A Catequese é um processo complexo, que envolve o todo da pessoa, e que ajuda a fazer com que o "mistério cristão" (a pessoa, a mensagem e missão de Jesus Cristo e tudo o que dele vem) tenha eco, ressoe na vida das pessoas, repercuta e transborde, atingindo o modo de ser, viver, fazer, se relacionar, organizar a vida social e esperar a vitória definitiva de Deus sobre a morte e todo mal. (Este blog é mantido como teste para a pagina do Blogueiros em catequese - na WEB)
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Avaliação do Ano Catequético Nacional – 2009
discipulado”, e como lema: “Nosso coração arde quando ele fala, explica as escrituras e parte o pão” (cf Lc 24,13‐35),
o Ano Catequético veio apoiar uma catequese de caráter iniciático, processual e permanente.
Teve como inspiração bíblica a experiência dos discípulos de Emaús. Os 17 regionais da CNBB dele
participaram, de uma forma intensa e frutuosa, através da produção de material, estudo e aprofundamento do texto
base, encontros de formação, eventos de massa, criação de escolas bíblico‐catequéticas e cursos de pós‐graduação
em catequética. Procurou‐se sensibilizar os bispos, presbíteros, primeiros responsáveis pela catequese, e trazer para
a reflexão agentes leigos/as, pastorais e movimentos.
Todas as atividades desenvolvidas em preparação à Terceira Semana Brasileira de Catequese foram
delineando a concepção de uma catequese bíblica, vivencial e celebrativa, tendo como eixo norteador a “Iniciação à
Vida Cristã”, que se torna uma grande inspiração para ação catequética da Igreja no Brasil.
Agora chegou o momento de avaliar toda a caminhada e, de modo especial, o Ano Catequético, que não
ficou restrito às/aos catequistas, mas quis alcançar toda Igreja. Foram, então, propostas algumas questões para as
comissões episcopais pastorais que contribuíram diretamente para a realização do evento e para os regionais.
Síntese das respostas da Comissão Episcopal Pastoral de Liturgia:
Como foi o envolvimento da Comissão nas propostas e atividades do ANC?
Houve:
Participação direta na preparação e realização das celebrações
Participação na produção do CD do ANC
Divulgação e incentivo à vivência do ANC (roteiros homiléticos; celebrações da CNBB – textos na Revista de Liturgia,
indicação de dom Manoel e Pe. Domingos para a equipe do tema prioritário da AG, colaboração na produção do
subsídio Liturgia e Catequese de Frei Ariovaldo.)
Que desafios foram percebidos durante o ANC?
Precisamos:
Aprofundar ainda mais a ligação entre Catequese e liturgia
Investir mais na formação litúrgica dos catequistas, especialmente para conhecerem a proposta ritual do RICA
Apresentar formas concretas de aplicação do RICA na catequese
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Que conseqüências práticas o ANC trouxe?
Fizemos progressos no que diz respeito a:
Solidificar a relação fraterna e complementar das 2 comissões (Liturgia e Catequese)
Compreender a dimensão catequética da liturgia e a dimensão litúrgica da catequese.
Síntese dos 17 regionais da CNBB:
Como foi o envolvimento do REGIONAL nas propostas e atividades do Ano Catequético Nacional?
De um modo geral houve:
‐ Estudo do texto base em todas as dioceses, envolvendo os catequistas, presbíteros, agentes de outras pastorais,
movimentos e organismos. Em algumas dioceses houve produção de material e contribuições apresentadas nas
Assembléias Regionais.
‐ Criação e re‐estruturação de escolas bíblico‐catequéticas, surgimentos de novos cursos de pós‐graduação em
pedagogia catequética.
‐ Celebrações eucarísticas e da Palavra na abertura e encerramento do ACN, concentrações, jornadas, congressos,
caminhadas, romarias aos Santuários (Juazeiro, Aparecida e Trindade).
Que desafios foram percebidos durante a caminhada do Ano Catequético?
Enfrentamos dificuldades para:
‐ Fazer do Ano Catequético um acontecimento de toda a Igreja.
‐ Superar uma certa resistência dos presbíteros à nova proposta de uma catequese a serviço da Iniciação à Vida
Cristã.
‐ Envolver os presbíteros nas atividades propostas.
‐ Lidar com a fragilidade da formação dos catequistas diante da missão de torná‐los verdadeiros discípulos
missionários, a exemplo dos discípulos de Emáus.
‐ Promover um trabalho conjunto e orgânico das pastorais.
‐ Envolver conscientemente os próprios catequistas e demais lideranças.
‐ Despertar a consciência de que a catequese é uma ação eclesial..
‐ Acentuar que a catequese não pode ser apenas ocasional, levando somente à preparação dos sacramentos, mas
precisa ser progressiva, orgânica e permanente.
‐ Inserir os catequistas na vida da comunidade.
‐ Promover formação permanente dos catequistas, tendo como base a palavra e liturgia.
‐ Apresentar aos adultos uma proposta de formação permanente.
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‐ Superar as distâncias e falta de investimento (financeiro) na formação dos catequistas.
‐ Rever os conteúdos das escolas bíblico‐catequéticas.
‐ Promover mudança de metodologia na ação catequética.
‐ Por em ação a centralidade da Palavra de Deus, a dimensão litúrgica, a instituição do ministério da catequese.
‐ Intensificar a dimensão missionária.
‐ Tornar efetiva uma nova concepção de catequese, superando a idéia de que catequese é apenas destinada às
crianças e adolescentes.
‐ Passar de uma catequese de instrução para uma catequese mistagógica.
Que conseqüências práticas o Ano Catequético trouxe para a Igreja Local?
Conseguimos:
‐ Mudanças na nossa pedagogia pastoral, com inspiração no jeito de ser e fazer de Jesus Cristo.
‐ Investimento na formação dos catequistas.
‐ Estudo do Documento nº 97 “Iniciação à Vida Cristã”.
‐ Criação de escola regional para articuladores da animação bíblico‐catequética.
‐ Formação bíblica para as coordenações diocesanas.
‐ Incentivo à catequese de inspiração catecumenal.
‐ Valorização e retomada da vocação de anunciar a Palavra de Deus.
‐ Consciência de sermos discípulos missionários.
‐ Maior envolvimento da família dos catequizandos.
‐ Trabalho conjunto com a pastoral familiar e vicentinos.
‐ Avanços em vista de uma pastoral de conjunto.
‐ Despertar para a eclesialidade.
‐ Despertar nos adultos a busca da formação e aprofundamento da fé.
‐ Implantar projeto de Catecumenato Batismal/Iniciação à Vida Cristã
‐ Instaurar um itinerário de iniciação à vida cristã em estilo catecumenal.
‐ Criação de escolas bíblico‐catequéticas para catequistas iniciantes.
‐ Elaboração de subsídio da catequese de inspiração catecumenal.
‐ Apoio e divulgação pela mídia católica dos eventos realizados.
‐ Ver o tema tratado em cursos de teologia.
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‐ Um olhar prioritário e comprometido com a catequese, por parte dos presbíteros e demais pastorais.
‐ Conscientização de uma catequese bíblica, celebrativa e vivencial a partir da iniciação à vida cristã.
‐ Projetos de formação permanente em vista da Iniciação à Vida Cristã.
‐ Acolhida da proposta de iniciação à vida cristã e aproximação com a liturgia, a a partir do estudo do texto base.
‐ Planejamentos diocesanos a partir das proposições do ACN.
‐ Estudo e vivência da Palavra de Deus.
‐ Catequese mais celebrativa.
‐ Entendimento de uma catequese renovada, sobretudo pelos presbíteros.
‐ Maior percepção da urgência em atender os adultos.
‐ Elaboração de Diretrizes Diocesanas para a caminhada catequética.
‐ Organização de novas escolas de formação de catequistas e coordenadores de catequese.
DESTAQUES
Foram consideradas como consequências importantes desse trabalho, em regionais e dioceses diferentes:
‐ Um Congresso do Regional, que trouxe um novo jeito de compreender e realizar a educação da fé no mundo pósmoderno;
a alegria de SER CATEQUISTA, abriu novos horizontes para a catequese do regional.
‐ A realização da 2ª Romaria dos catequistas em Juazeiro do Norte, com mais de 5000 romeiros, vindos de todas as
dioceses do Ceará. O evento contou com a presença de Dom Eugênio Rixen.
‐ O esforço de todas as paróquias na realização das atividades propostas pela Diocese, mesmo tendo que participar
de outros eventos, como o 12º Intereclesial.
‐‐ Um Curso de Pós‐Graduação.
‐ Um 1º Congresso de Catequese sobre tema Iniciação à Vida Cristã e a Palavra de Deus.
‐ O início da Escola Bíblico‐Catequética do Regional.
‐ A participação de um integrante da coordenação regional de catequese no Conselho do Fórum do Direito da
Criança e do Adolescente.
‐ A elaboração de subsídios.
‐ O estudo, reflexão e mentalização sobre a Iniciação à Vida Cristã.
‐ A participação de todas as dioceses do Regional na Terceira Semana Brasileira de Catequese.
‐ A participação de Dom Jacinto Bergmann, bispo referencial da Animação Bíblico‐Catequética do Regional Sul 3.
‐ O lançamento de um livro sobre catequese familiar.
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AVALIAÇÃO DA TERCEIRA SEMANA BRASILEIRA DE CATEQUESE
A avaliação da Terceira Semana Brasileira de Catequese foi realizada através de questões objetivas e
subjetivas, respondidas pelos participantes no final do evento. Dessa forma a tabulação foi feita através de gráficos.
Passamos a apresentar uma síntese das questões respondidas.
Ficou bem claro que estamos vivendo uma mudança de época. Tomamos consciência disso e por isso é
preciso repensar a caminhada catequética, partindo de uma mudança de mentalidade. Há necessidade de se investir
na formação de um novo catequista e de se aprofundar o estudo sobre a iniciação à vida cristã com experiências
concretas sobre catecumenato. É necessário, também, que se dê mais formação catequética aos presbíteros, de
modo que bispos e presbíteros se envolvam mais com a catequese, valorizando as iniciativas dos catequistas em sua
tarefa de evangelização.
Precisamos de uma catequese que se relacione mais com as pessoas, principalmente, com os adultos e as
famílias dos catequizandos. É necessária uma catequese mais afetiva, experiencial, que vivencie a pedagogia e o
seguimento de Jesus. É preciso se desinstalar e ter ousadia para conduzir catequistas e catequizandos ao amor de
Deus. Uma nova concepção de catequese não só deve valorizar a metodologia, mas também a dimensão bíblica e
integrar catequese e liturgia. Deve, principalmente, dialogar com as outras pastorais com o objetivo de criar uma
pastoral de conjunto e construir comunidades catequizadoras.
Em encontros desse porte, deve‐se levar mais em conta a dinâmica de participação da assembléia, com
trabalhos de grupo e partilha entre Regionais e Dioceses. A interatividade da assembléia é muito importante e deve
ser considerada na organização de futuros eventos.
O tema central ‐ Iniciação à Vida Cristã, poderia ter sido melhor aprofundado, evidenciando uma correlação mais
explícita com as demais temáticas desenvolvidas, tanto na assembléia como nas oficinas.
Reflexão
Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça
CNBB - Imprensa
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