domingo, 1 de agosto de 2010

As Virtudes

O que é a virtude

Diz-se que a natureza é o princípio radical das operações; a natureza, pois, não é operativa em quanto tal, mas o faz mediante as potências ou órgãos quando é natureza corpórea: vemos com os olhos, ouvimos com os ouvidos, conhecemos com a inteligência. Se são exercitadas, as potências e órgãos adquirem formas estáveis de atuação, ou hábitos operativos, que, se são bons, são chamados de virtudes; se maus, vícios. A virtude, portanto, é uma qualidade boa, que aperfeiçoa de modo habitual as potências, inclinando o ser humano a fazer o bem.

Virtudes Teologais

 é uma virtude sobrenatural pela qual – apoiados na autoridade de Deus - cremos nas verdades que Deus revelou e a Igreja nos ensina.

Esperança é uma virtude sobrenatural pela qual confiamos em que Deus nos dará a glória mediante sua graça e nossa correspondência a ela.

Caridade é uma virtude sobrenatural pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas – por quem é – e ao próximo por amor a Deus.

Virtudes Cardeais
As virtudes mais excelentes são as virtudes teologais que se referem diretamente a Deus; mas também são importantes as virtudes morais, que aperfeiçoam o comportamento do individuo nos meios que conduzem a Deus. Se pensamos no modo de adquiri-las, umas são virtudes naturais ou adquiridas, pois são conseguidas com as forças da natureza; outras, sobrenaturais, se são concedidas por Deus, de modo gratuito. As virtudes teologais sempre são sobrenaturais ou infusas; mas virtudes morais podem ser adquiridas ou infundidas por Deus.

O ser humano pode realizar atos bons com as forças naturais, adquirindo virtudes. Por exemplo: a sinceridade, a laboriosidade, a discrição, a lealdade... As principais virtudes morais, chamadas também VIRTUDES CARDEAIScardeais – porque são como o gonzo (o ponto de apoio das portas grandes), o fundamento das demais virtudes – são a prudência, a fortaleza e a temperança.

A prudência é a virtude que dispõe a razão prática para discernir – em toda as circunstâncias – nosso verdadeiro bem, escolhendo os meios justos para realiza-lo.

A justiça é a virtude que nos inclina a dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido, tanto individual como socialmente.

A fortaleza é a virtude que no meio das dificuldades assegura a firmeza e a constância para praticar o bem.

A temperança é a virtude que refreia o apetite dos prazeres sensíveis e impõe a moderação no uso dos bens criados.

Além das virtudes cardeais, o ser humano deve praticar as outras virtudes morais, especialmente a da religião, a humildade, a obediência, a alegria, a paciência, a penitência e a castidade.

Virtudes naturais e graça sobrenatural

Às vezes é difícil viver as virtudes naturais porque, depois do pecado original, o ser humano está desordenado e sente a
inclinação ao pecado; mas Deus concede a graça que as purifica e potencia elevando-as à ordem sobrenatural, para que nos ajudem a obter o fim ao qual estamos chamados: a eterna bem aventurança, o céu. Então, as virtudes, sem deixar de ser naturais, são também sobrenaturais.

Com a ajuda de Deus, as virtudes naturais forjam o caráter e dão soltura na prática do bem. O ser humano é feliz ao praticar a virtude.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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