terça-feira, 27 de novembro de 2012

A Campanha para a Evangelização


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A Igreja existe para evangelizar. (...) Anunciar, por palavras e ações,
Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida (Jo 14,6) (cf. GS, n.1).

A CNBB, ao longo dos sessenta anos de sua existência, tem exercido importante serviço para a Igreja no Brasil, a fim de cooperar no exercício de sua missão de evangelizar. Esse serviço se torna ainda mais relevante, porque hoje ressoa em todo o corpo eclesial o apelo à conversão pastoral (cf. DGAE, n. 26) e ao empenho a favor de uma nova evangelização, impelida pelo amor a Cristo (cf. PF, n. 7).

Dentre esses vários serviços prestados pela CNBB, destacamos a organização das campanhas. Elas se constituem em eventos evangelizadores e proporcionam às comunidades: formação a partir da reflexão de uma temática; despertam para ações transformadoras; organizam a solidariedade com uma coleta para finalidades específicas. As campanhas têm demonstrado grande poder de adesão e mobilização, com a participação dos Regionais da CNBB, das Dioceses e respectivas comunidades. Portanto, elas testemunham a comunhão da Igreja no Brasil e evidenciam a importância da subsidiariedade entre os diversos âmbitos de atuação eclesial.

Neste texto, ressaltamos a Campanha para a Evangelização, a mais jovem dentre as campanhas promovidas pela Igreja no Brasil, instituída na Assembleia Geral dos Bispos de 1997 e realizada pela primeira vez no ano de 1998. Ela inicia-se na Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo e se estende até o terceiro domingo do Advento, quando nossas comunidades são chamadas a participarem da coleta para a evangelização.

Essa campanha, que associa a Encarnação do Verbo de Deus e o nascimento de Jesus com a missão permanente de evangelizar da Igreja, mostra a todos os fiéis que eles são chamados a contribuir efetivamente no processo de evangelização, para que os valores que Jesus pregou no Evangelho se encarnem no cotidiano das pessoas e o Reino de Deus se torne palpável em nosso meio, proporcionando vida em abundância a todos.

A Igreja, pela Campanha para a Evangelização, se dirige a todos os seus membros, mas quer despertar os leigos para o compromisso evangelizador decorrente da graça batismal e para a responsabilidade referente à manutenção das suas atividades pastorais. Seja atividades pastorais paroquiais e diocesanas, mais fáceis de serem identificadas pelos fiéis, seja atividades de âmbitos mais amplos, como das Regionais da CNBB e da própria CNBB Nacional, as quais dependem dessa colaboração dos católicos.

A acolhida dessa mensagem da Campanha para a Evangelização, certamente, gera colaboração consciente na coleta para a evangelização, que ocorre no terceiro domingo do Advento. Coleta que se torna colheita dos frutos amadurecidos no Advento a serem colocados em comum e a serviço da Evangelização. E suas benesses ressoarão por toda a Igreja no Brasil, pois o arrecadado neste final de semana é dividido da seguinte forma: 45% permanece na própria diocese; 20% é encaminhado para os Regionais da CNBB; e os demais 35% para a CNBB Nacional.

A Campanha para a Evangelização deste ano tem como lema: “Eu vi e por isso dou testemunho: Ele é o Filho de Deus” (Jo 1,34). Todos os fiéis precisam contribuir, à sua maneira, para o anúncio desta boa notícia, pois “há muitas pessoas que... vivem uma busca sincera do sentido último da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo” (PF, n. 10) e a vida é negada ou ameaçada por várias formas de banalização e desrespeito, como nos lembram as Diretrizes (cf. DGAE, n. 21).

Nesse contexto, a Igreja é desafiada a suscitar nas pessoas o desejo de encontrar Jesus Cristo (cf. DGAE, n. 29) num tempo que o testemunho é valorizado (cf. DGAE, n. 33). Que a Campanha para a Evangelização faça ecoar entre nós o que escreveu recentemente o Papa Bento XVI: “esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade” (PF, n. 9).

Diante disso, vemos que a Campanha para a Evangelização tem um papel importante a cumprir no contexto atual, para auxiliar a Igreja no cumprimento da sua missão evangelizadora e tornar mais vigoroso o seu testemunho. Agradeçamos ao nosso Deus por esta inspiração do Espírito Santo à Igreja no Brasil.
Pe. Luiz Carlos Dias
Secretário Executivo da Campanha para a Evangelização

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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