quinta-feira, 4 de março de 2010

As Pastorais e Movimentos

As Pastorais e Movimentos

Conceito:

A Palavra POIMÈN , tem o significado de pastor e é encontrada na literatura indogermânica e em escritos suméricos era atribuída à divindade e aos governantes. Na tradição hebraica do antigo testamento esta compreensão era comum, significando um serviço de proteção e vigilância do Rei sobre o povo, à semelhança da proteção divina. Ez 34,2; Jr 3.14 e Is 40,11.

Sl (77) 78,70-71 : 70. Escolhendo a Davi, seu servo, e o tomando dos apriscos das ovelhas. 71. Chamou-o do cuidado das ovelhas e suas crias, para apascentar o rebanho de Jacó, seu povo, e de Israel, sua herança.

“Pastoral é a arte e a ciência de ser Pastor” (identificando apostolado com pastoral). G. Cardaropoli afirma: “A Pastoral constitui, na realidade, o ponto de convergência de todas as ciências teológicas, à medida que elas não representam a pura pesquisa, mas são ordenadas a iluminar a ação salvífica que a Igreja é chamada a realizar no decorrer da história”.

Segundo Galilea pastoral é a transformação econômico-político-religiosa, através dos dados da fé, comprometida com Deus, com o irmão e com a sociedade, em busca do Reino, na tentativa de justificar o ponto de partida da teologia da libertação na América latina. È a metodologia pastoral a partir de uma práxis.

Galilea lembra que não podemos deixar de descobrir a “Igreja que nasce do povo” ao refletir sobre sua situação, caminhada histórica e triste realidade, povo que se organiza em pequenos grupos de Igreja, que chamamos “comunidades de Base ou CEBs, etc.”

O Concilio Vaticano II motivou nota explicativa que diz: “A constituição pastoral sobre a pastoral da Igreja no mundo de hoje consta de duas partes, mas é um todo. Ela é chamada ‘pastoral’ porque, baseada em princípios doutrinários, tem intenção de exprimir as relações da Igreja com o mundo e os homens de hoje, por isso nem na primeira parte está ausente a intenção pastoral, nem na Segunda falta a intenção doutrinária!” (Cf Nota Introdutória GS)

O Concílio, porém, não restringe a ação pastoral aos padres, mas envolve igualmente os leigos e não pensa só na ação “dentro da Igreja”, mas se estende para fora, como a ação missionária.

O termo “pastoral” aparece 127 vezes nos documentos do Vaticano II, e ª Antoniazzi argumenta a favor, entre eles no sentido: Pastoral atividade ou instituição da qual também os leigos podem participar.

A pastoral de conjunto, orgânica e planejada no Brasil
A primeira etapa para uma pastoral de conjunto no Brasil foi a constituição da CNBB, em 1952. Seguiu-se o plano de Emergência, apenas em 1962, como primeiro projeto de ação coletiva, sintetizada num plano nacional.

Com ele se iniciou o processo de planejamento pastoral.

As diretrizes gerais para dinamizar e vitalizar a pastoral foram publicadas em 1983.

Os grupos e movimentos na Igreja
O surgimento e a presença cada vez mais atuante de grupos, CEBs, movimentos e associações, é um tema atualíssimo na paróquia, e por surgem algumas questões:

Estas novas formas são exclusivamente problemas (como alguns pensam) para a organização, ou podem representar alternativas para a instituição?

Querem liquidar velhas estruturas disfuncionais, ou nem pensam nisto?

Trazem alguma proposta?

Existem os grupos informais e grupos institucionalizados.

Grupos informais, também se denominam espontâneos, de base, naturais, paralelo, Igreja subterrânea, Segunda Igreja, comunidades “flutuantes” etc. São formados por pessoas que se reúnem sem a instituição ou o controle de alguma autoridade que determine o seu comportamento e prescreve os temas a serem desenvolvidos. Existe um processo crescente de grupalização na Igreja. Alguns são fugazes (Propenso a fugas) e passageiros, outros se institucionalizam aos poucos.

Grupos institucionalizados, promovidos e acompanhados pela autoridade, mais próprios de associações e serviços programados, com textos e prioridade assumidas, por sugestão externa ao grupo ou pela consciência de participação crescente, como Focolares, Cursilhos, Carismáticos etc.

Salta aos olhos que o maior esforço da Igreja se concentra na pastoral. Ali o maior numero de agentes se consagra á evangelização e ensino, á catequese e à celebração, à organização da vida eclesial e à penetração no mundo. È o maior desempenho quantitativo e qualitativo da Igreja, através do maior número de obras e pessoas. A paróquia é o alvo, o centro e o exercício do poder clerical. (Ivo José Kreutz)

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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