sábado, 2 de outubro de 2010

Os mandamentos da Igreja

2041. Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida
litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatória dessas leis positivas promulgadas
pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no
espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo.
2042. O primeiro mandamento da Igreja ("Participar da missa inteira nos domingos e
outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho") ordena aos fiéis que
santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor e as festas litúrgicas em
honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro
lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se
abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias.
O segundo mandamento ("Confessar-se ao menos uma vez por ano") assegura a
preparação para a Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que
continua a obra de conversão e perdão do Batismo.
O terceiro mandamento ("Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da
ressurreição") garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em
ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia Cristã.
2043. O quarto mandamento ("Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa
Mãe Igreja") determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as
festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a
liberdade de coração.
O quinto mandamento ("Ajudar a Igreja em suas necessidades") recorda aos fiéis que
devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as
próprias possibilidades.
III. Vida moral e testemunho missionário
2044. A fidelidade dos batizados é condição primordial para o anúncio do Evangelho e
para a missão da Igreja no mundo. Para manifestar diante dos homens sua força de
verdade e de irradiação, a mensagem da salvação deve ser autenticada pelo testemunho
de vida dos cristãos: "O próprio testemunho da vida cristã e as boas obras feitas em
espírito sobrenatural possuem a força de atrair os homens para a fé e para Deus.
2045. Por serem os membros do Corpo cuja Cabeça é Cristo os cristãos contribuem, pela
constância de suas convicção de seus costumes, para a edificação da Igreja. A Igreja
aumenta, cresce e se desenvolve pela santidade de seus fiéis até que "alcancemos todos
nós (...) o estado de homem perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo" (Ef
4,13).
2046. Por sua vida segundo Cristo, os cristãos apressam a vinda do Reino de Deus, do
"Reino da justiça, da verdade e da paz". Nem por isso se descuidam de suas obrigações
terrestres; fiéis a seu Senhor e Mestre, eles as cumprem com dão, paciência e amor.
RESUMINDO
2047. A vida moral é um culto espiritual. O agir cristão se nutre da Liturgia e da
celebração dos sacramentos.
2048. Os mandamentos da Igreja se referem à vida moral e cristã unida à Liturgia, e dela
se alimentam.
2049. O Magistério dos pastores da Igreja em matéria moral se exerce ordinariamente na
catequese e na pregação, tendo como base o Decálogo, que enuncia os princípios da vida
válidos para todos os homens.
2050. O romano pontífice e os bispos, como doutores autênticos, pregam ao povo de Deus
a fé que deve ser crida e praticada nos costumes. Cabe-lhes igualmente pronunciar-se
sobre as questões morais que caem dentro do âmbito da lei natural e da razão.
2051. A infalibilidade do magistério dos pastores se estende a todos os elementos de
doutrina, incluindo a moral. Sem esses elementos, as verdades salutares da fé não podem
ser guardadas, expostas ou observadas.
Editado em 14/04/2009 por Evandro Luiz Pinheiro Silva
Jornalista pelo Registro 56020-SP de 20/02/09
Por força de liminar – Ação Civil Pública 2001.61.00.025946-3 e Portaria Ministerial nº. 22/207.
Bacharel em Direito.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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