Através de uma carta assinada
pelo arcebispo de Olinda e Recife (PE), dom Fernando Saburido, que é bispo
referencial da Pastoral da Saúde do Regional Nordeste 2 da CNBB (Alagoas,
Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) e por Vandson Holanda, coordenador
regional da entidade, o Regional Nordeste 2 inicia os preparativos para o 20º
Dia Mundial dos Enfermos, que acontecer no próximo dia 11 de fevereiro.
No texto da carta, dom
Fernando e Vandson convidam todas as dioceses, paróquias e organizações da
saúde da região a realizar atividades nas comunidades e hospitais tendo a
preocupação com o doente em destaque. “Será uma grande oportunidade para
refletirmos a atenção dada aos nossos irmãos fragilizados. Aquele que está
enfermo deve estar no centro da nossa atenção para que nenhum deles se sinta
esquecido ou marginalizado” completa texto.
Foi enviado às dioceses,
paróquias e hospitais do regional, o cartaz que traz uma imagem de Nossa
Senhora de Lourdes e espaço para as comunidades incluírem suas atividades locais.
Apóiam a iniciativa a Santa Casa de Misericórdia de Recife e as Edições
Paulinas.
Dia Mundial dos Enfermos
A data foi instituída em 1992
pelo papa João Paulo II por ocasião da solenidade da Virgem de Lourdes. Para o
papa “a pessoa doente, além de cuidados terapêuticos, deve receber também
cuidados humanos que rompem a solidão e oferecem ao enfermo força para viver
uma situação de grande dificuldade".
Confira na íntegra a mensagem
de Natal de dom Fernando Saburido:
"Queridos irmãos e
irmãs,
O Natal é a festa da Palavra.
Nós, cristãos, acreditamos que uma Palavra revelou: o mundo está ‘grávido’ de
Deus. O nascimento de Jesus é a manifestação desse mistério da presença divina
na história. Atualmente, nossa sociedade está inflacionada por muitas palavras
e imagens. Tende a tornar a comunicação uma mera publicidade comercial. Por
isso, mais do que nunca, nós que cremos que a Palavra Divina se fez carne somos
chamados/as a testemunhar a importância e a centralidade desta Palavra em
nossas vidas e na nossa fé.
O mundo atual se debate em
uma grave crise econômica, ética e cultural. Em vários países, setores da
juventude têm ido às ruas e praças para pedir outra forma de organizar o mundo
que não seja a partir do mercado e do lucro privado de minorias, ao custo do
desemprego e do sofrimento de multidões. É uma situação de escuro, na qual não
se vislumbra um futuro promissor. Como na noite do Êxodo bíblico da qual fala o
livro da Sabedoria e a noite na qual nasceu Jesus em Belém, a Palavra de Deus
pode ser luz e servir de orientação para que o mundo resolva seus conflitos no
diálogo e no respeito ao direito de todos.
Hoje, o Natal vai além da sua
importante dimensão religiosa. Serve também de ocasião para que as pessoas se
confraternizem e expressem umas às outras o seu bem-querer. Isso é bom e
humano. Mesmo como festejo popular e simplesmente civil, o Natal pode ser uma
feliz ocasião de vivermos um encontro com as outras pessoas e isso está dentro
do espírito da celebração. Afinal, damos presentes uns aos outros porque
recebemos de Deus o primeiro e maior presente. Podemos viver essa troca de
presentes e de cartões desejando feliz Natal sem ceder ao comercialismo que
tenta fazer da festa mera ocasião de mais lucro e consumismo. O Natal pode ser
uma excelente contribuição do cristianismo para toda a humanidade, se esta
festa puder ser ocasião para se celebrar o diálogo e a amizade humana, sinais
privilegiados de que, em cada pessoa humana, há uma dimensão divina.
Celebramos este Natal de
2011, às vésperas do início das comemorações do 50º aniversário do Concílio
Vaticano II que trouxe à Igreja e ao mundo, como disse o papa João XXIII, um
novo Pentecostes. Neste cinquentenário do Concílio, a nossa arquidiocese está
vivendo um momento novo e fecundo. Os seis Vicariatos e as doze Comissões
Arquidiocesanas de Pastoral estão elaborando para nossa Igreja particular um
novo Plano de Pastoral que aplicará à nossa região as diretrizes pastorais da
CNBB (DGAE) e nos ajudará a sermos cada vez mais uma Igreja discípula de Jesus e
missionária, no testemunho do reino de Deus no mundo. O objetivo desse plano é
assegurar que nossa palavra seja expressão da Palavra Divina que nos foi dada
no Natal. O Plano de Pastoral deve fazer com que a nossa palavra seja, como diz
o Evangelho, acompanhada pelos sinais concretos que realizamos (Cf. Mc 16, 20).
A encarnação de Jesus em
nosso mundo aparecerá hoje se nos tornarmos, cada vez mais humanos e capazes de
dialogar e de viver em comunhão. O mundo reconhecerá essa presença de Jesus no
meio de nós se nossas vidas se tornarem sempre mais a serviço da humanidade.
Assim, testemunharemos que, dentro de nós mesmos e nesse mundo que jaz na
escuridão, há um presépio, no qual descansa não mais o menino Jesus e sim o
Cristo ressuscitado, na forma dos rostos concretos das pessoas com as quais
convivemos e que encontramos no hoje de nossas vidas.
Que a luz do amor divino
rompa todas as escuridões, de nossos corações e das estruturas do mundo. Com
este desejo imenso de viver o idioma do diálogo como cântico universal do
Natal, saúdo de coração a todos os fiéis da nossa arquidiocese, a todos os
irmãos e irmãs de outras Igrejas cristãs que, conosco celebram que o Verbo
Divino se fez carne e a todas as pessoas de boa vontade.
A todos/as, desejo um Feliz
Natal!"
Nenhum comentário :
Postar um comentário