sábado, 21 de julho de 2012

Retiro dá pistas de espiritualidade missionária para animadores missionários e agentes de pastoral


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Retiro_de_Espiritualidade_Missionria



O Centro Cultural Missionário (CCM) de Brasília realizou entre os dias 16 e 20 de julho, o Retiro de Espiritualidade Missionária, “Uma espiritualidade missionária para tornar-se cristãos hoje”. Destinado a animadores missionários e agentes de pastoral, o retiro reuniu 14 participantes de várias regiões do Brasil.

Segundo a direção do CCM, o evento tem por objetivo introduzir um caminho de espiritualidade missionária por meio de momentos de oração, leitura orante, encontro, reflexão, partilha e celebração eucarística. Esses pontos são o forte do encontro, conforme nos contou o seminarista xaveriano Alfredo Leonardo Quirino, que estuda o 1º ano de filosofia em Curitiba (PR). “Aqui temos a oportunidade de ouvir pessoas experientes falar da missão, seguindo o silêncio, meditação, próprios de um retiro. Esse é o diferencial desta semana de espiritualidade”, diz o jovem, comparando com outros modelos de formação missionária.
Olivo Brunelli, missionário leigo da diocese de Vacaria, município de Ibiaçá (RS) representante do Conselho Missionário Diocesano, já fez experiência missionária na Amazônia e, quando soube do Retiro de Espiritualidade Missionária, não hesitou em participar. “Para eu anunciar Jesus tenho que conhecê-lo primeiramente. Já fiz missão no Amazonas, mas se eu tivesse tido a experiência após ter participado desse retiro, certamente teria sido diferente”, conta.
Também participou do retiro a religiosa do Instituto da Imaculada Conceição de Nossa Senhora de Lourdes, irmã Wanderlita Meira de Araújo, que trabalha com crianças, em um orfanato de Governador Valadares (MG). Participa do encontro para entender como a Igreja hoje pensa a dimensão missionária. “Para mim, missão não é apenas ir além-fronteiras, mas estar também ao lado daqueles que mais sofrem em nossa própria realidade”, disse. “Estou aqui porque nunca me convenci da que a missão só se faz no âmbito ad gentes (para os povos não cristãos/além-fronteiras). Para mim, a missão é aqui também”, disse a religiosa que questiona o orientador do retiro, padre Guido Labonté, sobre o pensamento.
O orientador do retiro, por sua vez, concorda com irmã Wanderlita e explica o significado da missão além-fronteiras. “Quando Jesus envia seus discípulos em missão, ele diz: ‘Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 19)’, portanto, é um mandato que nos interpela a sair de si para um lugar onde há necessidade de fazer Jesus conhecido e amado”, explica. Padre Guido continua. “Quando falamos sair, não necessariamente precisa ser geograficamente, pois a missão é aqui também, mas o sair refere-se à necessidade da missão se fazer além de mim, das minhas próprias fronteiras. O aqui e o além-fronteiras devem se complementar”.
O objetivo do retiro, explica ainda o orientador, “é ajudar a refletir sobre como tornar-se cristão hoje na linha da missão ligada à espiritualidade. Aprofundar a partir da Bíblia a fonte da espiritualidade missionária”. De acordo com ele, o diferencial do retiro para um encontro de formação missionária é que, “enquanto a formação dá elementos de conteúdo sobre missão e é uma fonte de métodos de discussão, o retiro dá pistas de reflexão pessoal à luz da Palavra de Deus, nos leva à incidência comunitária na vida social”, completa.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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