terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Análise de conjuntura política é apresentada ao Consep

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consep2012fevereiro



Começou na manhã de hoje, 14, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), a primeira reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) de 2012.

Os bispos do Consep ouviram, entre outros assuntos, a análise de conjuntura que teve como destaque, no plano internacional, a crise mundial e, no plano nacional, a dívida pública e a crise da oposição.
pedrogontijoconsep2012Elaborada por uma equipe especialmente constituída para esse fim, a análise foi apresentada pelo secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), professor Pedro Gontijo. Ao avaliar a crise econômica mundial, o secretário a classificou como sendo profunda e com aspectos de ser duradoura, colocando países como Portugal, Irlanda, Espanha, Grécia, em situação delicada.
“A situação da Grécia, mesmo com a aprovação do pacote econômico pelo parlamento, não foi solucionada”, explicou Gontijo. Em sua opinião, a crise coloca em xeque a realização do sonho de unidade dos países da Europa conforme proposta da União Europeia, “já que a pauta econômica tira a autonomia dos países delimitando sua política”.
Outro ponto importante citado na análise foi quanto à questão ambiental no mundo. Gontijo afirmou existir um desinteresse por parte das lideranças mundiais por esta pauta, devido à política econômica. Segundo o secretário, a Rio + 20 e as definições do protocolo de Kyoto estão sendo “esvaziadas” na agenda internacional. “Nos fóruns, a pouca preocupação com a questão ambiental se expressa no esvaziamento dos líderes mundiais, com a presença de técnicos de terceiro escalão”, analisou.
Na análise da conjuntura no Brasil, o destaque foi a dificuldade de se alterar o padrão da política Brasileira. Em 2011, 45,5% dos recursos da União (R$ 708 bilhões de reais) foram utilizados para o pagamento de juros e amortizações. Enquanto isso, setores essenciais não tiveram os recursos necessários para estabelecer políticas coerentes. A saúde recebeu apenas 4% do orçamento da União; a educação 3%; a segurança menos de 1%, e a reforma agrária quase nada. “Vemos a inclusão dos mais pobres pelo consumo, e não pela cidadania”, afirmou Gontijo.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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