“Amarás o Senhor teu
Deus e ao teu próximo como a ti mesmo”
Leituras: Livro do Êxodo
22, 20-26; Salmo 17 (18), 2-3a.3bc-4.47 e 51 ab; Primeira Carta de São Paulo aos
Tessalonicenses 1, 5c-10; Mateus 22, 34-40.
COR LITÚRGICA: VERDE
Animador: Hoje estamos reunidos para celebrar o grande amor de Jesus
Cristo, por isso devemos lutar por um mundo melhor, pois o cristão cresce e se
valoriza quando se preocupa com o verdadeiro desenvolvimento do próximo. É esse
amor fraterno que dá sentido à nossa vida e das outras pessoas. Hoje é o dia
Nacional da Juventude. Rezemos por todos os nossos jovens, para que possam ser
evangelizadores nos ambientes em que vivem.
1. Situando-nos brevemente
Os confrontos dos adversários de Jesus nos ajudam a
firmarmo-nos sempre mais em seus ensinamentos, para que também nós saibamos nos
posicionar diante das questões que o mundo nos apresenta, para um maior
testemunho nosso do Evangelho.
O Senhor afirmou seu senhorio sobre a nossa vida no
domingo passado, relativizando os poderes políticos e exigindo que, mesmo com o
cumprimento do nosso dever de cidades ao assumirmos o pagamento de impostos,
tenhamos uma postura crítica diante da realidade, não servindo a outro senhor,
senão àquele que nos salvou.
Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus
foi a resposta de Jesus aos seus opositores, que procuraram colocá-lo em
situação desconfortável diante dos poderes políticos. A vida da humanidade e
das pessoas pertence a Deus e não a quem queira pôr-se em seu lugar.
Como decorrência, o amor ao próximo é a expressão de que
Deus não admite que seu povo seja enganado e vilipendiado. Neste domingo,
portanto, ouviremos a segunda tentativa (terceira das cinco na narrativa de
Mateus) dos inimigos de Jesus para apanhá-lo em palavras que pudessem
condená-lo. A questão posta pelo fariseu a Jesus diz respeito ao maior
mandamento da Lei. Estamos diante de uma questão de fonte bíblica que está na
base da originalidade da mensagem cristã, a partir da sua raiz judaica: o amor
a Deus e ao próximo.
Dessa forma, é posta a Jesus uma questão no campo da
religião instituída e, por isso, uma questão teológica. No fundo, os fariseus
queriam saber de que lado Jesus estava.
2. Recordando a
Palavra
Os doutores da lei tinham conseguido elencar a média de
613 preceitos, extraindo-os dos textos bíblicos – o Pentateuco. Desses, 365
foram considerados negativos e 248 positivos (Cf. La Biblia. Via verità e vita.
Nuova versione ufficiale della Conferenza Episcopale Italiana, San Paolo,
Milano, 2009, comentário Mt 22, 34-40). Eram comuns, portanto, debates
acirrados quanto à hierarquia dos mesmos, para conseguir a sua perfeita
seqüência. A tentativa era a de saber exatamente que preceito era mais
importante que o outro. Qual seria o primeiro até chegar ao menos importante?
“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”, perguntou
um fariseu. Numa tradução literal do grego, a pergunta, na verdade, é: “Mestre,
qual é o grande mandamento da Lei?”. Isto revela ainda mais a trama armada
contra Jesus, pois a questão é posta de forma genérica: o grande. Como os
fariseus entendiam que existe uma hierarquia entre os mandamentos e preceitos,
poderiam perguntar de forma direta. Mas não o fizeram, justamente para deixar
Jesus em situação desconfortável.
Jesus, mais uma vez, não caiu na armadilha planejada e,
não querendo dar uma resposta que o comprometesse, nem deixar de fazê-lo
refletir melhor sobre suas interpretações da Lei, não quis hierarquizar os
mandamentos. Ele não entende que exista um mandamento mais importante que o
outro, ou ainda, que um venha a anular o outro. Antes, quis indicar uma maneira
de viver de forma que os mandamentos fundamentais fizessem parte do cotidiano
de qualquer pessoa que crê em Deus.
Jesus, então, sintetiza toda a Lei e os profetas em dois
mandamentos: amar a Deus é o primeiro, e amar ao próximo como a si mesmo é o
segundo. Os dois mandamentos fazem parte de textos diferentes na Lei: o amor de
Deus provém de Deuteronômio 6,5 e o amor ao próximo de Levítico 19,18. E
conclui Jesus: “Toda a lei e os profetas dependem desses dois mandamentos” (Mt
22,40).
3. Atualizando a
Palavra
Jesus sugere que todo o agir humano deve ter como princípio
estes dois mandamentos. Qualquer preceito ou norma da Sagrada Escritura, ou que
provenha dela, portanto, deve ser observado através do amor a Deus, a si mesmo
e aos irmãos e irmãs. Este é o meio pelo qual viveremos os preceitos de Deus,
não importando que lugar eles ocupem.
Os Santos padres muito escreveram sobre o amor. As
Sagradas Escrituras são ricas em citações acerca do amor. João, por exemplo,
partindo do princípio de que Deus é amor e quem permanecer no amor, permanece
em Deus, convoca os cristãos a não temerem o julgamento que vem de Deus, pois
“no amor não há medo” (1Jo 4, 18a).
E continuando, João nos dá a “fórmula” para
compreendermos porque o amor habita em nós e devemos vivê-lo: “Nós amamos,
porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4,19). A nossa referência de amor, portanto,
é Jesus Cristo, que nos revela o amor do Pai (cf. 1Jo 4,7).
Ora, “Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre
nós: Deus enviou seu Filho único ao mundo, para que tenhamos a vida por meio
dele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que
nos amou e enviou o seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados”
(1Jo 4, 9-10). As nossas relações fraternas têm, origem e sentido em Deus,
manifestado em Jesus Cristo.
A decorrência é bem concreta segundo João: “Se alguém
disser: ‘Amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é mentiroso; pois quem não ama seu
irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. E este é o mandamento
que ele recebemos: quem ama a Deus, ame também seu irmão” (1Jo 4, 20-21).
4. Ligando a Palavra
com ação litúrgica
São Paulo vai advertir à comunidade de Roma: “O amor não
faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da
Lei” (Rm 13,10). Como o amor de Deus se manifestou para nós em seu Filho e por
ele aprendemos a viver o amor, foi em sua radicalidade de entrega da vida que
este amor se concretizou e se revelou pleno cumprimento da Lei. Este mistério
de amor nós proclamamos e celebramos na liturgia: “Na verdade, é bendito o
vosso Filho, presente no meio de nós, quando nos reunimos por seu amor” (Oração
Eucarística para as diversas circunstâncias II ou VI B).
E será em nossa celebração que o próprio Deus nos dirá
em que consiste o seu amor por nós e como ele deve ser traduzido em nossas
vidas. No versículo 20 do capítulo 22 do livro do Êxodo (primeira leitura)
inicia-se a segunda parte do Código da aliança com leis absolutas acompanhadas
das explicações para a sua observância. O texto escolhido para este domingo
está dentro deste quadro e trata especificamente da justiça social no cuidado
com os mais frágeis e indefesos da comunidade e, por decorrência, da sociedade,
aqui representados pelo estrangeiro, a viúva, o órfão e o pobre.
Deus vem em auxílio dos pequenos e indefesos e assume
suas dores, tomando partido a ser favor. Moisés fala aos israelitas em nome de
Deus. Por isso, o Lecionário inicia o texto com a referência do Êxodo 20,22.
Quando vê seus pequenos sendo oprimidos, Deus se enche de “cólera” e assume
atitudes radicais de destruição dos malfeitores e sua descendência (cf. Ex
20,23). E Deus revela de onde vem seu ciúme em relação aos pequenos e pobres:
“Seu clamor por mim, eu ouvirei, porque sou misericordioso” (Ex 20,26), ou
seja, ele é aquele que entrega seu coração aos miseráveis, aos que não tem quem
os defenda.
Por isso, a exigência de Jesus é que o nosso amor por
Deus não seja fragmentado, mas seja de todo o nosso ser: coração, alma e
entendimento. Dessa forma, o nosso amor para conosco mesmos e para com nossos
irmãos e nossas irmãs será também total e não baseado na submissão ou na
opressão pela exploração do outro, prática do Império Romano através dos
impostos, como colocado por Jesus nos domingo passado.
Professaremos em nosso diálogo com Deus: “Eu vos amo, ó
Senhor, sois minha força e salvação” (refrão do Salmo 17). Com isso, nos
comprometeremos com o próprio Deus, porque, se não há diferença entre o amor
que dedicamos a ele e o amor que dedicamos aos irmãos e irmãs, a nossa
participação na liturgia deve ser validada por ações concretas em favor dos
pequenos, excluídos e marginalizados de hoje como extensão da nossa
fraternidade enquanto comunidade cristã. Comunidade que celebra o amor de Deus
por nós.
Por isso, proclamamos na oração do dia, neste 30º DC:
“Deus eterno e todo-poderoso, aumentais em nós a fé, e esperança e a caridade e
dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos os que prometeis”.
Oração dos fiéis:
Presidente: Roguemos a Deus que possamos por em prática a palavra de
Cristo, expressa no Evangelho, pois não é a nossa boa vontade, mas sua graça,
que nos salva.
1. Senhor, que a Igreja continue sendo presença
constante e animadora junto às pessoas e lugares necessitados. Peçamos:
Todos: Faça-nos
testemunhas do teu amor.
2. Senhor, que nosso relacionamento na família e na
comunidade seja sempre marcado pelo mandamento do amor a Deus. Peçamos:
3. Senhor, para que nossas comunidades sejam exemplo de
amor ao próximo, principalmente em suas atividades missionárias. Peçamos:
4. Senhor, ajudai a todos aqueles e aquelas que têm
responsabilidades na animação da comunidade, a desempenharem esse serviço com
amor. Peçamos:
(Outras intenções)
Presidente: Ouça, Senhor, nossa oração e renove a esperança de todos nós,
num mundo mais humano e fraterno. Por Cristo, nosso Senhor. Todos: Amém.
III. LITURGIA
EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS
OFERENDAS:
Presidente: Olhai, ó Deus, com bondade, as oferendas que colocamos diante de
vós, e seja para vossa glória a celebração que realizamos. Por Cristo, nosso
Senhor.
Todos: Amém.
ORAÇÃO APÓS A
COMUNHÃO:
Presidente: Ó Deus, que os vossos sacramentos produzam em nós o que
significam, a fim de que um dia entremos em plena posse do mistério que agora
celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
ATIVIDADES DA SEMANA
Dia 25 de outubro – sábado: Assistir matrimônio em Campinas.
Dia 26 de outubro – domingo: Missa na Catedral Nossa Senhora das
Dores, Limeira, SP. Eleição do segundo turno
Dia 28 de outubro – terça-feira: Reunião dos Bispos – formadores PUC-Campinas
– 09h00; Missa – São Judas Tadeus – Araras – 19h30min – Padre Daniel.
Dia 29 de outubro – quarta-feira: Almoçar com Padre Tadeu e Marcos
Daniel – 12h00. Crisma – Imaculada Conceição – Leme – Padre João Bosco –
19h30min.
Dia 30 de outubro – quinta-feira:
Missa na comunidade Nossa
Senhora Aparecida – da Paróquia Santa Rita de Cassia- Pirassununga – 19h30min.
Dia 31 de outubro – sexta-feira: Atendimento na residência episcopal –
09h00 até 11h00.
Dia 01 de novembro – sábado:
Crisma na Paróquia
Nossa Senhora das Graças – 19h30min – Padre Deivison.
Dia 02 de novembro –
domingo: Missa –
Cemitério Parque 17h00 – Padre Fernando. Missa – Paróquia Menino Jesus – Padre
Eduardo – 19h00.
BÊNÇÃO E
DESPEDIDA:
Oração sobre os jovens
Presidente: Senhor, nosso Deus, os jovens precisam
de Ti, para concretizar os projetos que trazem em seus corações. Oriente-os e
abençoe-os + para que não errem e nem fracassem. Faça com que os outros
valorizem seus esforços e a vontade de triunfar. Precisam de Ti, Senhor, para
encontrar o apoio e a companhia de amigos leais. Conserve-os alegres e
comunicativos com todos e livre-os sempre dos desvios perigosos. Abençoa com
tua presença os seus caminhos para que levem ao mundo a força do teu amor.
Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém
Benção Final
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