quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Família educadora da fé!

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Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
Nos dias 11 a 17 de agosto, a Igreja no Brasil celebra a Semana da Família. Ela faz isso na consciência de que, conforme dizia o Papa Francisco numa entrevista à Rádio da Arquidiocese do Rio de Janeiro, “a família é importante e necessária para a sobrevivência da humanidade. Se não existe a família, a sobrevivência cultural da humanidade corre perigo. Nos apeteça ou não, a família é a base”. Em outros termos, conforme afirma a Constituição Federal no artigo 226, “a família é a base da sociedade”.

O tema que vai ser trabalhado na Semana da Família em 2013 é “a transmissão e educação da fé cristã na família”. Na Carta Encíclica “A luz da Fé”, o Papa Francisco afirma que “em família, a fé acompanha todas as idades da vida, a começar pela infância: as crianças aprendem a confiar no amor dos pais. Por isso, é importante que os pais cultivem práticas de fé comuns na família, que acompanhem o amadurecimento da fé dos filhos. Sobretudo os jovens, que atravessam uma idade da vida tão complexa, devem sentir a proximidade e a atenção da família e da comunidade eclesial no seu caminho de crescimento da fé” (n. 53).
Todos nós sabemos da importância que a família tem na transmissão e educação da fé. Basta, para isso, atentar para o pequeno número de pessoas das nossas comunidades que não nasceram em famílias cristãs. A grande maioria das lideranças comunitárias de hoje, inclusive de padres e religiosos, são provenientes de famílias com forte tradição religiosa.  Também o inverso é verdadeiro: a maior parte das pessoas que foram batizadas na Igreja e abandonaram a fé católica viveram em famílias com pouca prática religiosa. Isso nos comprova a afirmação de que “palavras comovem, mas o exemplo arrasta”. Pais que vivem exemplarmente a sua fé tendem a gerar filhos que também viverão a fé. Ou, como diz o médico psiquiatra Içami Tiba: “Pais que levam seu filho para a Igreja dificilmente precisarão visitá-lo no presídio”.
Em nosso Plano Diocesano de Pastoral colocamos a evangelização da família como um dos programas prioritários a serem trabalhados nos próximos anos. Uma das sugestões é a criação do “cantinho de Jesus” em todas as casas. Neste cantinho, a família é convidada a colocar o crucifixo, a Bíblia e a imagem do santo de devoção da família. Pensamos que, com isso, criaremos um ambiente mais propício para a vivência, transmissão e educação da fé, pois sem os sinais visíveis, a fé tende a perder espaço na família.
Convido as irmãs e os irmãos a aproveitaram a Semana Nacional da Família para aprofundarem os laços familiares. Aos pais faço um convite especial a que assumam o seu papel de transmitir a fé cristã aos seus filhos, educando-os nos princípios do Evangelho. Sobre todas as famílias, especialmente sobre os papais cujo dia comemoramos no domingo, invoco a benção e a proteção da família de Jesus, Maria e José.

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Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça

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