quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil comemora 30 anos


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O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) comemorou, no dia 30 de novembro, 30 anos de atuação e caminhada ecumênica. Para celebrar essa data, três atividades foram programadas ao longo do dia. A primeira foi uma roda de diálogo, que reuniu representantes da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), ex-presidentes do CONIC, diretores e membros do Conselho Curador, composto por presidentes das Igrejas que compõem o Conselho. O segundo momento foi uma reunião na sede recém reformada, encerrando com uma celebração ecumênica na Paróquia São José Operário, que contou com aproximadamente 150 pessoas.

Roda de Diálogo
A primeira atividade do dia teve como sede o Centro Cultural de Brasília. O momento foi aberto com o presidente do CONIC, dom Manoel João Francisco, dando as boas vindas aos presentes. Logo após, cada um dos participantes puderam colocar, para a meditação do grupo, fatos importantes que têm acontecido no mundo e que geram impacto na vida de muitos, como o reconhecimento da Palestina enquanto “Estado Observador” nas Nações Unidas, as tentativas sérias de combate à violência, o Fórum Social Mundial Palestina Livre, o Dia do Evangélico, entre outros.
Também foi feita uma partilha do texto bíblico de Efésios 2:18-22 e, na etapa seguinte, a diretora executiva da CESE, Eliana Rolemberg, falou sobre dois assuntos importantes não apenas para as Igrejas e os movimentos sociais, mas para todo o país: o Marco Regulatório, que deverá definir as relações entre o Estado brasileiro e entidades da sociedade civil, e a Comissão Nacional da Verdade, que pretende apurar as violações aos direitos humanos praticados por agentes públicos ocorridos entre 1946 e 1988.
DomLeonardo30anosconicTambém estiveram presentes no momento o 1° e a 2° vice-presidente do CONIC, dom Francisco de Assis e presbítera Elinete Miller, respectivamente; o tesoureiro e a secretária geral, pastor sinodal Altemir Labes e pastora Romi Bencke; o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Leonardo Steiner; o pastor presidente da IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Nestor Friedrich; a moderadora da IPU – Igreja Presbiteriana Unida, Anita Sue; o bispo primaz da IEAB – Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, dom Maurício Andrade; a presidente da CESE, Eleni Rodrigues, acompanhada da 2° secretária da entidade, Girlaine Gomes; o bispo auxiliar da arquidiocese de Salvador (BA), dom Gilson Andrade; os ex-presidentes do CONIC, dom Sinésio Bohn, Adriel Maia (metodista) e Rolf Schünemann (luterano), juntamente com o ex-secretário geral Ervino Schmidt; o pastor Guilherme Lieven (IECLB) e o assessor de política da CNBB, padre Geraldo Martins.
Reunião na Sede
A reunião na sede do Conselho foi marcada por muita emoção. Inicialmente, dom Manoel apresentou as novas instalações do espaço, especialmente decorado para receber os convidados. Uma das salas recém inaugurada trazia objetos que faziam alusão ao CONIC ainda em Porto Alegre (RS), afinal, foi lá que tudo começou. Na sala ao lado, também inaugurada no dia, a decoração e os objetos dispostos já lembravam o planalto central, uma referência à transferência do Conselho para a Capital Federal.
Um dos momentos que reservou grandes surpresas foi descerramento da galeria dos ex-presidentes, uma homenagem àqueles que muito contribuíram para o crescimento e amadurecimento do CONIC. A presidente da CESE, Eleni Rodrigues, e o presidente do CONIC, dom Manoel, puxaram juntos o manto vermelho que cobria a Galeria e, em seguida, cada um dos ex-presidentes, que agora também contava com a presença do pastor Carlos Möller, fizeram uma pequena memória de suas gestões.
Vale lembrar que as cinco igrejas-membro foram presenteadas com um quadro com a logo comemorativa dos 30 anos do CONIC, além da CESE, tendo em vista a longa parceria entre as duas entidades. “Somos gratos pela vida do CONIC e por sua longa caminhada. Hoje podemos, mais uma vez, celebrar esse aniversário e reafirmar o compromisso da CESE com o CONIC e o ecumenismo”, disse Eleni.
O momento ainda contou com a presença do delegado patriarcal da ISOA – Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, dom Tito Paulo Hanna; da secretária da diretoria do CONIC, Zulmira Inês; do ex-secretário geral Gabriele Cipriani e do membro da Comissão Teológica Joanilson Pires do Carmo.
Celebração Ecumênica
Realizada na Paróquia São José Operário, em Brasília, a celebração ecumênica reuniu cerca de 150 pessoas, entre autoridades do meio religioso e autoridades civis, representantes de organismos ecumênicos, dos movimentos sociais, além de amigos, familiares e parceiros de caminhada.
No momento da pregação, dom Manoel falou da importância de se cultivar uma fé sólida, mas baseada na compreensão e na aceitação do outro, no amor ao próximo e na valorização das diferenças. “A diferença é uma fonte de riqueza na busca da verdade”, disse, enfatizando que o CONIC está aberto à adesão de outras igrejas “queremos atrair novas Igrejas e, com isso, ampliar o diálogo”, encerrou.
A instalação oficial da pastora Romi como secretária geral também foi outro momento solene. Para isso, acompanhou dom Manoel o pastor presidente da IECLB, Nestor Friedrich.
Autoridades religiosas e parceiros de caminhada do CONIC, presentes na celebração dos 30 anos, falaram sobre o importante papel do Conselho na promoção da paz, na busca por justiça e na construção de uma sociedade mais fraterna. Leia abaixo:
Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília
“Nosso sentimento com esses 30 anos é de gratidão a Deus, de gratidão a todos que têm contribuído para que o Conselho chegasse até aqui. Ainda temos um desafio imenso que é a unidade dos cristãos, e os caminhos a percorrer são longos. Mas não nos falta esperança e, particularmente, acredito que esta celebração seja ocasião para retomar um ânimo ainda maior, com mais disposição e vigor rumo ao ecumenismo. Assim fazendo, procuramos responder a palavra de Jesus ‘que todos sejam um’”.
Pastor Nestor Friedrich, presidente da IECLB
“A celebração dos 30 anos do CONIC é um momento muito bonito. A IECLB é uma igreja que sempre acompanhou esse processo, aliás, somos uma igreja que aposta muito na caminhada ecumênica, temos o ecumenismo no nosso DNA. Cabe dizer que o papel do CONIC é fundamental no sentido de unir as igrejas na busca de alternativas, para pautar agendas que, enquanto igrejas isoladas, não seria possível. Exemplos disso são a questão da terra, os conflitos que envolvem a terra, e o Marco Regulatório, dois temas de enorme importância e que só vamos conseguir avançar se pautarmos isso de forma conjunta”.
Anita Sue, moderadora da IPU
“Nesse momento de celebração e de alegria pelos 30 anos do CONIC, tendo em vista que o Conselho já nomeou sua primeira secretária geral, a pastora Romi, e falo isso como a primeira moderadora da IPU, que tal começarmos a pensar sobre a possibilidade da primeira mulher presidente do CONIC?”
Dom Maurício Andrade, primaz da IEAB
“A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil está junto ao CONIC desde a sua fundação e, de nossa parte, digo que é muito gratificante ter acompanhado todo esse crescimento. Com a transferência do Conselho de Porto Alegre (RS) para Brasília, centro das decisões e encaminhamentos políticos do país, o CONIC assumiu um papel de representatividade das igrejas-membro muito marcante. Enfim, dou graças a Deus pelos avanços conseguidos até agora, avanços esses representados pela manutenção do sonho ecumênico, do sonho da unidade, da caminhada conjunta na proclamação do evangelho de Jesus Cristo”.
Eliana Rolemberg, diretora executiva da CESE
“CONIC e CESE estão muito articulados, mantêm uma parceria muito boa! Estamos animados com as novas possibilidades de trabalho conjunto entre as duas instituições, afinal, sempre caminhamos juntos em uma mesma direção. A Romi, como secretária geral, é uma pessoa muito dinâmica. Além disso, a diretoria está muito comprometida no sentido de dar novos passos, e a gente se alegra muito com isso”.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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