terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mobilidade Humana – desafios da Missão


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EncontroJundiaiRosita2012







A questão dos haitianos no Brasil e do tráfico de pessoas foram temas de um curso realizado nos dias 19 a 21 de outubro passado, pelo Setor Mobilidade Humana da CNBB em Jundiaí (SP). O assunto será aprofundado pela Igreja do Brasil em 2014, quando a Campanha da Fraternidade será realizada com a temática do “tráfico humano”.
A assessora do curso foi a Ir. Rosita Milesi, integrante do Setor Pastoral da Mobilidade Humana da CNBB e Diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH). Em relação ao Haiti, a religiosa destacou a situação precária e sofrida amplamente pela população daquele país. “O Haiti precisa de ajuda. É um clamor que devemos fazer ecoar pelo mundo”, afirmou a religiosa.

Atualmente, já são mais de 7.500 haitianos no Brasil. “Estes imigrantes que aqui buscam oportunidade de trabalho e de vida digna estão distribuídos por todo o país. Fazem um esforço para integrar-se e, sobretudo, para encontrar trabalho e uma remuneração que lhes possibilite viver em condições mínimas de dignidade aqui, mas, principalmente, de enviar recursos para suas famílias que ficaram no Haiti”, explica Rosita. A assessora exemplificou o que precisa ser feito em prol deste grupo:  capacitação, curso de português, trabalho, emprego, ajudas emergenciais, apoio moral e religioso, e convivência social.

Outro tema abordado foi o tráfico humano, onde se buscou aprofundar as razões éticas e de fé que levam a Igreja a combater este crime que se configura como forma atual de escravidão. “A escassez de estatísticas e de registros desta forma cruel de exploração deixa a sociedade ainda sem perceber sua amplitude. Mas, aos poucos, vai se revelando um mundo que se constitui num verdadeiro comércio de seres humanos para as mais vis finalidades: trabalho escravo, exploração sexual, comércio de órgãos, entre outras. E aqui, novamente, o chamado a estarmos ao lado das vítimas para reerguê-las e curá-las, para denunciar estas violações e para demandar o poder constituído a tomar medidas de enfrentamento a este crime e a implementar políticas públicas de assistência às pessoas escravizadas”, concluiu Ir. Rosita.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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