a encontram aberta, o anjo estava ao lado da porta.

(ANJO) -- Não tenhais medo; pois eu sei quem que buscai a Jesus, que foi crucificado. Ele não esta aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.

As mulheres aproximaram-se da gruta e olharam para seu interior.

(ANJO) -- Ide, pois imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos. E is que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali vereis.

As mulheres se afastam da gruta, Jesus se aproxima de Maria Madalena por detrás.

(JESUS) – Mulher! Por que choras? Quem buscai?

(MARIA MADALENA) – Eu procuro Jesus Cristo. O senhor sabe onde ele esta?

Jesus descobre o rosto.

(JESUS) -- Maria!

(MARIA MADALENA) – Mestre... É o Senhor? Jesus!!!

(JESUS) -- Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai e vosso Pai. Meu Deus e vosso Deus.

ATO 4

Fecham-se as cortinas.,

O jardineiro esta sentado e encontra as mulheres que passam rapidamente.

(JARDINEIRO) – Por que vocês estão correndo? O que aconteceu?

(MARIA) -- Jesus ressuscitou!!!

(JARDINEIRO) – O que?!

(MARIA MADALENA) – A morte não pôde deter nosso Salvador! A gruta estava vazia... Jesus ressuscitou!

(JARDINEIRO) – Como!? Ressuscitou?! E os soldados romanos?

(MARIA MADALENA) – Jesus está vivo!! Ele é realmente o filho de Deus!!
(JARDINEIRO) – Onde ele está?

(MARIA MADALENA) – Na gruta... Nosso Mestre está vivo... A morte não pode segurar o Filho de Deus...

As mulheres se afastam

(JARDINEIRO) – Eu vou até a gruta. Preciso descobrir o que aconteceu. Preciso encontrar Jesus...

O jardineiro sobe para o palco e as cortinas se abrem. A gruta está vazia e aberta. O anjo não está mais no local.
O jardineiro se aproxima e curioso verifica o sepulcro vazio.

(JARDINEIRO) – A gruta está realmente aberta e vazia... Os soldados romanos desapareceram... Onde está o corpo de Jesus?

Jesus aparece e se aproxima do jardineiro. O jardineira observa a chegada de Jesus e pergunta:

(JARDINEIRO) – Hei você... Também é seguidor de Jesus?

Jesus não responde e apenas se aproxima do jardineiro.

(JARDINEIRO) –Quem é você?

(JESUS) – Eu sou a ressurreição e a vida.

(JARDINEIRO) – Você é Jesus? Eu posso sentir, você é Jesus! Aquele que foi crucificado, morreu e estava na gruta?

(JESUS) – Sim, eu sou Jesus.

O jardineiro se ajoelha, levanta ambas as mãos e declara:

(JARDINEIRO) – Eu glorifico a Deus, porque os meus olhos podem contemplar o Filho de Deus, o Messias, Nosso Salvador. Glórias a Deus... Jesus venceu a morte... Jesus ressuscitou!!! A gruta estava vazia, Jesus ressuscitou!!!












PEÇA 5

A PONTE

Personagens:

::PEDRO
::DOUGLAS

ATO ÚNICO

 Cenário: Uma ponte.
(Em cena Douglas. Próximo dele há uma pedra com uma corda amarrada. Ele está terminando de amarrar a corda da pedra no seu tornozelo – preparando-se para cometer suicídio. Pronto o nó, Douglas avança na direção da platéia, como se ali fosse o término da ponte. Douglas pára. Demonstra estar observando o rio correndo lá em baixo. Finge pegar uma pedra invisível no chão e lança-la para o rio. Faz mímica de acompanhar todo o trajeto da pedra).
Douglas: Será que a água está gelada?

 (Entra em cena Pedro. Ele traz consigo uma vara de pescar. Faz que arremessa um pouco de ração. Nenhum personagem percebe a presença um do outro).
(Douglas faz mímica de passar o para-peito da ponte. Com todo cuidado segura sua pedra. Ele fecha os olhos como que para tomar coragem de se lançar ao rio).
(Pedro, do outro lado da ponte, tenta observar se há sinal de algum peixe. Desapontado, apanha seu material de pesca voltando-se para o outro lado da ponte [platéia]).
 Pedro: (Percebendo a presença de Douglas) Opa! Talvez deste lado tenha mais peixe. (Aproximando-se de Douglas) Hei, meu amigo! Posso te fazer companhia?

Douglas: (Resmungando) Ah, meu Deus! Será que nem na hora da morte dá para se ter sossego.

Pedro: (Mais interessado pelo rio, não percebe o intento de Douglas) Muito peixe? (Ainda fitando o rio, faz que lança mais um bocado de ração) Ouvi dizer que aqui dá cada tilápia!

Douglas: (Exaltado) Não enche!

Pedro: (Observando melhor Douglas) Hum! Seu estilo me é estranho! Eu não conhecia esta modalidade de pesca!

Douglas: Me deixe só! Não vê que estou querendo me suicidar?

Pedro: (Indiferente) Ah, bom! Eu atrapalho se eu ficar aqui?

Douglas: Atrapalha!

Pedro: Quero pegar uma tilápia... (Olhando para o rio) e para o almoço ainda. Sabe, eu prometi para minha esposa!

Douglas: Vá pra lá! Com você aqui eu não consigo me concentrar.

Pedro: (Apanhando suas coisas) Tudo bem! (Faz que vai embora, mas acaba voltando) Posso fazer uma pergunta?

Douglas: Não!
Pedro: Por que você quer fazer isso?

Douglas: Não quero conversa!
(Douglas fecha os olhos. Prepara-se para se lançar ao rio. Pedro apenas observa).

Douglas: (Percebendo que está sendo observado) O que foi? Será que vou ter que procurar um   viaduto?
Pedro: Estive pensando...

Douglas: Guarde pra você. Para o lugar onde estou indo tua opinião não adianta nada.

Pedro: (Ignorando a fala de Douglas) O que leva uma pessoa a partir para a eternidade desta forma?

Douglas: Que eternidade, o que!

Pedro: Vida após a morte.

Douglas: Mais asneiras. (Apronta-se para o salto) Sabe de uma coisa? Eu vou pular. Já perdi muito tempo. Não se aproxime!

Pedro: E se você estiver errado?

Douglas: Vou morrer. Vou descansar em paz.

Pedro: Será que você não está indo porque alguém está te chamando?

Douglas: Você está me confundindo.

Pedro: Inferno...

Douglas: O inferno é aqui mesmo.

(Pedro se prepara para lançar o anzol. Mesmo em meio a conversa, Pedro prossegue sua pescaria).

Pedro: A Bíblia não ensina isso!

Douglas: E por que tanto sofrimento se aqui não é o inferno?

Pedro: A Bíblia nunca prometeu um mar de rosas - “No mundo tereis aflições”. Mas existem armas para sairmos ilesos dessas aflições.

Douglas: Falar é fácil! Você tem uma vida tranqüila. Tem até disposição para vir pescar a esta hora do dia. Com este sol de rachar. Eu não passo de um zé-dos-anzóis. Minha esposa me abandonou. Meus filhos não querem mais saber de mim. Estou desempregado. E para piorar, os cobradores não param de bater à minha porta. Você acha que existe solução para mim? (Prepara-se para o salto) Existe sim, a morte!
(Pedro tenta se aproximar um pouco mais).
 
Douglas: Não se aproxime! Eu pulo.
Pedro: Eu tenho a solução para você. Acalme-se! Nem todos te abandonaram. O Senhor diz: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti.”

Douglas: Mas eu me sinto abandonado.
Pedro: Você é especial!
Douglas: Minha esposa, meus filhos e meus cobradores não pensam assim.
Pedro: Você só é especial porque você é você mesmo. Imaginou? Ninguém pode ouvir os teus pensamentos. Mesmo quando sentiu raiva de alguém, inveja de outra, ou, até mesmo, apaixonou-se por outra.
Douglas: Hum!
Pedro: Só os seus olhos viram tudo o que você viu. Só os seus ouvidos ouviram tudo o que você ouviu. Todos os teus segredos ficaram guardados com você. Isso tudo não dá um sentimento de solidão?
Douglas: (Estourando) Viu? Você tenta me consolar deste jeito. Agora tenho certeza que estou isolado no mundo.
Pedro: Deixe-me concluir. Tudo o que eu disse é apenas meia verdade. Alguém soube os teus pensamentos.
Douglas: Ih! Você está querendo ganhar tempo me confundindo?
Pedro: Ele viu o que você viu. Ouviu cada cochicho captado pelos teus ouvidos. Os teus segredos mais secretos não são tão invioláveis assim! Ele sofreu quando você sofreu... (Douglas demonstra começar a se comover) E sofreu mais ainda quando você insistiu em não lhe entregar sua mão no momento que só ele poderia te ajudar. Tenho certeza que neste momento, assim como na morte do amigo Lázaro, Jesus chora por você.
 (Douglas baixa a cabeça demonstrando estar chorando).
Pedro: Ele te fez especial, por isso você é especial para ele. Você é único.

Douglas: Acho que eu não sou mais tão especial para Ele. Eu não passo de um miserável pecador.

Pedro: Não importa qual, muito menos quantos pecados você cometeu. Ele já te perdoou quando morreu lá na cruz.

Douglas: Será que eu não sou um caso perdido?

Pedro: A Bíblia diz: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem em seu nome.” Para um pai o filho jamais é um caso perdido.

Douglas: Mas será que Ele me aceita como filho?

Pedro: Claro que sim! Jesus diz: “Eis que estou a porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Jesus hoje está batendo a porta de seu coração.
 (Douglas desamarra a corda que o prendia a pedra. Pula o para-peito da ponte).

Douglas: O que eu faço agora?
Pedro: Abra a porta do teu coração. Deixe Jesus entrar. Ele quer te dar uma nova vida.
(Douglas se ajoelha).

Douglas: Eu o aceito.
Pedro: Agora eu quero fazer uma oração por você. (Colocando a mão sobre seu ombro) Pai celestial, sei que os céus estão em festa. Aquele que tu sempre amou, e que se perdeu, hoje foi encontrado. Troca a vida dele de angustias, desilusões, pela vida abundante e cheia de alegria que só Tu tem para lhe dar. Escreve o nome dele no Livro da Vida. Amém!

(Se abraçam)

Douglas: Você tem outra vara de pescar?

Os dois se olham, sorriem e saem.




















PEÇA 6

ÁGUA DA VIDA
Personagens:
::Demo: Figura do mal, caracterizado na região (roupas do sertão e uma capa preta)
::Salvador: simbologia do Senhor Jesus
::Ispedita: Mulher simples, ingênua e muito trabalhadora; vive no sertão Nordestino
A história
Ispedita trabalha de sol á sol lavando roupa na beira de uma riacho a uns 10 km de sua casa de tapera, para sustentar sua avó, seu pai, mãe (já idosos), 7 irmãos pequenos e três sobrinhos que ficaram órfãos devido à fome da seca. Seu sonho é que chova bastante para encher o rio onde ela lava roupa, pois este já está secando, restando apenas um fiasco de água barrenta. Mas uma dia aconteceu algo extraordinário com ela...

Cena 01

Ispedita entra em cena com um cesto de roupa suja na cabeça.
Ispedita: êta que vida boa de miorá! Ô sacrifíciu sem fim! – “Lava a roupa todo dia, que agunia! Pra levá cumê pra casa, que alegria!” – Era bom se tivesse a água pra lavá a rôpa...
(despeja a roupa na beirada do rio, tenta molhar a roupa com a água barrenta do rio).
Êta que as pessoa tem qui sê igual aquele moço bunito da tv, como é mermo o nome dele? Acho qui é... Supera hôme! Isso mermo!
Neste momento o Demo avista Ispedita na beira do rio e segue em direção dela.
Demo: Oba! Hoje vô inganá mai um trôxa! (risos). Mai vixe! Ia esquecendo de usa meus efeito especiá! Peraí qui eu vô ajeita! (e num estalar de dedos coloca uma música sinistra e muda a iluminação). Assim ta mió! (e vai falar com Ispedita). E aí muié? Como vai essa vidinha mizeráve?
Ispedita toma um susto: Êta bixo! De onde foi qui tu apariceu?
Demo: muié, tu num tem medo de mim não?
Ispedita: Eu, hein! Ocê só tem feúra!
Demo: (fica apreensivo, mas continua a conversar) To arreparando qui num tem muita água nesse riacho; como é qui tu vai fazer pra moiá essa rôpa todinha?
Ispedita: Oxente, mai qui cabra mitido! Num é da tua conta, vá simbora, toma teu rumo qui eu to cum muito trabaio!
Demo se enche de ira, mas se contém: Se ocê quiser eu tenho uma proposta... Eu puderia inté encher esse riacho todinho, mai como tu qué qui eu vá simbora... (fica todo faceiro esperando uma reação de Ispedita).
Ispedita se espanta: E é? E pro mode, como tu ia encher esse riacho todinho? Tu num é DEUS pra tê esse puder!
Demo: (se irrita) Êpa! Num pronuncia esse nome perto de mim! Tá pensando o que? (se acalma pra enganar Ispedita) Isso é segredo meu! Mai só digo que eu posso sim encher esse riachindo de nada pra ocê. (se achega á Ispedita colocando o braço em seu ombro). Mai ocê num queria não vê esse riachinho cheinho d’água, esborrotando, matando peixe afogado?
Ispedita: É... Esse era um dos meu maior sonho! Iria muda muito minha vida... Meu trabaio iria ser mai fárcil e puderia trazer mai dinheiro pra mode ajuda minha família... cum o riacho sequinho num dá pra trabaiá.
Demo: E intão! Mai im troca, ocê teria qui assinar um contrato (e tira de dentro da calça um rolo de papel e o desenrola pra Ispedita poder assinar).
Ispedita: Vixe, só tem um pobrema – num sei assina não sinhô, nem nome nem sobnome...
Demo: ah, isso num é pobrema não... (e tira uma almofada de dentro das calças). Ocê bota seu dedão, eu já sei qui é tu merma e tu também sabe qui tu é tu e qui eu sou eu.
Ispedita meio receosa: É... Pro mode de num ter outro jeito...
Demo pensativo: Êta! A arlma dessa trôxa vai sê é minha!!!
CENA 02
(E Ispedita já ia colocando o dedão no contrato do Demo quando aparece uma figura de branco).
Salvador: Ispedita não precisa você colocar seu dedo no contrato do Demo!
Ispedita: Vixe! Hoje eu to chêa de prertígio! Duas aparição num dia só! Mai quem é ocê tão bunito, cum brilho tão suave?
Salvador: mais Ispedita você já esqueceu de mim, filha minha? Eu sou aquele que te salvou! Morri na cruz pra expiar seus pecados! você não se lembra? E eu vim te salvar de novo, das garras desse enganador, do demo!
Ispedita: (espantada e ao mesmo tempo com vergonha de tê-lo esquecido) Mai Meu Jisus Cristin, poi num é o Sinhó meu Sarvador mermo, aqui na minha frente! (olha para o Demo) Mai agora qui eu tô arreparando qui ocê é o Demo mermo! Bem qui dizem qui é bixo fêoso! E ocê me inganou mermo seu disconjurado!
Demo: (não conseguia encarar o Salvador e permanecia sempre evitando ficar á sua frente) Mai eu num inganei ocê não!!!! Ocê num queria o riachinho cheinho d’agua pra acabar cum seu sofrimento? Ia dá o q ocê quiria...
Ispedita: mai seu enganador dos araque! Ocê tava se aproveitando do meu sofrimento pra mim engana?
Salvador: ispedita minha filha, o teu sofrimento não era em vão. É no sofrer que se conhece os que são justos, os que permanecem firmes na palavra. Você trabalhou duro de sol a sol na beira do riacho que só tinha lama, e você já se perguntou por que você ainda conseguia lavar toda a roupa?
Ispedita: (espantada) não... mai foi o Sinhô?
Salvador: Isso mesmo! Tu perseveraste e eu te abençoei. Tua alma não esmoreceu um minuto, trabalhando para você e para sua família! E eu tive misericórdia da sua vida, enquanto tu ainda tiveste esperança dela melhorar pela graça do Senhor; nunca faltou trabalho, nem alimento na tua casa, apesar de ser de pouca quantidade, que te pôs de pé para trabalhar duro, “mais não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que vem de Deus”. E pra mim tu já tinha ganhado teu recompensa, presente que ia receber no paraíso. E como diz as escrituras antigas: “Bem-aventurados aqueles que lavam suas vestiduras no sangue do cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida”(AP 22:14). E você acabou esquecendo de mim e de minhas promessas Ispedita, fazendo contrato com o demo?
Ispedita entristece: Mai e num foi... Mai foi causa desse Demo qui veio me atanazar!
Salvador: Mais esse é o trabalho dele – atanazar e enganar meus filhos, os justos – e os justos permanecerão fortes, acreditando nas minhas promessas, pois sempre estarei com vocês, não importa a dificuldade! Você ainda quer fazer contrato com o demo? “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma? (Mt 16:26)” . Um tanto de água?
Ispedita: craro qui não meu Sarvador! Eu já lhe tinha entregado minha vida pro mode o sinhô abençoá! Sô eu tua serva quirida! Não quero ficar longe do Senhor!
Salvador: Então que o Demo volte pras trevas onde é o lugar dele!
Ispedita pensa: êta, quero só vê o Demo sair dessa agora!
E o salvador expulsa o Demo que voltou para as trevas (efeito musical); ispedita agora se encontra sozinha na beira do riacho.
Ispedita: É hoje o dia foi muito do agitado! Nun lavei a roupa, quase vendi minha arlma pro demo, vi meu Sinhó Sarvador (suspiros), num sei mai o qui pode acuntecê!...
E começa a relampejar e cai uma chuva forte!!!
Mensagem final.
(fundo musical)














PEÇA 7
De que lado você está?
Personagens:
::Apresentador
::Platéia
::1º QUADRO (preto)
::2º QUADRO (preto
::3º QUADRO (branco)
::4º QUADRO (branco)
::Preto/Branco.
CENÁRIO : Em cena estão quatro molduras. Atrás das quatro molduras estão em ordem: 1º QUADRO, 2º QUADRO, 3º QUADRO e 4º QUADRO. 
VESTUÁRIO : Os atores brancos vestem-se predominantemente de branco e os atores pretos predominantemente de preto. O ator Preto/Branco veste-se de cores pretas e brancas. O APRESENTADOR usa roupa normal, bem como o ator PLATËIA.  
ILUMINAÇÃO : Direcionada para cada moldura existe uma luz. Para as molduras com Brancos a luz é azul e para as molduras Pretas a luz é vermelha. Estas luzes podem estar: APAGADAS, FRACAS OU FORTES. Direcionada para o meio existe uma luz azul forte.  
SONORIZAÇÃO : Apenas parte da música "Palácios", do Rebanhão é tocada.
INÍCIO
CENÁRIO: As quatro molduras estão no palco, duas de um lado e duas do outro.  
ILUMINAÇÃO: Nas quatro molduras a luz é FRACA.  
O APRESENTADOR entra em cena, vai ao meio do palco e diz:  
APRESENTADOR: Senhoras e Senhores, boa noite. Vocês estão convidados a assistir uma peça que nos mostrará diversas pessoas "emolduradas", ou seja, passearemos por uma galeria de arte onde cada quadro representa uma pessoa, com seus sentimentos, certezas e pensamentos. Afinal, cada um faz de sua vida o que quer, segue seus próprios rumos, como cada um de nós.  
APRESENTADOR sai de cena. Instante de silêncio. O PLATÉIA, que está sentado no meio do público, diz em voz alta:  
PLATÉIA: Até parece que cada um sabe o que quer!  
ALGUÉM: SHHH!
 
PLATÉIA fica quieto um tempo, mas depois diz:  
PLATÉIA: Sinto muito, mas não dá pra ficar calado. Nem todos sabem o que querem da vida!  
Levanta-se e sai andando e falando:  
PLATÉIA: Estive pensando: De onde vim? Para onde vou? Quem eu sou? O Que sou? Quem me criou? ... Alguém me criou? Ah! Que confusão!
PLATÉIA chega ao palco.  
PLATÉIA: Nem mesmo sei quem sou. Será que sou o único confuso? Será que as outras pessoas sabem o que querem?  
Olha para o 1ºQUADRO e diz:  
PLATÉIA: Hei, psiu ... quem é você?  
A luz vermelha da moldura aumenta de intensidade.  
1º QUADRO: Pára com isso! A vida é curta demais pra se ficar parado pensando. Sem medo de ser feliz. Vá a luta pois, quem não chora não mama. A vida é um festa , é baile, é curtição. Destrua as Ondas e não as praias. Salve o Verde. Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa. O que passou, passou. Morô meu!  
Diminui a intensidade da luz vermelha.  
PLATÉIA: Maneiro. É talvez eu seja muito jovem pra ficar pensando nestas coisas. Devo curtir o Sol, a praia, e os amigos.  
Olhando agora para o 3ºQUADRO, pergunta:  
PLATÉIA: E AÍ quadrinho. Concorda com isso. O que você pensa? Fala aí. 
A luz azul da moldura aumenta.  
3º QUADRO: Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias e cheguem os dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento.  
A luz azul diminui de intensidade.  
PLATÉIA: Que quadro estranho. Fala pouco. Mas me diz muito. Não dá pra ficar curtindo só a praia. Alguém me criou. O criador. Quem é o Criador?  
A luz vermelha do 2ºQUADRO aumenta.  
2º QUADRO: NÃO ACREDITE NELE! É tudo mentira. Você foi criado das estrelas, é filho do universo. Veio de outro planeta. Saiu do Macaco. Você é Deus. Viveu muitas vezes antes. Acredite em mim.  
Diminui a luz vermelha.  
PLATÉIA: Que confusão! Agora realmente estou em dúvida.  
Olha para o último quadro.  
PLATÉIA: Só falto ouvir você. Pode falar.  
A Luz azul fica forte.  
4º QUADRO: Não se turbe o vosso coração, credes em Deus. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e tudo o mais, Ele o fará.  
A Luz azul enfraquece e a luz vermelha do 1ºQUADRO aumenta. 
1º QUADRO: Hei, não desperdice o seu fim de semana. Não entra nessa. Este quadro aí não está com nada.  
Enfraquece a luz vermelha. Aumenta a luz vermelha do 2ºQUADRO.  
2º QUADRO: Tudo é uma questão de evolução. Você precisa viver outras vidas.  
Troca de novo: luz vermelha do 2ºQUADRO enfraquece, luz vermelha do 1ºQUADRO aumenta.  
1º QUADRO: Se eu fosse você tentaria relaxar. Experimente fazer Yoga, meditação.  
PLATÉIA acompanha a discussão meio perdido.  
Luz vermelha do 1ºQUADRO enfraquece e aumenta luz vermelha do 2ºQUADRO.  
2º QUADRO: Ufologia. Contatos extraterrenos podem te ajudar.  
Luz vermelha do 1ºQUADRO aumenta, mas a luz vermelha do 2ºQUADRO continua forte.  
1º QUADRO: Havaí, não há nada que um dia de surf não cure!  
A iluminação permanece como está  
2º QUADRO: Tarô, búzios, magia negra.  
1º QUADRO: Cervejinha,mulheres, cigarrinho. Uma Decisão inteligente. O Sucesso!  
2º QUADRO: Ocultismo, hipnose, poder da mente.  
1º QUADRO: Sexo, drogas e rock' in roll!  
Luzes vermelhas enfraquecem juntas, Luz AZUL do 3ºQUADRO fica forte.  
3º QUADRO: Você precisa de JESUS!  
Parada total por três segundos.  
3º QUADRO: Ele te ama e quer te ajudar.  
Luz azul do 4ºQUADRO forte.  
4º QUADRO: Sim, Ele se importa com você. Morreu para te salvar.  
PLATÉIA: Preciso de ajuda.  
luzes Vermelhas fortes, também.  
1º QUADRO: Vem pra cá!  
2º QUADRO: Não, Vem pra cá!  
PLATÉIA pára, abaixa cabeça confuso e diz:  
PLATÉIA: Preciso pensar.  
Todas as luzes fracas.  
PLATÉIA caminha triste.  
PLATÉIA: O que devo fazer? É tudo tão confuso. Onde está a verdade? Alguém precisa me ajudar. Será que Jesus pode me ajudar? Estou com medo.  
1º QUADRO: Que isto! Deixa de ser covarde! Fica aí falando que está com medo. Tem que ser Homem...  
PLATÉIA: Não é isso. Você não me entende. Não é este tipo de medo... 
4º QUADRO: Eu sei o que você quer dizer. A palavra de Deus diz: "Não temas porque Eu sou contigo, não te assombres porque sou teu Deus, Eu te ajudo e te guio e te sustento com a minha destra fiel".  
PLATÉIA: Deus novamente. Quem é Deus. Como achar Deus?  
2º QUADRO: Deus é você, cara! Vê se entende. Você pode saber tudo, é só usar o tarô. Pode fazer o que você quiser com a magia negra...  
PLATÉIA: Não! Isto é perigoso. Não vou me meter nisto. Afinal, tudo que quero fazer é o certo. Tudo que quero saber é a verdade.  
3º QUADRO: A Verdade é realmente importante, amigo. "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".  
4º QUADRO: E para achar a Verdade, precisa-se procurar por ela. "Buscar-me-eis e me achareis quando buscar de todo coração".  
1º QUADRO: Que verdade o quê ! Você faz a justiça, você faz a verd...  
PLATÉIA: FICA QUIETO, CARA. Preciso de um amigo para me ajudar a encontrar a verdade.  
1º QUADRO: Eu sou seu amigo. Amigo de todos. Amigo do mar, do céu, do bem, do mal...  
3º QUADRO: Amigo. Já lhe disse que Jesus te ama. Ele é o caminho, a verdade e a vida. Se você o achar, estará achando a verdade e o melhor amigo que alguém pode ter.  
PLATÉIA: Mas afinal, quem são vocês? Que diferença é esta que dá pra se notar, mas que é difícil de se explicar. São dois lados tão opostos. Em quem acreditar... 
O PRETO/BRANCO entra em cena, vai ao meio do palco e declama:  
PRETO/BRANCO:
Dois sentimentos profundos
dois mundos
dois corações
duas ofertas opostas
dois lados, duas ações
dois que conhecem o universo
duas mensagens também
duas pastagens
dois elos, porém paralelos
buscando alguém.
Qual tem sido a minha vida?
Uma oferece riquezas
outra riquezas e paz
uma alegria em momentos
outra tristezas jamais
um traz nos braços o abraço
e outra nas mãos um punhal
uma é a vida seguida de vida
outra um mundo infernal.
Qual é a minha vida?
Uma traz carinho
outra espinho
uma te chama e te espera
outra logo se exaspera
entre uma vida e outra
de que lado você está?
 
O trecho da música começa a ser tocada, aumentando de volume gradualmente e depois diminui:  
3º QUADRO: Não tema, porque Deus está aqui!  
PLATÉIA: O que devo fazer?  
4º QUADRO: Apenas mostrar que você O quer.  
PLATÉIA: E como faço isto?  
3º QUADRO: Fale com Ele. Eu já disse que Deus está aqui. Ele está em todo lugar. Deus pode te ouvir.  
PLATÉIA: E como saberei que Jesus está em mim?  
2º QUADRO: Você saberá. Algo vai mudar em sua vida, é só confiar.  
1º QUADRO: É, mas você vai ter que parar de ir à praia.  
2º QUADRO: Não vai poder mais ir ao cinema. Não vai ver televisão.  
4º QUADRO: Isso não é verdade. Ser cristão é saber o que é certo e ter liberdade, e coragem, para dizer não às coisas más, que podem nos enganar, trazidas por falsos amigos.  
3º QUADRO: Sim, é isto que a Palavra de Deus fala quando diz: Todas as coisas são lícitas, mas nem todas me convêm.  
PLATÉIA: Chega! Eu já me decidi. Eu quero uma vida com Jesus, eu já passei muito tempo me privando das minhas vontades para ser igual aos outros e não ter minha própria opinião. Quero ser diferente! Quero Jesus. Já me decidi e nada nem ninguém vai me impedir de voltar atrás.  
Tempinho de silêncio
PLATÉIA: Deus eu reconheço que sou pecador. Preciso de você. Jesus eu te entrego minha vida. 
Acende a luz azul geral.  
PLATËIA demonstra que algo mudou:  
PLATÉIA: O que é isto!? Sim mudou, há alegria, é Jesus. Está tudo muito claro, posso sentir o amor de Deus em mim.
 Música: A alegria
 Autor: Desconhecido















PEÇA 8
VIVER OU MORRER
personagens:
::Homem da cidade - bem vestido
::Camponês - roupas pobres
::Narrador.  
Narrador: Certa vez em uma estrada salpicada de barro seco e muitas pedras, dois homens de aspecto distintos se encontraram.
Um homem de aparência luxuosa, usava roupas elegantes e se mostrava superior e o outro que não trazia consigo nada de importante, a não ser suas mãos calejadas, trocaram por um estante um olhar.  
Homem: Posso saber com quem estou falando?
Camponês: Sou um camponês.
Homem: Então o senhor conhece esta terra e sabe como devo fazer para chegar à cidade mais próxima? Não estou lhe aborrecendo ao pedir essa informação não é?
Camponês: O senhor não me incomoda, afinal eu vivo nestas terras desde que eu nasci. Aqui cresci e me criei. Se lhe falo deste lugar, é porque além de ter nascido aqui, aqui também fica a minha casa.
Homem: Então o senhor vive aqui desde que nasceu? Não conhece nenhum grande centro, das grandes cidades?
Camponês: Sim, e eu perdi alguma coisa?
Homem: E como! O senhor por acaso, já participou de alguma festa ou algum grande conserto, onde há muita comida e pessoas elegantes desfilando para serem vistas?
Camponês: Não
Homem: Então o senhor não sabe o que é viver, e nunca chegará a ter um lugar nesta vida maravilhosa que eu vivo. (o camponês abaixa a cabeça).
Homem : O senhor já esteve numa mesa de cassino jogando com a sorte, junto com pessoas ricas, bebendo do mais fino uísque?
Camponês: Não
Homem: Então o senhor não sabe o que é viver, e nunca chegará a ter um lugar nesta vida maravilhosa que eu vivo.
 (O camponês simula uma saída, mas o homem fala de novo)
Homem : O senhor já esteve próximo a ganhar facilmente muito dinheiro, apostando em loterias e poder gastá-lo com coisas luxuosas e extravagantes.
Camponês: Não
Homem : Então o senhor não sabe o que é viver e nunca chegará a ter um lugar nesta vida maravilhosa que eu vivo.
(O camponês começa a andar, mas volta diz ao homem).
Camponês: O senhor chegará à cidade se seguir por está estrada, mas... porque procura novos lugares? O senhor não gosta da cidade onde morava e que considerava maravilhosa?
Homem: Bem, preciso mudar porque meu último negócio faliu.
Camponês: Como? O senhor tem a sorte de poder ter muitas alegrias, mas os seus negócios não prosperam? Ora, só mesmo Deus pode ajudá-lo.
Homem: Deus? Quem é este? Aquele de que contam maravilhas e milagres. Ora, esse “Deus” não existe. Nada mais do que pura imaginação.
Camponês: O quê? O senhor, apesar de todas as suas oportunidades, não crê que existe um Deus que fez todas as terras, pelas quais as pessoas se alimentam? Então o senhor não acredita que exista o Pai todo-poderoso que faz este vento se mover, as nuvens se formarem, as estrelas se formarem, as estrelas se surgirem e a cidade onde o senhor mora existirem?
Homem: Não
Camponês: Então o senhor não sabe o que é morrer, e nunca chegará a ter um cantinho se quer na vida maravilhosa que eu vou viver.
(Encerra com o camponês saindo e o homem em seguida) Pode haver comentários antes e depois do teatro.   
Autor: Desconhecido














PEÇA 9

DR. PEGA-PEGA

Personagens:

::Dr. Pega-pega
::Enfermeira
::Gripado
::Tic-Nervoso
::Sarnento
::Pregador 
Atuação:
Este drama é uma pantomima, portanto os atores devem exagerar nos gestos e nas expressões faciais, provocando o riso da platéia. Somente a enfermeira fala, os outros apenas usam a expressão corporal.
A caracterização do médico e da enfermeira pode valorizar a apresentação. O médico poderia usar um enorme estetoscópio e imensa palheta no bolso de um guarda-pó, e a enfermeira grandes óculos, caneta, etc.
Narração - Apresentação
Estão dizendo que vem vindo um médico ai que cura qualquer doença. Será que é verdade?
CENA 1
Enfermeira: (entra correndo e anuncia para a platéia como se anunciasse um número circense)
Eu sou a ajudante do melhor médico do mundo. O médico que resolve qualquer problema. O Dr. Pega-pega!
Dr. Pega-pega: (entra com muita pose, procurando examinar até a enfermeira)
Enfermeira: Que entre o Sr. Gripado!
Sr. Gripado: (entra espirrando e assoando escandalosamente sobre a enfermeira e sobre o médico, que se esquivam a todo custo)
Dr. Pega-pega: (aproxima-se e toca no Sr. Gripado para examiná-lo, então começa também a espirrar e assoar, escandalosamente)
Sr. Gripado: (vai embora insatisfeito ainda doente, e o Dr. Pega-pega fica espirrando incontrolavelmente)
Enfermeira: Desculpem! Desta vez não deu muito certo, mas agora o famoso Dr. Pega-pega vai sarar o próximo doente.
Sr. Tic-Nervoso, entre por favor.
CENA 2
Sr. Tic-Nervoso: (entra mal conseguindo olhar para frente, com um tic-nervoso no rosto, que fica a critério dos atores)
Dr. Pega-pega: (aproxima-se espirrando e assoando, para examinar o Sr. Tic-Nervoso, mas quando encosta no doente, fica também com o tic-nervoso, além de espirrar)
Sr. Tic-Nervoso: (vai embora insatisfeito, ainda doente)
Dr. Pega-pega:(fica espirrando e com tic-nervoso sem parar)
Enfermeira: Parece que desta vez ainda não funcionou bem. Porém, agora vocês vão ver, o Dr. Pega-pega, vai sarar o próximo doente. Sr. Sarnento, pode entrar.
CENA 3
Sr. Sarnento: (entra se coçando desesperadamente)
Dr. Pega-pega: (aproxima-se espirrando, e com tic-nervoso para examinar o Sr. Sarnento, mas quando encosta no doente, fica também se coçando, além de estar com o tic-nervoso e espirrar)
Sr. Sarnento: (vai embora insatisfeito, ainda doente)
Dr. Pega-pega: (fica espirrando, com tic-nervoso e coçando-se terrivelmente)
Enfermeira: Oh! Dr, Pega-pega, e agora? Veja como o Sr. está. Que faremos? Vou buscar ajuda...
CENA 4
(A enfermeira sai para buscar ajuda e o Dr. Pega-pega fica em terrível crise; espirrando, assoando-se, com o tic-nervoso e se coçando) (A enfermeira volta com o Pregador)

Pregador: (olha para o Dr. Pega-pega, como se analisasse o caso, abre a Bíblia e mostra; aponta para a Bíblia e para o céu, e sempre com mímica convida o Dr. Pega-pega e a Enfermeira para orar)
Dr. Pega-pega: (fica curado, olha para si mesmo e começa a se alegrar, abraça o Evangelista e começa a saltar feliz)
Enfermeira: (surpresa com o resultado, sai e vai buscar os doentes)
DOENTES: (vem, cada um com seu sintoma)
Evangelista: (olha para os doentes, abre a Bíblia e mostra; aponta para a Bíblia e para o céu, e sempre com mímica convida-os para orar)
DOENTES: (oram, e todos olham para si e uns para os outros e ficam alegres quando percebem que estão curados)
CENA 5  
(um dos integrantes dá um passo à frente e faz a aplicação)
         Às vezes tentamos ajudar alguém em seus problemas, contando apenas com nossas próprias forças, e além de não conseguirmos ajudar a pessoa, ficamos também contagiados com o problema alheio.
         Outras vezes temos alguém de nosso meio, como um amigo, com problemas e andando com ele corremos o risco de nos contaminarmos com os problemas dele.
         Isso acontece porque não somos tão fortes nem tão invencíveis quanto imaginamos. Além de esquecer que só há uma pessoa que pode nos ajudar, e ajudar a qualquer outro que queira ajuda. Essa pessoa é JESUS.
PEÇA 10

EU NÃO SOU CACHORRO NÃO

Personagens:

::José Eu Acho
::João Vivo
::Toinha Impressionada
::Maria Vai Com As Outras
Atuação
Este drama é uma pantomima, portanto os atores devem exagerar nos gestos e nas expressões faciais, provocando o riso da platéia. Este drama é ideal para ser apresentado em colégios religiosos, onde os alunos convivem com a religião mas nem sempre conhecem realmente a Deus.
Narração - Apresentação
Ei, vem vindo ai um grupo de quatro pessoas que estão perdidos. (Os atores vão entrando um por um, e o narrador apresentando-os). Eles nem sabem onde estão. Vamos prestar atenção para ver se eles se acham.
(Os atores entram, olhando para todos os lados, dando encontrões e perguntando: Onde estamos? Onde estamos?)
CENA 1
José Eu Acho: (chama os outros, abraça-os e diz:) Eu acho que estamos em ummmmm canil!

Toinha Impressionada: (se espanta e diz:) Se estamos em um canil, estão somos cachorros!
(TODOS COMEÇAM A LATIR E A AGIR COMO CACHORROS, FAZENDO GRANDE ALGAZARRA.)
João Vivo: para de agir como cachorro, (olha os outros três, balança a cabeça e os chama)
(José Eu Acho logo atende, mas Toinha Impressionada dá mais trabalho. Os dois a fazem parar, e João Vivo diz:)
Só porque estamos em um canil, não quer dizer que somos cachorros!
(Os outros fazem: Ahhhhh! E todos começam de novo a perguntar: Onde estamos? Onde estamos?)
José Eu Acho: (chama os outros, abraça-os e diz:) Eu acho que estamos em ummmmm galinheiro!

Toinha Impressionada: (se espanta e diz:) Se estamos em um galinheiro, então somos galinhas!
(TODOS COMEÇAM A CACAREJAR, A CISCAR E AGIR COMO GALINHAS.)
João Vivo: (para de agir como galinha, olha os outros três, balança a cabeça e os chama) (José Eu Acho logo atende, mas Toinha Impressionada dá mais trabalho. Os dois a fazem parar, e João Vivo diz:)
Só porque estamos em um galinheiro, não quer dizer que somos galinhas!
(Os outros fazem: Ahhhhh! E todos começam de novo a perguntar: Onde estamos? Onde estamos?)

José Eu Acho: (chama os outros, abraça-os e diz:) Eu acho que estamos em ummmmm aeroporto!

Toinha Impressionada: (se espanta e diz:) Se estamos em um aeroporto, então somos aviões! (TODOS ABREM OS BRAÇOS E COMEÇAM A CORRER E A FAZER BARULHO DE AVIÃO.)
João Vivo: (para de agir como avião, olha os outros três, balança a cabeça e os chama) (José Eu Acho logo atende, mas Toinha Impressionada dá mais trabalho. Os dois a fazem parar, e João Vivo diz:)
Só porque estamos em um aeroporto, não quer dizer que somos aviões!
(Os outros fazem: Ahhhhh! E todos começam de novo a perguntar: Onde estamos? Onde estamos?)
José Eu Acho: (chama os outros, abraça-os e diz:) Eu acho que estamos em ummmmmaaaaa Igreja!
Toinha Impressionada: (se espanta e diz:) Se estamos em uma Igreja, então somos amigos de Jesus!
(TODOS ASSUMEM A POSIÇÃO DE ORAÇÃO, E PROCURAM PARECER SANTOS.)
João Vivo: (para de agir como Santo, olha os outros três, balança a cabeça e os chama)
(José Eu Acho logo atende, mas Toinha Impressionada dá mais trabalho. Os dois a fazem parar, e João Vivo diz:)
Só porque estamos em uma Igreja, não quer dizer que somos Santos e amigos de Jesus!

(Os outros fazem: Ahhhhh! E todos começam a perguntar a João Vivo como ser um verdadeiro amigo de Jesus.)
João Vivo: (Pega a Bíblia, apresenta aos outros três e diz:)
É neste livro que aprendemos como ser amigos de Jesus.
(aproxima-se da platéia e finaliza:)
O Senhor Jesus nos ensinou que se fizermos tudo o que Ele nos manda, somos Seus amigos. E o preço da amizade do Senhor Jesus, é a obediência a Sua palavra. Não há necessidade de vir a igreja se não houver obediência, pois a simples presença na igreja não mostrará seu amor à Jesus. (João 15:14)

Narrador:
Em João 15:14-15 diz o seguinte:
"Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer."
“AMAI-VOS UNS AOS OUTROS”



PEÇA 11
FILHOS, HERANÇA DO SENHOR
Personagens
::Penina
::Elcana
::Ana
::Eli
::Samuel
No livro de I Samuel nos capítulos de 1 a 3 encontramos a historia de uma mulher chamada Ana.
Ana era casada com um homem da tribo de Efraim chamado Elcana que  morava em Rama. Por ser um costume da época Elcana  possuía outra mulher: Penina, esta possuía filhos e filhas, porém Ana era estéril.
Todos os anos Elcana saía de Rama e ia à Silo a fim de adorar e oferecer sacrifícios ao Deus Todo Poderoso, juntamente com ele iam suas mulheres e seus filhos e para cada um deles dava-lhe uma porção para o sacrifício, mas como ele amava mais a Ana dava a ela uma porção dobrada.
Penina ao perceber o amor de seu marido para com Ana se tornou inimiga da mesma. Constantemente ela a aborrecia e a humilhava:  
(Entram  no palco Penina e Ana)  
Penina – Crianças, onde estão vocês?  
(Entram as crianças)  
Penina – Meus filhos! Como é bom tê-los comigo. Vocês são a alegria da minha vida, como  seu pai fica feliz em ter vocês. Obrigado Senhor por poder conceder essa satisfação ao meu esposo. Filhos! Presente de Deus para Elcana e para mim. Como nossa casa ficaria triste sem eles! Vamos, crianças é hora de voltarmos pra casa.
(Dirigindo-se para Ana)  Já chamou pelos seus Ana? Precisamos ir agora. Pegue seus filhos, já é hora de voltarmos  
(Ana fica chorando)  
Elcana – Ana?! Porque você está chorando? Ana, me conte o que aconteceu com você? Porque não come? Porque está sempre triste? Você não era assim Ana. O que foi filha, me conte.
 
Ana – Como posso estar feliz se não tenho filhos? Como não ficar triste se não posso te dar essa alegria?  
Elcana   Não fique assim, Ana. Você é uma mulher tão bela, essa fisionomia abatida não combina com você. Libere um sorriso. Vamos, sim?  
Ana -  Você não pode entender... Porque todas as mulheres podem ter filhos e eu não. (Ana começa a chorar). Senhor, não vou conseguir agüentar tamanha humilhação. (Ana continua a chorar) A cada dia sofro com as provocações de Penina. Elcana, porque não posso ser mãe? O que fiz pra merecer isso? Veja Penina, quantos filhos ela lhe deu ... e eu?  
Alcana – Ana, não há  motivo para essa tristeza toda. Por acaso eu não sou melhor para você do que 10 filhos? Quero vê-la da forma como a conheci. Radiante de felicidade e com um sorriso aberto. Eu te amo e você bem sabe disso. Não quero te ver triste desse jeito. Faça isso por mim  
Penina (dirigindo-se para Ana) – Sabe Ana, no fundo sinto muita pena de você. Acredite, não sei o que faria se Deus não permitisse que tivesse filhos. (Suspiro) É, mais Deus sabe o que faz.  Se você não pode ter, paciência! Nada vai fazer mudar essa situação  
Narrador – No ano seguinte Elcana tornou a dirigir-se à Silo. Ana continuava a sofrer humilhações de Penina.  
Penina (dirigindo-se para Ana) – Ó  Ana, você anda tão cabisbaixa... Mas eu até entendo. Há situações na vida que nos deixam assim mesmo. Eu ao menos tenho os meus filhos, já você... 
(Ao ouvir essas palavras Ana corre desesperada para a tenda sagrada, que pode ser um local a esquerda do palco)  
Ana – Ó Deus Todo Poderoso, olha para mim, tua serva. Vê a minha aflição e lembra-te de mim! Não te esqueças da tua serva. Se tu me deres um filho, prometo que o dedicarei a ti por toda a vida... Senhor Deus de Israel atenta para o clamor da tua serva. Dê-me essa alegria, ó Pai. Um filho Senhor, só é isso que lhe peço, um filho... Conceda-me essa graça que eu o devolverei para o Senhor, não o quero pra mim, ó Deus, somente desejo abraça-lo e ter a felicidade de poder ser mãe. ó Senhor... tenha piedade, piedade Senhor... 
(Eli se aproxima e ao ver Ana mexendo naquele estado, a repreende pensando que ela estivesse embriagada)  
Eli – Essa aqui é uma tenda  sagrada, não é uma habitação qualquer minha senhora, isso aqui é a casa do Nosso Deus. Se faz necessário que todos, todos respeitem esse lugar... (pequena pausa) Até quando você vai ficar embriagada? Quanta perversão!  Da próxima vez que desejar adentrar a esse lugar aparta de ti o vinho e veja se ao menos entre consciente.  
Ana (olhando humildemente e calada)  – Senhor, eu não estou bêbada, não bebi nem vinho nem bebida forte. Estou desesperada e estava orando, contando a minha aflição ao Eterno. Não pense que sou uma mulher sem respeito, eu estava orando daquele jeito porque sou muito infeliz e sofredora. Ó Sacerdote, estou angustiada, sou uma mulher atribulada de espírito. Nada tenho bebido porém tenho derramado a minha alma perante o Deus dos céus. 
Eli – Agora entendo... fiz mau juízo sobre a senhora. Percebo que és de fato uma mulher temente a Deus, pois em meio ao meu julgamento precipitado nem por isso se alterou ... Sendo assim  vá em paz, que o Deus de Israel lhe dê o que você pediu. Eu que a um momento atrás te repreendi agora te abençou. Que o Deus Eterno te conceda a tua petição  
Narrador – Assim Ana saiu e já não estava tão triste. Na manhã seguinte Elcana e sua família se levantaram cedo e adoraram ao Senhor e voltaram para a sua casa em Ramá. Em Ramá  Elcana possuiu a Ana e o Senhor respondeu a sua oração. Ela ficou grávida e no tempo certo deu a luz um filho e  pôs nele o nome de Samuel  
(Ana entra no palco com uma criança de poucos meses no colo)  
Ana – O Senhor  ouviu a minha oração. Glórias a Deus,  hoje sou mãe! Louvado seja o Senhor dos Exércitos que atentou os seus ouvidos à voz das minhas súplicas. Ó Senhor, concedestes o desejo do meu coração. Graças a ti ó Pai, não me desamparastes, pelo contrário tens mostrado que seus ouvidos não estão tapados para que não possa ouvir aos que clamam  a ti e esse filho se chamará Samuel, Samuel será o seu nome pois eu o pedi ao Deus Eterno. Engrandecido sejas para todo o sempre! Vejam eu tenho um filho. Sou uma mãe.  
Narrador – Um ano depois, Elcana e sua família foram a Siló para oferecer ao Senhor o sacrifício anual  
(No palco Ana, Samuel e Elcana)
Elcana – Já é hora de irmos. Você vem conosco Ana?  
Ana –Dessa vez não irei, mas assim que o menino for desmamado, eu o levarei a casa do Senhor para que ele fique lá toda a sua vida.  
Elcana  (surpreso) – O que você disse? Acho que não entendi direito, como pode Ana? 
Penina  Esta maluca?!? Você só tem um filho e vai dá-lo ao Senhor por toda a sua vida.  
Ana  Assim como o Eterno foi fiel comigo também serei fiel a ele. Samuel será oferecido ao Senhor, visto que ele atendeu a minha oração.  
Elcana – É... faça o que achar melhor. Fique em casa pelo menos até que ele seja desmamado e o Senhor faça que de fato se cumpra a promessa que você fez  
Narrador – Ana ficou em casa e amamentou o filho. Depois que ele foi desmamado ela o levou a Silo. Samuel ainda era muito pequeno quando sua mãe o levou a casa do Senhor e o entregou ao Sacerdote Eli  
(No palco Ana, Elcana, Samuel e Eli)  
Ana – Sacerdote Eli, sou aquela mulher que o senhor viu aqui orando. Eu sou aquela que se encontrava angustiada e aqui estava ajoelhada somente a mexer os lábios. Eu pedi essa criança ao Meu Deus  e Ele me deu o que pedi. Por esse menino orava eu e fui respondida Por isso agora estou dedicando este menino ao Eterno. Enquanto ele viver pertencerá ao Todo Poderoso. Eu o pedi mais não para que ficasse pra mim, mais para ser entregue ao Senhor. (Eli recebe o menino) 
Eli – Louvado seja o Senhor Deus que está sempre pronto a atender as orações dos seus servos. Certamente esse menino será um vaso de honra para o Deus dos céus. Algo de especial há reservado para ele. Assim  que se cumpra o voto que votaste como também a vontade do Senhor 
(Ana e Elcana se despedem do menino Samuel e com eles ainda no palco Ana faz essa oração) 
Ana – O Deus Eterno encheu o meu coração de alegria; por causa do que Ele fez hoje eu ando de cabeça erguida. A mulher que não podia ter filhos deu a luz 7 filhos mas a que possuía muitos filhos ficou sem nenhum. Estou rindo dos meus inimigos e me sinto feliz pois Deus me ajudou. Ele levanta os pobres do pó e tira da miséria os necessitados, Ele protege a vida dos que  são fiéis a Ele mas destrói os seus inimigos. Ninguém é Santo como o Deus Eterno, não existe outro Deus além dele, não há protetor como o Nosso Deus.  
Narrador – Então Elcana voltou para a sua casa em Ramá mas o menino Samuel ficou em Siló no serviço do Senhor como ajudante do Sacerdote Eli.
Samuel era ainda muito pequeno e mais já ajudava Eli na adoração ao Senhor. Naqueles dias poucas mensagens vinham do Senhor e as visões também eram muito raras. Certa noite quando Eli estava dormindo no seu quarto o Deus Eterno chamou a Samuel:  
Voz – Samuel, Samuel...  
Samuel – Estou aqui. (corre e vai ter com Eli). O Senhor me chamou, Sacerdote Eli. Estou aqui o que queres?  
Eli – Eu não chamei você, Samuel. Volte para seu o quarto, você deve ter sonhado  
Samuel – Não, não foi um sonho. Eu ouvi claramente quando alguém chamou Samuel, Samuel. Pensei ter sido o senhor  
Eli – Mas não foi  eu quem o chamou, vá se deitar está bem?  
Narrador – Por mais uma vez o menino Samuel ouviu chamar o seu nome, mas ele ainda não conhecia a voz do Deus Eterno. Em seguida o Senhor chamou Samuel pela terceira vez 
Voz – Samuel, Samuel  
Samuel – Estou aqui. O senhor me chamou? O que queres?  
Eli – Meu filho, já é a terceira vez em que você escuta alguém lhe chamar e não sou eu... Ah, agora compreendo é o Senhor quem está chamando por você, meu filho. Glórias a Deus! O Eterno não se esqueceu do seu povo e tem algo a nos dizer Volte para a cama e se novamente chamarem por você diga: Fale ó  Senhor pois o teu servo está escutando.  
Narrador – E Samuel voltou para a cama. Então o Eterno veio e ficou ali. E como havia feito antes, disse:  
Voz  - Samuel, Samuel!  
Samuel  (ajoelhado) – Eis-me aqui. Fale, ó Senhor pois o teu servo está escutando  
Voz – Samuel, eis aqui vou eu fazer uma coisa em Israel, a qual todos os que ouvir lhes tinirão ambas as orelhas...  
Narrador (começa um pouco antes da voz cessar de falar) – Samuel continuava no serviço do Deus Eterno. Embora ainda fosse menino vestia um manto sacerdotal de linho. Todos os anos Ana sua mãe fazia uma túnica para ele e levava quando ia com seu marido oferecer o sacrifício anual.(Samuel corre e abraça seus pais e todos estão muito alegres). Então Eli abençoava Elcana e sua mulher e dizia:  
(No palco Ana, Eli, Elcana e Samuel)  
Eli - (abençoando Elcana) – Que o Senhor dê a você e a Ana sua mulher outros filhos para tomarem o lugar do que foi dado a Ele. Fiel é Deus para fazer muito mais além daquilo que pensamos ou sonhamos. Ele ao certo concederá a vocês muito mais do que vocês pediram  
Narrador – E o Eterno abençoou a Ana e ela teve mais 3 filhos e 2 filhas. E o menino Samuel crescia no serviço do Deus Eterno
(No palco Ana, Elcana , seus cinco filhos, Samuel e Eli)  
Mensagem  
Nesse relato podemos ver que o Senhor realizou o desejo de Ana que era o de ser mãe. Percebemos também o exemplo de fé que Ana demonstrou, pois ela que não podia ter filhos ao conseguir um o devolveu ao Senhor. Mais não ficou somente nisso: como troca por sua obediência o Deus Eterno lhe concedeu mais outros 5 filhos. Ana foi um canal de benção para o povo de Israel pois seu filho Samuel mais tarde veio a ser um grande juiz e profeta através de quem Deus falava
A todas as mães aqui presentes desejamos que siga  o exemplo de Ana que dedicou o seu filho ao Senhor.a bíblia nos diz no livro de Salmos nº 127:3 que os filhos são um presente do Senhor, sendo assim devemos ensinar-lhes como prosseguirem para que venham agradar a Deus. O maior sonho de Ana era o de poder ser mãe, e ela ao ver o seu desejo realizado não agiu com negligência  ou egoísmo, pelo contrário; cumpriu com o seu voto e abriu mão daquilo que tinha de mais precioso e ofereceu ao Deus que a havia abençoado com essa dádiva. A nossa finalidade nessa rápida encenação é poder mostrar para todas as mães aqui presentes que existe um caminho a ser trilhado por nós e pelos nossos filhos. Ana conduziu Samuel por um caminho de comunhão com Deus. Ela não só  mostrou simplesmente qual era o caminho,  mas também andou por ele. E esse caminho é aquele que está relatado em João 14:6 que diz “Eu sou o caminho, a verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”.. O caminho é Jesus, Cristo Jesus. É ele quem conduz o homem ao céu.
Ana tinha certeza que o Deus que ela servia era poderoso pra fazer muito mais abundantemente além daquilo que ela esperava, pois assim como nos diz a palavra do Senhor no livro de Salmos nº 37 verso 4 onde consta quando nós nos entregamos ao Senhor, quando nos colocamos a seu serviço, quando fazemos a sua vontade, Ele concede o desejo do nosso coração. Que assim como foi Ana  todas as mães possam fazer o mesmo: Educar a criança no caminho em que deve andar e até quando ela  envelhecer não se desviará dele.
-Raquel Souza-























PEÇA 12

Não Toque
Personagem
::Mímico 1
::Mímico 2
Uma cadeira está no meio da praça com um cartaz pendurado nela dizendo: "NÃO TOQUE".
O Mímico curioso que por acaso passava pelo local percebe a cadeira e se aproxima. Rodando em torno da cadeira ele tenta entender o que há de errado com ela. Sem chegar a conclusão alguma, o curioso passa a frente da cadeira e olha para a esquerda e para a direita, observando se ninguém aparece.
Vendo que "a barra estava limpa", o curioso pega o cartaz (disfarçando e cheio de confiança) e o joga no chão , desprezando-o. Enquanto olhava para o cartaz no chão, o curioso sem perceber apoia-se na cadeira.
 Após achar graça do cartaz caído no chão, o mímico percebe ao tentar ir embora, que sua mão ficou colada na cadeira (a mão e a cadeira permanecem imóveis embora o curioso esforce-se em descolá-la ). Neste instante, outro mímico, o amigo, passa pela frente da cadeira com o curioso colado. Imediatamente o curioso disfarça, acenando para o amigo que então continua seu passeio.  Após o amigo se afastar o curioso começa a ficar impaciente . Ele coloca a outra mão no acento da cadeira para tentar descolar a primeira. Então percebe que sua segunda mão fica colada também. Faz força, levanta a cadeira, sacode, e imediatamente disfarça quando percebe que o amigo se aproxima novamente. O curioso sorri sem graça e finge estar fazendo exercícios.
O amigo acha estranho, mas depois olha para a platéia e elogia o curioso. Faz sinal de aprovação e continua seu passeio. Tão logo o amigo se distancia, o curioso recomeça a tentar se descolar. Ele está realmente nervoso agora. Joga a cadeira para um lado, joga para o outro, coloca o pé no acento para se apoiar, mas o pé escorrega e ele acaba sentando na cadeira, totalmente colado agora.
 Enquanto o curioso se sacode, o amigo se aproxima, estranhando a situação. Desta vez o curioso não perceba a aproximação do amigo, e não disfarça. O amigo começa a perceber o que está acontecendo. Encontra o cartaz caído no são e entende a situação.
Mostra o cartaz "NÃO TOQUE" para a platéia fazendo cara de quem diz: "agora estou entendendo...".
O amigo então se propõe a ajudar o curioso. Ele explica que vai orar a Deus para que Ele o descole da cadeira. O curioso que continua com uma cara de revoltado com a situação, não faz muita fé na eficiência da oração do amigo que mesmo assim não desiste. Dobra os joelhos e ora com um rosto que demonstra sinceridade, simplicidade e fé. Enquanto isso o curioso que estava olhando a oração com cara de revoltado, descola-se completamente.
Surpreso, o curioso se levanta com o rosto alegre e festeja com seu amigo. O amigo então pega o cartaz e entrega para o curioso que aceita de boa vontade o mesmo. O curioso coloca então o cartaz de volta na cadeira.
O amigo concorda com o curioso, mas após o cartaz "NÃO TOQUE" que esta colocado na cadeira, ele apanha-o e vira o cartaz que agora diz: "PECADO".


PEÇA 13
O LADRÃO DE ALEGRIA
 Personagens
::Menina Chorona (MC) 
::
Criança 1 (C1)
::Criança 1 (C2) 

::
Ladrão de Alegria (LA) 
::
Casal de namorados (amor)
::
Criança com pirulito e doces, (C3)
::Menina Feliz (MF) 

MC entra, soluçando, triste, caracterizando a personagem:
Gente, eu perdi minha alegria! Estou tão triste... Vocês viram se a alegria passou por aí?? E o pior é que eu ouvi dizer que há um ladrão roubando a alegria das pessoas! Eu perdi a minha, e ainda tem gente roubando alegria dos outros! Assim não dá! (senta e fica cabisbaixa, "bicuda").
Entram 2 crianças com brinquedos, felizes. A MC as vê e chega mais perto (C1 e 2)
MC: Oi...
(C1 e C2): Oi!!
MC: Por que vocês estão tão felizes??
C1: Porque eu tenho meu urso!
C2: E eu tenho minha boneca!
MC: E eles dão alegria?
(C1 e C2): Muita!...
MC: Puxa... Me empresta um pouquinho?
(C1 e C2): Não!!!!
MC: Só um pouquinho...Eu estou tão triste...
C1: Nem pensar!
C2: Não mesmo!
MC (fazendo cara de desdém): Tudo bem, eu nem queria mais, tá! Não preciso disso, tá! Mas olhem, tomem cuidado, porque tem um ladrão por aí que anda roubando a alegria das pessoas...e ele pode roubar a de vocês...
C2: Ah, rouba nada! (C1 concorda com a cabeça)
MC sai de cena, e as 2C ficam brincando, quando o LA chega de repente.
LA: Ha, ha, ha!!! (falando para o público, as crianças não percebem) Eu sou o Ladrão de Alegria! E vou roubar a alegria dessas criancinhas! Há, há, há!!!!!
(assusta as 2C e rouba os seus objetos. Sai de cena correndo, escondendo os brinquedos. As (C1 e C2) ficam chorando).
A MC volta, e encontra as (C1 e C2) chorando e pergunta porque. Elas contam o que aconteceu.
MC: Viram! Eu bem que avisei pra vocês! Mas eu vou continuar procurando a alegria, e quando eu achar eu aviso a vocês.
As (C1 e C2)saem de cena, e a MC fica pensando onde pode achar a alegria.
MC fala com o público :
Ei, vcs ! Vcs sabe onde eu posso achar a alegria ? (faz um diálogo)
Chega casal de namorados com cartolina de coração.
MC : Oi !
Casal: Oi !
MC: Eu estou procurando a alegria, e vcs me parecem tão felizes... me dá este coração ?
Casal: Não !
Namorada: Isto aqui é o coração que representa que eu gosto muito dele
Namorado: E eu dela, claro!
MC: Ah sei... Ah, mas eu não preciso disso, fique pra vcs. Mas eu vou contar um segredo de amiga: Tem um ladrão aí q tá roubando a alegria de todo mundo, segurem bem isto..
Namorado: Ah, mas este aqui ele não vai conseguir pegar.
Namorada: Nós seguramos bem forte
MC: Então tá ! Mas eu avisei, tchau! Eu tenho que procurar a alegria...
LA entra pedindo silêncio para as crianças
LA: Oi
Casal ficam com cara de suspeitos
LA: Que lindo este coração né?
Casal: É sim, e é nosso!
LA pega rápido
LA: Agora não é mais, hahaha (e sai)
MC volta
MC: Ei, porque vcs ficaram tão tristes ?
Casal: o Ladrão de Alegria roubou nosso coração (e vão saindo)
MC com o público: Eu avisei, vcs viram né ?
(chega criança doces)
C3: Hummm q pirulito gostoso !
MC: Oi,
C3: Oi...
MC: Sabe... eu tô muito triste !
C3: É por que ?
MC: Porque eu não tenho um pirulito desse pra me deixar bem feliz... me empresta um pouquinho?
C3: Não ! Se eu te emprestar eu vou ficar triste
MC: Mas é só um pouquinho...
C3 ficando de costas
C3: Não! Não dá pra emprestar
MC: Ah é? Então você fica sabendo que o Ladrão de Alegria vai vir pra pegar o seu pirulito e vc vai ficar bem tristinho .
C3 dá de ombros
LA chega dando um susto
LA: Desculpe eu não quis te assustar.
C3: Quem é você ?
LA pegando o pirulito dele: Adivinha hahaha?
C3 chorando: Ah não é o Ladrão de Alegria
Sai chorando
MC: viram só? Assim não dá, o Ladrão de Alegria está pegando tudo e eu não achei a Alegria de verdade. (senta triste)
MF entra cantando (a alegria...): vê a MC triste.
MF: Oi... Por que você está chorando? O que aconteceu?
MC: Ah, eu estou cansada de ser triste... Eu perdi minha alegria, já procurei em todo lugar, e não encontro... Só encontrei outras pessoas, tristes também, porque o LA roubou a alegria delas...
MF: Roubar a alegria?? Como assim?
MC: Ué, ele pegava os brinquedos delas, o amor, os doces... as coisas que os deixavam felizes...
MF: Ah, mas isso não é Alegria de verdade! Eu tenho uma alegria que ninguém pode tirar de mim!
MC (leva um susto com a afirmação da MF): Mas como? Cadê ela?? Me empresta um pouquinho??
MF: Olha, emprestar pra você eu não posso, porque ela é minha... mas a pessoa que me deu toda essa alegria pode te dá-la pra sempre!
MC: Pra sempre?! Ah, eu quero sim! Quem é essa pessoa, como eu falo com ela??
MF: Essa pessoa é muito especial, sabe, ela é Jesus. Só ela pode te dar uma alegria de verdade e pra sempre. E pra conseguir é só pedir pro Papai do Céu, que dá pra quem quiser, é só pedir pra Ele entrar no seu coração. Você quer?
MC: Ah, eu quero sim!
MF: Então, eu vou fazer uma oração com você, tá? Vem, ajoelha aqui.
(as duas se ajoelham e a MC copia os gestos da MF, que faz "posição de oração": olhos fechados e mãos juntas).
(os outros personagens vão entrando aos poucos se ajoelhando e repetindo a oração)
MF: Papai do céu repete...
MC: Papai do céu repete...
MF: Entra no meu coraçãozinho...
MC: Entra no coraçãozinho dela... (e aponta para ela)
MF: Não... entra no seu coraçãozinho porque vc que quer...
MC: Ah é... entra no meu coraçãozinho porque eu que quero...
MF: E perdoa todo mal que eu fiz
MC: E perdoa todo mal que eu... (Mc interrompe a oração) até puxar o cabelo da minha irmãzinha?!
MF: Sim...
MC: Mas ela mereceu... e também foi um pecado bem pequenininho, seria grande se eu tivesse batido nela ou arrancado o cabelo dela...
MF: É só que pra Deus não existe pecado grande nem pequeno, é tudo igual...
MC: Ah está bem... então: Perdoa todo mal que eu fiz, até bater na minha irmãzinha, mesmo que ela tenha merecido.
MF: E me dá muita alegria...
MC: E me da muita, muita, muita, muita, muita, muita, muita, muita, muita alegria...
MF: Em nome de Jesus
MC: Em nome de Jesus
MF: Amém.
Todos bem forte: Amém!
MC: Oi amigos...agora nós achamos a Alegria que ninguém pode tirar né ?
MF: Agora vocês tem Jesus, Ele sim dá a verdadeira Alegria
Todos cantam: "A alegria..."
























 PEÇA 14

EU SOU IGREJA

Personagens:

::Narrador
::Igreja 1 (uma adolescente)
::Igreja 2 (uma jovem)
::Chamado 1
::Chamado 2
::Jesus
::Grupo de dança

A música que os personagens cantam foi alterada a letra, mas é a música: A edificar a Igreja.
(N. 440 no louvemos ao Senhor).

Narrador: A muito tempo atrás, estavam os discípulos escondidos, reunidos em oração, Jesus enviou o seu Espírito. E, se erguia ali, a verdadeira Igreja. Uma Igreja Viva, cheia dos Carismas, alegre e dinâmica, disposta a levar o Evangelho de Jesus Cristo ao mundo inteiro.

Igreja 1:(entra cantando alegremente)
Eu sou Igreja, Eu sou Igreja, Eu sou a Igreja do Senhor!
Eu sou Igreja, Eu sou Igreja, Eu sou a Igreja do Senhor!
(Dá algumas voltas cantando, e sai).

Narrador: Os anos foram passando... 100. 200. 300. 500 anos. E a Igreja continua sua missão: anunciando, curando, evangelizando.

Igreja 2:(Entra e com firmeza canta)
Eu sou Igreja, Eu sou Igreja, Eu sou a Igreja do Senhor!
Eu sou Igreja, Eu sou Igreja, Eu sou a Igreja do Senhor!

Narrador: Os anos foram passando... 500.  1000.  1500 anos... E a Igreja continua sua missão, levando a Boa Nova pelos quatro cantos da terra. Cada vez mais, assumindo a missão de Jesus. E com isso, carregando o fardo dos pecadores.
Os Carismas já não fluíam com tanta freqüência nos Cristãos.

Igreja 2: (Entra como se estivesse carregando um fardo pesado sobre as costas, caminhando e cantando com dificuldade):
Eu sou a Igreja, Eu sou a Igreja, Eu sou a Igreja do Senhor!
Irmão vem ajuda-me, Irmão vem ajuda-me a edificar a Igreja do Senhor!

Chamado 1:
Zé! Você não está vendo a Igreja nos chamando?

Chamado 2:Estou, mais o que eu posso  fazer?

Chamado 1: Vamos pra Igreja Zé, vamos fazer alguma coisa!

(se aproximam da Igreja e seguem com ela, pesadamente cantam):

Eu sou Igreja, Você é Igreja, somos a Igreja do Senhor!
Irmão vem ajuda-me, Irmão vem ajuda-me A edificar a Igreja do Senhor!

Chamado 1:(chama o amigo a parte e conversam)
Zé, tá faltando alguma coisa!

Chamado 2: O que?

Chamado 1:Pensa comigo: Esta é Igreja de Jesus, Não é?

Chamado 2: É!

Chamado 1: Esta é Igreja do Espírito Santo, Não é?

Chamado 2: É!

Chamado 1: No começo da Igreja, todos os Cristãos eram cheios do Espírito Santo. Não era?

Chamado 2: Era!

Chamado 1: Eles eram capazes de realizar milagres em nome de Jesus. Não era?

Chamado 2: Era!

Chamado 1: Eles eram destemidos e alegres. Não era?

Chamado 2: Era!

Chamado 1: Então Zé! Tá faltando alguma coisa. Tá faltando ação do Espírito Santo!

Chamado 2: Tem razão! Mas o que podemos fazer?

Chamado 1: Ora! Fazer o que os discípulos fizeram: pedir o Espírito Santo!

Chamado 2: Então vamos pedir agora!

Os dois (no meio do palco) começam uma oração pedindo o Espírito Santo.

Entram algumas meninas apresentando uma coreografia de uma música (pode ser qualquer música invocando o Espírito Santo). (Ao iniciar a música os dois ficam orando, baixinho para não atrapalhar a coreografia).

Durante a coreografia entra o personagem Jesus e impõe as mãos na cabeça dos que estão orando.

Ao final da música Jesus sai silenciosamente e os dois ficam orando em línguas alegremente, (cheios do Espírito). A Igreja entra e sai os três cantando com muita alegria: (envolvendo o público).

Eu sou Igreja, Você é Igreja, somos a Igreja do Senhor! Irmão vem ajuda-me, Irmão vem ajuda-me
a edificar a Igreja do Senhor!
Autor: Valdeci Inácio







 PEÇA 15
 A EPIDEMIA DO NÃO POSSO
Personagens:
 
::Narrador
::Coordenador
::Dra. Fé
::Enfermeira
::Irmã Preguicildes
::Linguagilda
::Irmã Nésia
Coordenador: (entra muito preocupado) Não sei o que vou fazer, estou muito preocupado. Meu Mestre colocou sob a minha responsabilidade um grupo de pessoas, e agora todas estão atacadas por uma terrível doença: A epidemia do "NÃO POSSO".  Passam as semanas e não ouço outra coisa: Não posso isso, Não posso aquilo.

(As enfermas começam a entrar, todas desanimadas)

Coordenador: Ai, o que, que eu faço? Jesus me ajude! (pensativo)... Hum! já sei! Vou consultar a Dra. Fé e espero que não seja tarde demais, (olhando para elas) porque se vocês não melhorarem, o nosso grupo de oração estará arruinado.

(Ele vai até o outro lado com as enfermas. Ele terá que empurrar, puxar, se esforçar que elas saiam dos seus lugares, elas são recebidas por uma enfermeira)
 
Enfermeira
: Bom Dia! Em que posso ajudá-las?

Coordenador: Bom Dia. Olha, eu preciso consultar a Dra Fé. Quer dizer, eu não, elas precisam. Ela pode atendê-las? São casos de emergência.

Enfermeira: Entendo, esperem aqui. Vou anunciá-las. (Ela pega no telefone) Dra. Fé, temos aqui um caso de emergência, um caso não, vários. Ok, tudo bem. (falando para o coordenador): Ela está vindo.

Dra. Fé: Bom dia senhoras, em que posso ajudá-las?

Coordenador: Oi Dra. Fé, que alegria em vê-la. Estou muito aflito. Estas senhoras são do meu grupo de oração e foram atacadas pela terrível doença do "NÂO POSSO".

Dra Fé: Percebo o desânimo, o estágio da doença está avançado mesmo. Enfermeira, por favor pegue meus equipamentos, todos, todos.

Enfermeira: Sim, senhora Dra. Fé.

Dra. Fé: Quantos casos já foram constatados?

Coordenador: Vários. Algumas irmãs estão em grau mais avançados, precisam ser remediadas urgentemente.

Dra. Fé: Sim, eu entendo, vamos começar, me traga a primeira. (a Dra. senta na mesa)

Coordenador: Irmã Preguicildes por favor venha até aqui, para que a Dra. possa te examinar.
Irmã Preguicildes: Não posso.
Enfermeira: (Indo até ela e a ajudando a vir): Eu vou ajudá-la.

Dra. Fé: Olá Irmã Preguicildes, qual é o seu caso?
(A Dra. vai até ela: coloca o termômetro, toma o pulso, ouve o coração, enquanto Irmã  Preguicildes fala letamente)
Irmã Preguicildes: Não posso desenvolver atividade nenhuma que é colocada sob minha responsabilidade. Quando vou estudar as apostilas da EPA, ler a Bíblia ou dirigir qualquer reunião, não sei o que acontece, porque não consigo guardar nada na mente. Ai! me deu até preguiça de contar tudo isso.

Dra. Fé (se sentando e começa a escrever): O seu coração está bastante fraco, pulso lento, temperatura baixa. Há uma fraqueza espiritual geral em você. Vou te passar uma receita, e tenho certeza que se você seguí-la irá se recuperar. Mas leia antes, para que em caso de alguma dúvida você possa já me perguntar. (ela entrega a receita)

Irmã Preguicildes: Tá, tudo isso? ai que preguiça... (lendo a receita) A um grama de PODER acrescentar meia hora de ESTUDO e uma pitada de INTERESSE pelo trabalho, misturando-se ainda uma boa quantidade de ORAÇÃO. Toma-se esta infusão logo que lhe seja dada qualquer responsabilidade no grupo e repita a dose sempre que for preciso.

Dra. Fé: A segunda paciente.
(Enfermeira indo buscá-la)

Coordenador: Dra. este caso é complicado, Irmã Nésia, venha até aqui por favor.

Dra. Fé: E você? O que tem?

Irmã Nésia: Eu não consigo me lembrar de ler a Palavra de Deus todos os dias.

Dra. Fé: (dando um frasco de remédio a ela). Tenho aqui este medicamento, já pronto. Pois este seu caso é muito conhecido, tem aparecido muito em meu consultório. Este esquecimento provém da ignorância das necessidades da alma. Você está com fraqueza espiritual, e isso acontecerá com o seu corpo. Se você não se alimentar na hora certa e na quantidade suficiente, você ficará fraca a cada vez mais. Este remédio despertará em você o desejo de ler a Palavra de Deus e de ser uma imitadora dEle. Tome uma dose diariamente. Ok?

Irmã Nésia: Hum... Ai! esqueci tudo que você falou... Mas vou ler o que está escrito no frasco, muito obrigada (irmã Nésia sai.)

Dra. Fé: irmão, traga a terceira paciente.

Coordenador: Ah, sim! Irmã Linguagilda vamos, a Dra. está te chamando.
(Irmã Linguagilda não pára de conversar com as outras irmãs e não presta a atenção)

Coordenador: Irmã Linguagilda, por favor pare por um instante. Enfermeira, por favor vá buscá-la.

Linguagilda: Estou indo, estou indo, que bom, serei consultada, não agüento mais este problema, mas agora chegou a minha vez, e eu vou ser curada, porque eu preciso ser curada...

Dra. Fé: Ok, ok, pare apenas um momento para que eu converse com você.

Linguagilda: Sim, sim. A Dra. quer saber o que eu tenho né? Pois bem, eu sou a Linguagilda, eu vou te dizer o que eu tenho. Não posso ficar quieta e nem prestar atenção na pregação. Tenho muita vontade de conversar. Distraio-me com qualquer coisa. Falo muito e viro-me para trás, toda hora, e não consigo parar, já me disseram que eu tenho o dom de línguas, mas eu não entendo o por quê...

 
Dra. Fé: (Interrompendo-a e examinando a língua, coloca uma fita crepe em sua boca): Hum... Esse é um dos sintomas mais graves (voltando ao seu assento e escrevendo a receita) desta terrível enfermidade. Mas, infelizmente tenho tratado de vários casos semelhantes ao seu. Olhe, aqui está a sua receita. Leia antes, para que eu tire suas dúvidas.
(Enfermeira vai até ela e tira a fita da sua boca)

Linguagilda (lendo a receita): Mistura-se uma boa quantidade de Reverência ao nome de Deus com uma quantidade dobrada de Amor à Cristo e à sua obra de redenção, acrescentando uma boa dose de Consideração. Cada vez que você não conseguir ficar quieta no grupo de oração ou na missa, tome uma medida deste medicamento, e isto lhe ajudará a estar atenta e lhe dará a consciência de que o Senhor está no seu Santo Templo, fazendo-a compreender que você não tem o direito de perturbar aqueles que desejam louvar e adorar a Deus.

Dra. Fé: Alguma dúvida?
Linguagilda (cabesbaixa): Não Dra. está bem claro, até logo e muito obrigado.

Coordenador: Ouviu né irmãzinha? Vou buscar a próxima paciente... Irmã Dindin venha por
favor.

Dra. Fé: E você? O que está acontecendo?

Irmâ Dindin: Não posso contribuir para minha igreja. Recebo meu pagamento, pago minhas dívidas e prestações. Compro coisa nova para mim e, quando vejo, o dinheiro acabou eu não tenho mais como contribuir. O dinheiro voa!

Dra. Fé: (examina as vistas): Oh! Tenho tido muitos pacientes com este mesmo sintoma. Vamos examinar o alcance da visão. (A Dra. mostra alguma coisa que está distante. A paciente diz sempre que não está enxergando). Trata-se de uma miopia espiritual. Há várias coisas que dão origem a esta enfermidade: algumas vezes é o egoísmo, (escrevendo a receita) outras vezes a indiferença ou, ainda, a ignorância das necessidade do mundo sem Cristo e sem o conforto de sua salvação. Pois, sem dinheiro, como poderão ser pago as despesas que são próprias para a manutenção Paróquia e do grupo? água, luz, telefone, etc, etc. Esta receita irá ajudá-la.

Irmã Dindin: Ainda bem que é de graça né? Porque eu estou meio sem dinheiro, é a crise sabe...(lendo a receita): Tomar com regularidade, um comprimido de contribuição com o dízimo paroquial e doações acompanhado de uma boa dose de Oração fervorosa, para que possa estar disposta a fazer a Sua vontade. Acrescenta-se ainda uma boa quantidade de visão das necessidades do grupo. A esta, misturam-se algumas pitadas de disposição para renunciar ao comodismo, conveniências e interesses pessoais, a fim de poder colocar sua vida, seus talentos e bens ao serviço de Deus.

Coordenador: Dra. muito obrigado pelas suas receitas, estou certo de que esta terrível epidemia será derrotada muito em breve.

Dra Fé: É irmão, será sim, se elas colocarem em prática o que está escrito, logo logo todas estarão curadas. Tenha um ótimo dia.
Coordenador: Obrigado. Tenha também um ótimo dia. Tchau

(todas saem de sena)

Narrador: Passaram-se alguns semanas e todas tomaram o medicamento conforme a Dra. Fé orientou. E a cura foi surpreendente!
(Entra uma a uma, com voz forte proclamam decididamente)
Irmã Preguicildes:     POSSO... Ainda que eu seja odiada - Poderei Amar!
Irmã Nésia:             POSSO... Ainda que eu esteja triste - Poderei sorrir!
Linguagilda:             POSSO... Ainda que as dúvidas me perturbem - Poderei confiar!
Irmã Dindin:            POSSO... Ainda que as lutas sejam duras e difíceis - poderei vencer!
Irmã Preguicildes:     POSSO... Ainda que eu esteja cansada - Poderei Servir!
Irmã Nésia:             POSSO... Ainda que eu me sinta só - Poderei sentir a presença de Deus!
Linguagilda:             POSSO... Ainda que me falte alguma coisa - Poderei esperar!
Irmã Dindin:             POSSO... Ainda que tudo ao redor sejam dificuldades, poderei perseverar até o fim!
Todas: “PORQUE TUDO POSSO EM CRISTO QUE ME FORTALECE".

(Pode encerrar cantando: Pois tudo posso naquele que me fortalece tudo posso em Jesus Cristo. Deus é maior que tudo que me acontece...)

Autor: Desconhecido – Adaptação do texto: Valdeci Inácio da Silva




















PEÇA 16
O ARQUIVO
Personagens:
 
::Narrador
::Um homem
::Jesus

Esta peça é uma junção: Narrativa com Pantomima.
Enquanto o narrador conta sua experiência o personagem vive o acontecimento com gestos.
O cenário é imaginável.
Naquele lugar entre a consciência e o sonho, eu entrei em um quarto.
(Entra estranhando o lugar)
Nele não havia nada de incomum, exceto por uma parede e um enorme arquivo de fichas.
(Vai e olha o arquivo)
Era como um daqueles de biblioteca, com várias gavetas que listam títulos por autor ou assunto em ordem alfabética. Porém estas gavetas, que se estendiam do chão ao teto e aparentavam não ter fim para nenhum dos lados, tinham cabeçalhos um tanto diferentes.
(Se aproxima como se estivesse lendo os títulos)
Ao me aproximar da parede, o primeiro a chamar minha atenção era um que dizia "Pessoas de quem gostei".

(Usa o dedo como se estivesse lendo)
Eu abri a gaveta e comecei a folhear os cartões.

(Encena como se tivesse aberto e folhando)
Fechei-a rapidamente...

(leva um susto e fecha)
...Chocado em perceber que reconhecia cada um dos nomes escritos ali.

(Fica com uma cara de assustado)
Então, sem quem ninguém me dissesse nada, soube exatamente onde estava.

(Andando pensativo, faz sinal com a cabeça como se estivesse entendendo)
O quarto sem vida com suas pequenas gavetas era um perturbador arquivo da minha vida. Nele tinham sido escritos meus atos em cada momento...

(volta a ler os títulos)
...grandes ou pequenos, em detalhes inalcançáveis à minha memória.Os títulos iam do banal ao bizarro. "Livros que eu li", "Mentiras que eu contei", "Consolos que eu dei", "Piadas que me fizeram rir". Alguns eram quase hilários em sua exatidão: "Coisas que eu berrei para meus irmãos".

(Rir)
Outros não tinham tanta graça: "Coisas que eu fiz nos momentos de ira", "Murmurações que tive em secreto sobre meus pais".

(Se entristece)
Eu não parava de me surpreender com o que encontrava. Quase sempre havia muito mais fichas do que eu esperava. Algumas vezes menos do que gostaria. Fiquei impressionado pelo enorme volume de minha existência. Seria possível eu ter tido tempo em meus 27 anos para escrever cada um dos milhares ou talvez milhões de fichas? Mas cada cartão confirmava esta verdade.Todos estavam escritos com minha letra. E todos tinham sido assinados por mim.Quando puxei a gaveta "Músicas que eu escutei"...

(puxa como se a gaveta fosse enorme)
...concluí que as gavetas tinham o tamanho exato dos seus conteúdos. As fichas estavam colocadas bem justas, mas mesmo depois de dois ou três metros ainda não tinha conseguido encontrar o final. Fechei de volta, envergonhado...

(se envergonha entristecido)
...nem tanto pela qualidade da música, mas mais pela vasta quantidade de tempo que eu sabia que aquilo representava.

(Volta olhando para as gavetas)
Quando vi a etiqueta que dizia "Pensamentos luxuriosos"...

(sente um arrepio passa a mão nas costas)
...temeroso em atravessar o meu corpo. Abri a gaveta uns poucos centímetros...

(abre devagar como se estivesse espiando sem coragem de descobrir seu tamanho)
...e puxei uma ficha.

(Puxa a ficha e lê)
Estremeci ao ler sua descrição detalhada. Me causou náusea pensar que momentos assim pudessem ter sido registrados. Uma cólera quase selvagem se apoderou de mim. Só um pensamento dominava minha mente:

(Faz cara de pânico)
"Ninguém jamais pode ver estas fichas! Ninguém deve encontrar este quarto! Eu tenho que destruí-los! "Num impulso insano arranquei a gaveta.

(Puxa com raiva)
Seu tamanho já não importava. Eu tinha que esvaziá-la e queimar os cartões.

(Puxa outra e chacoalha)
Porém, mesmo segurando suas extremidades e balançando com toda a minha força, nenhum saiu de seu lugar. Em desespero tirei um cartão...

(tira um cartão e como se estivesse olhando para ele)
...apenas para descobrir que ele era forte como aço quando tentei rasgá-lo.

(Tenta rasgá-lo)
Sentindo-me derrotado retornei a gaveta ao seu lugar.
(Entristecido coloca as gavetas nos lugares)
Encostei a testa na parede...

(Encosta a cabeça na parede)
...e deixei escapar um longo, profundo, suspiro. Então eu vi.
(Como se o título tivesse chamado a sua atenção, e aponta como se estivesse lendo)
O título era "Pessoas com quem compartilhei o Evangelho". O puxador brilhava...

(admira o puxador)
...mais do que os outros ao seu redor, era mais novo, quase sem uso. Puxei-o com delicadeza e uma pequena gaveta com uns quatro dedos de comprimento saiu nas minhas mãos.

(com a palma esticada, como se a gaveta estivesse nas palmas das suas mãos).
Dentro havia tão poucos cartões que nem precisei contar.

(Devolve a gaveta)
Aí as lágrimas vieram.

(Abaixa a cabeça)
Caí em prantos.

(Cai de joelhos)
Soluçava tão forte que sentia uma dor que começava no estômago...

(aperta o estômago)
...e se expandia pelo corpo todo. Eu gemia de vergonha, da sufocante vergonha de tudo aquilo.

(Olha com desespero para aquele arquivo)
As fileiras de gavetas confundiam-se em meus olhos lacrimejantes. Ninguém poderia jamais saber deste quarto. Eu precisava trancá-lo e esconder a chave.

(Levanta e começa a enxuga as lágrimas)
Então, enquanto enxugava as lágrimas, eu O vi.

(Começa a se desesperar pela vergonha)
Não... Não Ele. Não aqui. Qualquer um, menos Jesus. Eu O olhava, indefeso,
(Jesus começa a abrir o arquivo e pega as ficha e lê)
Ele abria os arquivos e lia os cartões. Eu não podia suportar ver sua reação.

(Em desespero acena que não)
Nos momentos em que consegui fitar Sua face vi um pesar mais profundo que o meu. Ele parecia ir intuitivamente para as gavetas mais podres. Porque Ele tinha que ler cada uma das fichas? Finalmente... 

(Se vira)
Ele se virou e me encarou do outro lado do quarto. Ele me olhava com pena em Seus olhos. Mas era uma pena que não me zangava. Abaixei...

(abaixa a cabeça)
...minha cabeça, cobri minha face...

(com as mãos cobre o rosto
...e tornei a chorar.

(Jesus vai até ele)
Ele se aproximou de mim e...

(Jesus o abraça)
...me abraçou. Ele poderia ter dito tantas coisas, porém, nenhuma palavra saiu de sua boca. Ele apenas chorou comigo.

(Jesus se levanta e vai até o arquivo)
Depois se levantou e se dirigiu à parede de arquivos. Começando de uma extremidade Ele puxou uma gaveta...

(Jesus puxa a gaveta e encena que está pegando cada cartão e começa a assinar)
...e um a um, assinava Seu nome sobre o meu nos cartões.

(Corre até ele em um impulso de desespero)
Eu gritei, correndo até Ele. Tudo o que eu conseguia balbuciar era "Não, não!" Enquanto eu tirava a ficha de suas mãos.

(Tira a ficha da mão dEle)
Seu nome não poderia estar nos cartões. Mas lá estava, escrito com um vermelho tão intenso...

(olha com emoção para a ficha)
...tão escuro, tão vivo. O nome de Jesus cobria o meu. Seu Nome estava escrito com Seu sangue.

(pega a ficha com delicadeza das mãos de Jesus)
Ele delicadamente tomou de volta o cartão. Ele sorriu, com tristeza, e continuou assinando. Acho que jamais entenderei como Ele pôde fazê-lo tão rápido, pois no momento seguinte eu o vi fechando a última gaveta e voltando em minha direção. Colocou Sua mão no meu ombro e disse: "Está consumado". Logo Ele me levou para fora do quarto.

(Jesus o abraça)
Jesus (fala): meu filho eu conheço você, eu amo você! Eu morri e ressuscitei por você e quero fazer parte de sua vida. Se você quiser juntos construiremos uma nova história, o que passou eu comprei com meu sangue. Vem viver comigo! Vamos! Ainda há muitos cartões para serem escritos.

(juntos saem de cena)

Autor: Desconhecido
















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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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