Entre os temas do seminário, estão o acesso aos recursos públicos e o aprimoramento de incentivos fiscais para doações de pessoas físicas e jurídicas. A representante da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas), Denise Fahon, lembra outro aspecto importante que está na pauta do Seminário. “Creio que um dos nossos desafios é dialogar na construção das políticas públicas. Não é possível que as entidades que atuam na linha de frente há tantos anos não tenham nada a dizer da forma como elas entendem que deva ser a atuação do Estado em diversos assuntos”.
Durante o seminário, serão realizadas mesas de debates com representantes da sociedade civil que atuam no diálogo com o Governo Federal. São temas gerais: Marco Regulatório; Entidades e organizações sem fins lucrativos e beneficentes; e as organizações religiosas. As sugestões colhidas nos grupos serão debatidas em plenário. Na tarde de terça-feira, está prevista a presença do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que vai ouvir as sugestões dos participantes do seminário.
“Queremos dar uma colaboração maior para que o Marco Regulatório determine precisamente a relação do Estado com a sociedade, com as entidades civis que prestam ajuda e um cuidado especial com os pobres, marginalizados, os excluídos”, explicou dom Leonardo.
A ausência deste Marco Regulatório proporciona uma série de dificuldades para as entidades. “Nós temos cerca de 2.100 entidades que tem dificuldade de realizar a prestação de contas, porque não são aceitas a prestação de contas de atividades realizadas na relação dos direitos. E os direitos hoje são fundamentais para as pessoas em nossa sociedade”, lembra dom Leonardo. Já Arlete Dias, do grupo de trabalho da CNBB que trata da questão do Marco Regulatório, fala de outras dificuldades. “Há um clima de ameaça, pois o Estado, que desonera a tributação de automóveis, fala também em tirar as isenções fiscais que nós temos”.
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