sábado, 9 de fevereiro de 2013

Formação para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso


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Nos dias 01 a 03 de fevereiro, a Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, da CNBB, realizou o IV Simpósio de Ecumenismo e XVI Encontro de Professores de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso. O evento contou com 35 participantes, professores e agentes de pastoral oriundos diferentes regiões do país.

O Simpósio e Encontro de Professores refletiu dois temas: o censo do IBGE, 2010, sobre o pluralismo religioso no Brasil, com a assessoria da Professora Brenda Carranza, da PUC de Campinas. A Assessora apresentou os dados do censo e propôs linhas de leitura dos mesmos, destacando o fato de que a pluralidade religiosa no Brasil se intensifica a cada ano e que essa realidade apresenta uma complexidade nada simples para ser compreendida. Entre outros elementos, os dados do censo mostram que o Brasil é religiosamente plural e que é sobretudo o cristianismo pentecostal que mais cresce. Nesse contexto existem tensões entre igrejas e religiões que manifestam tendências de concorrência, atitudes fundamentalistas e não poucas vezes agressividade.
O segundo tema estudado foi “A mística do diálogo”, assessorado por Dom Francisco Biasin, Presidente da Comissão de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB. Dom Francisco apresentou o significado da palavra “mística”, em seu sentido etimológico, bíblico e teológico, destacando que trata-se de um horizonte mistérico no qual situa-se a existência da humanidade, de todos os povos e, consequentemente, todas as religiões. Apresentou a sintonia do termo com a palavra “espiritualidade” e as diferentes compreensões ou correntes de mística/espiritualidade na atualidade. Depois tratou da importância do diálogo, como o modo mais coerente de ser crente em Deus, desenvolvendo atitudes de tolerância e acolhida da alteridade.
Dom Francisco apresentou também a compreensão de mística/espiritualidade do diálogo nos documentos da Igreja Católica, sobretudo no Concílio Vaticano II. Em seguida, houve uma partilha dos participantes sobre as formas como as diferentes dioceses e regionais da CNBB está orientando o diálogo ecumênico e inter-religioso.
De acordo com o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso, padre Elias Wolff, “o evento atingiu o seu objetivo, que era possibilitar a formação para o diálogo ecumênico e inter-religioso. O que se espera agora é que os participantes do Simpósio/Encontro de Professores possam colaborar na construção desse diálogo nos diferentes espaços sociais e eclesiais onde atuam”, destacou.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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