A manhã desta quarta-feira, 29 de agosto, foi ocupada com um profundo debate sobre a metodologia geral da elaboração e execução da Campanha da Fraternidade (CF). Aproximando a ocasião na qual irá ser celebrado o cinquentenário desta iniciativa da CNBB, os bispos membros do Consep estão fazendo uma profunda revisão de todo o processo. Enquanto isso, também consideram as três campanhas que estão na pauta: a avaliação deste ano de 2012 que tratou da Saúde Pública, a elaboração final da campanha do ano que vem que será sobre a juventude e as definições básicas sobre a de 2014 que vai trazer o tema da Mobilidade Humana.
O padre Luiz Carlos Dias, secretário executivo da Campanha da Fraternidade, recordou as fases de preparação de uma campanha. Ao todo, leva-se quase três anos para cada edição. Inicia-se com o trabalho de pesquisa sobre o tema que envolve toda a Igreja no Brasil e depois, passo a passo, elaboram-se lema, hino e cartaz. Há vários anos, a CNBB também oferece uma série de subsídios para dinamizar a CF: material de reflexão e de oração dirigido às famílias, aos jovens, aos catequizandos, aos grupos ecumênicos, aos círculos bíblicos e outros.
Os bispos também consideraram parte por parte de todo o processo e ofereceram diretrizes para a continuidade de reflexão no sentido de melhorar os procedimentos em vista da elaboração e execução das campanhas. Um amplo debate se estabeleceu com significativa participação de todos os presidentes das comissões episcopais pastorais, como também de vários assessores dessas comissões.
Padre Francisco de Assis Wloch, subsecretário adjunto de Pastoral, lembrou os primórdios da CF do início dos anos de 1960 sublinhando que a campanha foi assumida pela CNBB durante assembleia geral realizada em Roma, por ocasião das sessões do Concílio Vaticano II, em 1963. Ele também destacou a elaboração e aprovação dos estatutos da CF realizadas nos inícios dos anos de 1970 mostrando a ênfase que tinha a palavra do Papa transmitida todos os anos, naquela época, em rede nacional de rádio e TV. Padre Francisco também repassou, brevemente, as três principais fases dos temas escolhidos para reflexão e oração na quaresma, durante a realização da CF. Entre 1963 a 1973 os temas apresentavam questões mais internas da Igreja. De 1973 a 1985 aparecem os temas referentes a realidade social do povo brasileiro e, a última fase, de 1985 aos dias atuais, os temas incluem os conteúdos das duas primeiras fases e acrescentam questões existenciais de grande importância.
A discussão sobre a CF continua no período da tarde e passa para questões mais práticas como a metodologia da elaboração do material de base, a garantia da participação dos regionais, a divulgação do tema, os concursos do hino e do cartaz e as avaliações. Os membros do Consep também prosseguem com vasta pauta neste segundo dia de reunião e se encontram para a celebração da eucaristia, as 18 horas, na capela da sede da Conferência.
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